Parmalat reduzirá países de atuação

Publicado por: MilkPoint

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O plano de reestruturação da Parmalat Itália, que desde o final do ano passado está envolvida em um escândalo de fraude contábil, prevê a concentração da multinacional em apenas dez países, contra os atuais 30. O número de funcionários do grupo deve ser reduzido de 32 mil para 17 mil.

A matriz pretende abandonar os mercados dos Estados Unidos, da Ásia e, parcialmente, da América Latina. O projeto foi apresentando na sexta-feira aos credores pelo administrador da empresa, Enrico Bondi, nomeado pelo governo italiano para desenhar o plano de reestruturação da companhia.

Na América Latina, a matriz tentará conservar as operações da Colômbia, Nicarágua e Venezuela. Em breve, começarão as negociações para a venda de ativos no México e no Paraguai.

Ainda segundo a empresa, serão vendidas as unidades da Argentina, da República Dominicana, do Equador e do Uruguai. As atividades no Brasil, que são as maiores na América Latina, serão reduzidas em 25%."As possíveis opções para o Brasil estão em discussão", disse Bondi.

Na Europa, serão liquidadas as atividades na Hungria e na Irlanda. Os ativos no Reino Unido serão colocados à venda.
Bondi espera que o plano seja posto em execução no segundo semestre e que, após o início da reestruturação, as ações da empresa voltem a ser negociadas na Bolsa de Milão.

A matriz, que entrou em concordata no começo do ano, já iniciou o processo de venda das subsidiárias no Chile. Em breve, começará a se desfazer de ativos na Argentina, República Dominicana, Equador, Uruguai e Paraguai. A venda dos ativos no México foi qualificada de "provável".

Independente

Sob intervenção judicial desde o dia 12 de fevereiro, a Parmalat se diz "independente" e afirma que não será afetada por decisões tomadas pela sede, na Itália. O administrador Keyler Rocha, disse que a companhia no país "está fora desse plano" de venda de ativos e redução brusca na produção.

Há informações de que a possibilidade de venda de fábricas não só é objeto atual de discussão dos interventores, como é a saída estudada pela direção para a entrada mais veloz de novos recursos na empresa. Os próprios interventores já confirmaram esse fato semanas atrás.

Isso ocorre porque o arrendamento das unidades do grupo no país não interessa à companhia de alimentos. O aluguel de suas fábricas deve disponibilizar um montante tímido de recursos e há necessidade urgente de capital.

O Banco do Brasil, credor da Parmalat com mais de R$ 120 milhões a receber, chegou a levantar a hipótese de financiar empresas interessadas em comprar ativos da Parmalat no país. Entre elas, a Elegê e a Moinho São Jorge.

Fonte: O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
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