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13º SIT: produtores relatam grandes resultados na pecuária leiteira

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/06/2021

6 MIN DE LEITURA

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O seminário SiTec - Silagem, Inovação e Tecnologia foi momento de inspiração para participantes da 13ª SIT. O evento trouxe histórias de empresários e de famílias que atuam com profissionalismo e paixão. Pessoas que, perseguindo qualidade e inovando, conseguiram posicionamento no mercado e grandes resultados.

Os relatos apresentados desmistificaram falas muito comuns no meio rural, como a de que a pecuária leiteira não é rentável.

O agrônomo Leopoldo Antônio Pereira, da Fazenda Reunidas ACP (Carmo do Rio Claro-MG), falou sobre sucessão e contou a história da propriedade da família que, em 1960, iniciou a produção de leite com 30 litros por dia e, em 2020, chegou à média diária de 50 mil litros.

“A atividade leiteira já é marginalizada por causa das dificuldades no processo de produção. É uma atividade complexa e exige um gerenciamento constante. Mas a pecuária de leite é um negócio como outro qualquer e, às vezes, até melhor”.

Demonstrando o porquê de sua afirmação, Leopoldo apresentou os números da Fazenda Reunidas, que atualmente tem produção diversificada. O faturamento com leite gira em torno de 58 mil reais por hectare ao ano. Já o café rende 22 mil reais por hectare ao ano e o milho, 8.100 reais por hectare ao ano.

Leopoldo explica que o alto faturamento da pecuária se deve à sua produtividade, que, no caso da fazenda, é de 28 mil litros por hectare ao ano. “Mas a média brasileira não passa de 5 mil litros por hectare ao ano. É isso que torna a atividade difícil. Na realidade, a pessoa que fala que o leite não é um bom negócio está comparando uma produtividade muito baixa da atividade leiteira com produtividades de atividades mais tecnificadas”.

Explicando o que considera fundamental no gerenciamento de fazendas leiteiras, o agrônomo cita a gestão de quatro fatores: recursos humanos, agricultura, tecnologias e finanças.

Além disso, Leopoldo destaca a importância da paixão. “Quando você gosta do que faz, as dificuldades ficam mais fáceis. Quando não existe paixão, na primeira crise, a pessoa vende a fazenda ou se desfaz do rebanho”.

E, com sua experiência, o agrônomo deixa um alerta. “Quem produz leite é a agricultura. Produtor de leite para ter sucesso precisa fazer uma agricultura eficiente. Para isso, é preciso cuidar do solo, ter uma produção sustentável, equilibrada”.

Leite A2A2, com caseína "natural"

Outro grande exemplo de trabalho em família com muito sucesso foi relatado por Taís e Diana Jank, da Fazenda Agrindus. Elas falaram sobre o trabalho com o leite A2A2, que foi identificado como uma grande oportunidade de inovação.

O leite A2A2 é considerado de fácil digestão por conter apenas a proteína beta-caseína A2, a mesma encontrada no leite materno. Essa proteína é chamada de caseína “natural”, porque todas as fêmeas de espécies mamíferas, entre elas as humanas, as cabras, as búfalas, produzem apenas a beta-caseína A2.

Por causa de uma mutação genética ocorrida há aproximadamente 10 mil anos, algumas vacas passaram a produzir a beta-caseína A1. Estudos demonstraram que, em muitos casos de pessoas que sentem algum desconforto após a ingestão de leite, os sintomas são causados pela digestão da beta-caseína A1. E esses sintomas podem ser confundidos com intolerância à lactose.

Como o leite comercializado no mercado é proveniente de vários animais, normalmente ele possui um pouco de cada um dos dois tipos de caseína.

A escolha feita pela família Jank foi investir na produção de leite apenas com a proteína A2. Para isso, fizeram testes genéticos de todas as vacas da propriedade, e o rebanho foi segregado.

As vacas com genética A2A2 passaram a ter o leite ordenhado primeiro e armazenado em tanques separados. Com investimento em inseminação, desde 2018, todas as bezerras nascidas na fazenda são A2A2.

Taís e Diana são filhas do produtor e empresário Roberto Jank. As duas seguiam carreiras profissionais independentes, mas identificaram no leite A2A2 um diferencial e a possibilidade de reposicionamento da marca Letti e de seus produtos no mercado. 

Elas contam que estão muito satisfeitas por trabalhar em família e ver o retorno do que tem sido feito. “O mais gratificante é receber depoimentos de muitas pessoas que puderam voltar a tomar leite. Pessoas que achavam que eram alérgicas ou intolerantes e o problema era a digestão da proteína A1 do leite”, conta Diana.

Taís acredita que no futuro todas as vacas serão A2A2. “A tendência é de que, a partir de seleção genética, as vacas voltem ao que eram originalmente e todo leite vire A2. Acreditamos nisso porque são só benefícios”.

Outro participante do seminário SiTec, o empresário Eudes Braga, contou como um sonho e persistência tornaram possível a produção de seu queijo artesanal em Carmo do Paranaíba-MG.

Eudes começou a trabalhar com queijo em 2001, com compra de produtos de seu município e venda em Belo Horizonte. Ele conta que teve o desejo de produzir um queijo com qualidade e rastreabilidade para conseguir entrar em mercados exigentes.

Em busca de realizar seu sonho, ele comprou bezerras e um touro para iniciar a produção própria. Em março de 2008, comprou uma pequena propriedade e procurou a Emater-MG, que ofereceu orientações e assistência técnica. Eudes conseguiu a certificação do Queijo Minas Artesanal no final de 2008.

Atualmente, são 9 hectares para o rebanho na granja leiteira e uma área arrendada para produção de alimentos para o gado. Sempre investindo em tecnologia, por meio de parcerias com empresas, Eudes conseguiu resultados impressionantes.

“Temos 100% do gado mapeado. Trabalhamos com os seguintes pilares: sanidade, genética, pessoas, nutrição, estrutura e conforto”, explica o empresário.

Os resultados dos investimentos em genética e nutrição já podem ser medidos. Antes eram necessários 10,5 litros de leite para produzir um quilo de queijo. Hoje, com 8,1 litros de leite é feito um quilo de queijo.

“Atualmente, além da produção do leite e processamento do queijo, a fazenda vende genética em forma de embrião, tourinhos e bezerras”, explica Eudes. A propriedade está no seu limite de produção, tendo atingido a meta de 10 mil litros de leite. O objetivo atual do empresário é agregar valor ao queijo produzido e à genética da fazenda.

Na busca por eficiência, Eudes destaca a importância das tecnologias e da gestão financeira. “É preciso saber o quanto custa cada processo para saber comercializar”.

Como não poderia deixar de ser contemplado, o tema silagem foi apresentado pelo agrônomo Silvio Regis de Oliveira, com sua experiência sobre qualidade no processo de colheita.

O proprietário da empresa 2S Silagens Ltda. falou sobre oportunidades e desafios na ensilagem. A empresa presta serviços de colheita, compactação e transporte de silagem e colhe cerca de 300 mil toneladas de silagem por ano.

Silvio falou sobre a importância de boa colheita e compactação para se ter fermentação de qualidade, homogênea na silagem. Ele apresentou o caso da expedição que desenvolve, chamada de Tour Primavera. “Nossa equipe vai a campo não só na época da colheita, mas um bom tempo depois, quando o material já está fermentado e em franco uso, para saber se o que fizemos no verão está atendendo os objetivos do cliente”.

As visitas seguem protocolo, e são analisados fatores como temperatura, painel, contagem de grãos e matéria seca. Os dados coletados nas visitas são utilizados para treinamento dos profissionais da 2S Silagens. O empresário destacou que, para fazer um serviço de qualidade, é essencial treinar a equipe. Ele finalizou destacando uma sensação comum aos participantes do seminário SiTec:  “somos pessoas que  acreditamos no que fazemos”.
 

Dia de campo

Também com o tema silagem, o dia de campo transmitido no dia 7 de maio abordou muitas informações técnicas e orientações.

Foram apresentadas estações sobre composição de lavoura para silagem; plantabilidade e compactação; manejo da cigarrinha Dalbulus maidis e enfezamentos na cultura do milho; Integração Lavoura-Pecuária na produção de silagem; ponto de colheita e processamento de grãos.

Confira as gravações com todo o conteúdo dos seminários e dias de campo realizados durante a 13ª Semana de Integração Tecnológica. 

Seminário SiTec - Silagem, inovação e tecnologia

Dia de campo: Silagem de milho e sorgo

As informações são da Embrapa Milho e Sorgo, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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