Para a Nestlé, País é um mercado de 'alto risco'

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 3
Ícone para curtir artigo 0

O Brasil é um mercado de "alto risco" em 2004 na América Latina em termos de condições de comércio.A avaliação foi feita por Roddy Child-Villiers, chefe do Departamento de Relações com Investidores da Nestlé, que ontem apresentou os resultados financeiros da companhia no primeiro trimestre para representantes do mercado financeiro e vários países.

Segundo os dados da Nestlé, a empresa teve queda de volume de vendas no mercado brasileiro de 8,1%, ante o primeiro trimestre de 2003. A companhia fechou 2003 com queda de 14,9% ante 2002 e vendas de US$ 2,1 bilhões.

Para a Nestlé, o principal motivo da queda é a estagnação da economia brasileira, que estaria afetando de forma especial empresas que lidam diretamente com consumidores. Diante das condições do mercado, a gerência subiu os preços para manter as margens de lucro, mas a Nestlé reconhece que ainda não encontrou o equilíbrio entre preços e participação no mercado brasileiro. "É o desafio", disse Child-Villiers, classificando o País como "mercado difícil". Segundo ele, a Nestlé está em posição confortável nas Américas, salvo o risco representado pelo Brasil. O crescimento real das vendas na região foi de 4,7% no primeiro trimestre, com o México superando os 10%.No total, as vendas no hemisfério passaram de US$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre de 2003 para US$ 4,8 bilhões neste ano.

Mesmo calculando as diferenças cambiais, o resultado da Nestlé no País no primeiro trimestre foi negativo em 5,4%. No mundo, os resultados da empresa indicam crescimento de 3,4%. Com a diferença cambial, o resultado total no primeiro trimestre cresceu 5,1%, com vendas de US$ 15,5 bilhões. O presidente da Nestlé, Peter Brabeck, disse que a companhia
"acelerou seu crescimento real" principalmente nas Américas, África e Ásia, em especial na China.

A Nestlé informou que apresentou ao governo do Brasil uma sugestão de plano para a compra da Garoto. "Esperamos ter resposta até meados do ano", disse Child-Villiers. Segundo ele, o setor de chocolates no Brasil "vai bem". O que não vai tão bem são os mercados de leite e bebidas. "Para o segundo semestre, esperamos uma situação melhor."

Fonte: O Estado de São Paulo (Jamil Chade), adaptado por Equipe MilkPoint
QUER ACESSAR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 3
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/04/2004

Ótima carta André Zeitlin! Com a palavra Valter Galan e Gary Romano.
Renato S. Machado Pompéu-Mg
RENATO S. MACHADO POMPÉU-MG

POMPÉU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/04/2004

Cito a reportagem:

" Diante das condições do mercado (a empresa teve queda de volume de vendas) a gerência subiu os preços para manter as margens de lucro..."

Não sou executivo de Multinacional, mas acho que isto é dar um tiro no pé. Não é por nada não, mas as últimas notícias que vi sobre a Nestlé ou eram fantasiosiosas ou distorções fortes da realidade.

Andre Zanaga Zeitlin
ANDRE ZANAGA ZEITLIN

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 23/04/2004

Gostaria de entender melhor porque a maior compradora de leite do país, ao mesmo tempo em que reclama de difiuldades comerciais, continua se negando a participar do esforço institucional de promover o consumo de lácteos, coordenado pela Láctea Brasil.
Qual a sua dúvida hoje?