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A Parmalat do Brasil anuncia hoje uma posição sobre o pagamento de R$ 6 milhões que a empresa deve a cooperativas, produtores e pequenos laticínios de Goiás. Caso o dinheiro não seja depositado até hoje à noite, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg) já está com esquema montado para orientar os produtores de leite a ingressarem na Justiça com ação de execução de cobrança de débito.
O deputado Leonardo Vilela acha que a estratégia da Parmalat de deixar por último o pagamento aos produtores goianos é porque a empresa desativará totalmente sua unidade de Santa Helena. De acordo com informações obtidas pelo deputado na diretoria da empresa em São Paulo, a unidade goiana tem custo operacional muito elevado em função dos equipamentos serem defasados e da coleta de leite ser muito dispersa. A pretensão da empresa é concentrar sua produção nas unidades do Rio Grande do Sul e de Pernambuco.
Descrente
O agropecuarista Antônio Domingos Curi já virou motivo de chacota em conversas de rodas de amigos em sua cidade, Santa Helena de Goiás. Ele é chamado de "o homem de R$ 1 bilhão", por causa de uma ação que impetrou contra a Parmalat solicitando indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil, em 1995. Esse valor atualizado monetariamente daria hoje quase R$ 1 bilhão. "Os amigos agora me chamam de milionário", brinca.
O processo judicial teria sido motivado porque a multinacional italiana usou os documentos pessoais de Antônio Domingos Curi indevidamente para emitir notas fiscais, numa espécie de lavagem de dinheiro. O agropecuarista ganhou em todas as instâncias da Justiça, mas em vez dos R$ 200 mil a empresa teria de pagar a indenização de apenas 40 salários mínimos, o correspondente a R$ 9,6 mil. Esse valor inclusive foi confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Fonte: O Popular/GO (por Sônia Ferreira), adaptado por Equipe MilkPoint
