Pesquisa mostra que probióticos atuam em desordens intestinais mesmo se estiverem inativos

Publicado por: MilkPoint

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Os probióticos, bactérias que atuam de forma benéfica em desordens intestinais, alergias e até alguns tipos de câncer, contêm DNA estimulador do sistema imune que faz com que eles sejam efetivos quando estão inativos e também quando consumidos vivos em alimentos lácteos, informaram pesquisadores dos Estados Unidos.

As descobertas, publicadas na edição deste mês do periódico Gastroenterology, oferecem potenciais consideráveis para os fabricantes de alimentos, que antes estavam restritos à adição de bactérias em produtos fermentados, como o iogurte.

O estudo, feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, da escola de Medicina de San Diego e do Centro Médico Shaare Zedek, em Jerusalém, Israel, também revela os mecanismos que podem ser usados para determinar e para selecionar quais bactérias probióticas são melhores para pacientes com Doença Inflamatória Intestinal.

A adição de bactérias probióticas tem até agora sido limitada a produtos lácteos como iogurtes porque se acreditava na necessidade de que estas bactérias estivessem vivas para terem efeito. A adição de bactérias vivas a outros alimentos resultaria em fermentação, mudando o sabor, a textura e o frescor em poucas horas. Porém, a nova pesquisa sugere que a atividade metabólica dos probióticos não é o fator chave em seu efeito protetor.

Os pesquisadores usaram radiação gama para reduzir a atividade metabólica das bactérias probióticas a um mínimo. Estudos anteriores, usando calor para inativar as bactérias, destruíram a estrutura celular e os aspectos benéficos.

Os probióticos inativados foram oferecidos a ratos com colite induzida experimentalmente, que é similar à Doença Inflamatória Intestinal humana. Os probióticos irradiados efetivamente melhoraram os sintomas da colite, assim como a administração de bactérias viáveis, "vivas", em um outro grupo de ratos com colite. Isso indica que os probióticos inativados foram tão efetivos quanto os vivos.

Os cientistas disseram que as atividades benéficas e antiinflamatórias vistas com os probióticos inativados poderiam ser produto do sistema imune inato, uma resposta imediata do corpo à invasão de patógenos.

O mercado de probióticos da Europa deverá mais do que triplicar em valor, passando dos atuais 34,6 milhões de Euro (US$ 43,36 milhões) para 118,5 milhões de Euro (US$ 148,51 milhões) em 2010, de acordo com estatísticas recentes divulgadas pela Frost & Sullivan. Porém, a pesquisa de mercado também estimou que os prebióticos terão um aumento em suas aplicações, uma vez que os ingredientes prebióticos são mais facilmente formulados em uma série de diferentes alimentos, incluindo alimentos assados e até bebidas.

A nova pesquisa poderá, entretanto, abrir grandes possibilidades de novas aplicações para os probióticos também. A saúde intestinal está atualmente direcionando vendas de alimentos funcionais na Europa, de acordo com um relatório do Datamonitor, ultrapassando aqueles alimentos voltados a reduzir os riscos de doenças cardíacas ou doenças de ossos.

Além de estudar os probióticos normais e irradiados em ratos, os pesquisadores também testaram uma forma sintética do DNA bacteriano chamada oligonucleotídeo (ODN) imunoestimulatório (ISS), um pequeno segmento de DNA sintético com propriedades de estimulação do sistema imunológico, que mimetiza a ação do DNA bacteriano. Em um artigo publicado anteriormente na Gastroenterology, o ISS-ODN mostrou capacidade de reduzir os efeitos nocivos em colites experimentais em ratos, indicando que este trabalha de forma similar aos probióticos.

A avaliação das atividades de estimulação do sistema imunológico dos probióticos também pode fornecer um sistema simples de classificação para seleção de bactérias probióticas antes de seu uso clínico, disse o primeiro autor do estudo, Daniel Rachmilewitz, do Centro Médico Shaare Zedek.

Em 05/02/04 - 1 Euro = US$ 1,25330
0,79789 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Fonte: Dairy Reporter
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