Parmalat Chile: acolhido pedido de concordata

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O juiz do 18o Juizado Civil de Santiago, no Chile, Juan Polaco, designou nesta segunda-feira o procurador para o caso da Parmalat Chile - Leonel Stone - e acolheu o pedido de concordata da empresa que impedirá por 90 dias a falência da filial da multinacional italiana.

O juiz tomou a decisão depois que o principal credor da multinacional, Bank of America, apoiou o plano apresentado pela filial para sair de sua atual crise e pagar suas dívidas atuais de US$ 55 milhões. Com esta medida, a empresa conseguiu acalmar a delicada situação que vive, estando agora a espera de que o procurador convoque uma junta de credores para buscar uma solução financeira.

A estratégia para salvar a companhia contempla a incorporação de um sócio estratégico à propriedade, um aumento de capital com recursos provenientes da matriz ou a transferência dos ativos e passivos a um terceiro.

No momento, o trabalho de Stone será fazer com que a administração da empresa continue com normalidade e preparar um relatório com a lista dos credores e com as quantias envolvidas. A direção da companhia continuará nas mãos de seus atuais donos.

No pedido de concordata, a Parmalat Chile ofereceu mudar sua razão social para "Investimentos Parmalat Chile", que seria responsável pela maioria dos passivos, e abrir uma nova filial "Parmalat Chile S.A.", que ficaria com os ativos e a marca - juntos formariam o Grupo Parmalat Chile. Nesta nova sociedade a Parmalat ficaria com, pelo menos, 50% da propriedade.

O objetivo da proposta é garantir a continuidade de giro da empresa controlada pela Parmalat Italia SpA, para o qual se propõe "incorporar um sócio estratégico com conhecimento e participação no mercado leiteiro, que injete recursos e capital de trabalho ou eventualmente um sócio estratégico capitalista". Outras alternativas propostas são aumento de capital com recursos "provenientes de sua matriz ou outras fontes" nacionais ou estrangeiras e a venda a um terceiro.

Segue a negociação

A decisão judicial tomada ontem permite que as negociações de compra da filial chilena da Parmalat sejam levadas adiante. Stone explicou que, caso se chegue a um acordo entre a Parmalat do Chile e a empresa interessada, Grupo Bethia, a proposta deverá ser submetida à aprovação da junta de credores.

Produtores põem em risco o plano judicial

O acordo judicial não contentou os fornecedores de leite da Parmalat Chile, que também são credores. O presidente da Federação Nacional dos Produtores de Leite do Chile (Fedeleche), Ricardo Michaelis, disse que a proposta não satisfez os produtores por não ter considerado o pagamento das dívidas de dezembro, janeiro e fevereiro com os fornecedores de leite no máximo em 10 de março. Michaelis disse que este acordo "cai por terra" se não tiver o apoio dos produtores de leite, pois estes podem optar por paralisar as entregas de leite e deixar a empresa sem matéria-prima.

Stone explicou que o acordo judicial precisa do apoio dos fornecedores de leite uma vez que a lei exige que dois terços dos credores aceitem a decisão - os produtores de leite chilenos somam 184 e os bancos são somente sete.

Fonte: Lechería Latina, adaptado por Equipe MilkPoint
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