Produtores de leite do Chile não querem livre comércio com Nova Zelândia
Publicado por: MilkPoint
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Neste cenário "bipolar", o executivo sênior da Fonterra, Lloyd Kavanagh, que é diretor da multinacional Soprole, chegou ao Chile com uma carta que ninguém esperava: transformar a filial chilena na maior exportadora a nível regional, com um investimento inicial de US$ 50 milhões.
"As maiores oportunidades estão nos mercados abertos, com exceção dos mais ricos, como Europa, Estados Unidos e Ásia do norte. Neste ponto, a Nova Zelândia e o Chile têm um interesse comum: estar no mundo competitivo e produzir leite de forma bem sucedida, sem subsídios, e estimular os países mais ricos a fazerem o mesmo. Eventualmente também há oportunidades nos mercados nos quais o Chile tem negociado condições especiais de acesso. Por exemplo, a Fonterra ajudou a Soprole a melhorar a fabricação de queijos. Isso permitiu exportar ao México. Os principais compradores foram as subsidiárias da Fonterra neste país. Este é um exemplo de cooperação e também de benefício ao produtor".
Kavanagh disse que deixar o setor leiteiro de fora do TLC seria um grave erro estratégico, referindo-se ao pedido feito pelos produtores de leite do Chile de serem mantidos fora do acordo. "O volume de exportações de lácteos da Nova Zelândia ao Chile, que é pequeno, diminuirá ainda mais, com ou sem tratado. Nossa política não está focada em vender lácteos aos países que já estão em um ponto de equilíbrio ou que têm um superávit. O maior erro seria criar um precedente e excluir o setor leiteiro antes de discutir o comércio com a Ásia. Queremos que o Chile tenha o melhor acesso para sua produção leiteira ao resto do mundo, porque possuímos uma grande companhia no Chile que quer usar seu potencial exportador e ser um líder".
Com relação a uma mudança no modelo no Chile, Kavanagh disse que há escassez de oferta no mundo a preços internacionalmente competitivos, de forma que a empresa quer que o Chile tenha a oportunidade de revisar seu modelo. "Não digo que os produtores sejam ineficientes, eles são eficientes dentro do modelo de gestão que está em operação. A pergunta é se tem como melhorar a operação das plantas".
"Creio que a maior lição que se pode aprender com a Nova Zelândia não é a estrutura de capital da empresa, mas sim, que para ter eficiência e competitividade é necessária uma escala de produção. Resta saber como alcançá-la e como criar relações de longo prazo com os fornecedores".
Fonte: Revista del Campo (publicado em Lechería Latina), adaptado por Equipe MilkPoint
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