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Os produtores mineiros de leite ainda não conseguiram receber a totalidade do R$ 1,1 milhão que a Parmalat deixou de pagar em dezembro e janeiro, quando estourou a crise mundial da empresa. Não há números atualizados sobre a dívida, mas em uma pesquisa realizada em março pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) 74% dos entrevistados que eram fornecedores da multinacional declararam que ainda tinham contas a acertar.
A crise esfriou e nada mais foi feito. "Depois, nós perdemos o contato com eles, porque a entressafra minimizou o problema", disse o presidente da Comissão Nacional do Leite da CNA e da Câmara Setorial do Leite do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Rodrigo Alvim.
Ele explicou que a partir da segunda quinzena de fevereiro a oferta começou a diminuir e os produtores puderam encontrar outros compradores para o produto. Foi o que fez a Cooperativa dos Produtores de Santa Vitória (Triângulo). Até o início do ano os 360 produtores destinavam 50% da produção diária de 50 mil litros para a Parmalat. Com o início da entressafra a produção caiu para 40 mil litros por dia, que passaram a ser absorvidos pela Nestlé e por outras indústrias menores da região. Atualmente eles recebem R$ 0,56 pelo litro, contra R$ 0,30 em janeiro.
Como saldo das vendas para a Parmalat, a cooperativa amargou um prejuízo de R$ 120 mil, referentes a 300 mil litros de leite. "Não temos nenhuma previsão de receber esse dinheiro", disse o diretor-financeiro Ivo Domingues do Prado.
Fonte: O Tempo/MG, adaptado por Equipe MilkPoint
