Produção familiar lucra mais com a profissionalização

Publicado por: MilkPoint

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O perfil da agricultura familiar, responsável por 40% do Produto Interno Bruto Agrícola (PIB) do país, está mudando graças ao acesso à assistência técnica, ao desenvolvimento de tecnologias apropriadas e à abertura de linhas especiais de crédito. Com essas facilidades, os produtores passaram a agregar valor à produção agropecuária, com a instalação de agroindústrias para atender à demanda local.

Iniciativas nesse sentido têm contribuído para melhorar o nível de emprego, estimular a renda, garantir segurança alimentar e manter o homem no campo.

Um bom exemplo dessa tendência é Amparo, estância turística do interior paulista. No fim do ano passado, o Departamento de Agricultura e Meio Ambiente de Amparo (Dama) entregou os primeiros selos do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) aos produtores habilitados, um aval para a venda dos produtos no município.

Segundo o ex-diretor do Dama, Luís Roberto Zanarella Cruz, o selo facilita o acesso a linhas de créditos, por meio de programas de incentivo à pequena empresa. Atualmente, 20 pequenos e médios produtores têm o selo, nas áreas de laticínios, derivados de suínos e ovos de codorna. "A expectativa é de chegar a 30 certificações ainda este ano", diz.

Entre os primeiros produtores a receber o SIM está José Rossi Sobrinho, do Sítio Santa Cruz, uma propriedade de 60 hectares, direcionada a leite e corte. "Tiro leite há mais de 50 anos, de 650 litros a 700 litros ao dia", diz. Há um ano, conta, que começou a produzir iogurtes, manteiga e queijos. Primeiro em pequena quantidade, para atender aos turistas que visitavam a propriedade nos finais de semana. "Foi a saída para aumentar a renda com o leite", comentou.

Com o SIM, Rossi ampliou as vendas para supermercados do município. Hoje, 90% do leite são processados. "Os 10% restantes são destinados ao consumo da família e dos empregados". A maior parte vira queijo e iogurtes. A peça de queijo, de 500 gramas, é vendida por R$ 3, a do meia-cura por R$ 6,50 a R$ 7,00 o quilo. "Dá uma margem de lucro maior do que entregar o leite no laticínio", comparou.

Antes, a maior parte do leite era vendida direto na propriedade. Com a granelização, ele conta que foi obrigado a pasteurizar o produto e entregar no laticínio. "O lucro foi embora". A renda passou a vir do esterco e dos bezerros. Rossi aprendeu a lição sobre a valorização da produção e passou a produzir feijão orgânico. Tomou tanto gosto que transformou a horta convencional em orgânica, por enquanto, para consumo próprio.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola (por Beth Melo), adaptado por Equipe MilkPoint
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Luis Roberto Zanarella Cruz
LUIS ROBERTO ZANARELLA CRUZ

AMPARO - SÃO PAULO

EM 01/08/2012

HOJE, TODOS OS QUE FIZERAM OS AJUSTES EM SUAS PROPRIEDADES, BEM COMO, OS CURSOS DE HIGIENE E DE PRODUÇÃO DE LATICÍNIOS E EMBUTIDOS DE ORIGEM ANIMAL, ESTÃO COLOCANDO SEUS PRODUTOS EM SUPERMERCADOS E COM GRANDE AUMENTO DE TURISTAS EM SUAS PROPRIEDADES.

A PRODUÇÃO EM MUITOS CASOS DOBROU E ALGUNS COMPRAM O LEITE DAQUELES QUE NÃO FIZERAM PARTE DO PROGRAMA. SEM CONTAR DO SUCESSO DAS SOPAS CASEIRAS DAS FAZENDAS NO FESTIVAL DE INVERNO DA CIDADE NO MES DE JULHO.

LUIS ROBERTO ZANARELLA CRUZ.
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