Mercado de queijos cresce 5% no 1º trimestre de 2004
Publicado por: MilkPoint
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Para o diretor da Abiq, Cícero de Alencar Hegg, o crescimento vem sendo continuo desde o 4o trimestre do ano passado. Ele informou que o incremento, em volume, nas vendas dos primeiros três meses deste ano variaram entre 3% e 5% sobre o fechamento do trimestre anterior. "Os queijos mais baratos são os preferidos pelos brasileiros, como a mussarela, frescal e o prato", conta o diretor.
Mesmo com o crescimento alcançado entre janeiro e março de 2004, Hegg destaca que este período não foi fácil para o setor, porque a demanda pelo produto diminuiu devido às férias escolares nos dois primeiros meses do ano ao mesmo tempo em que a produção aumentou.
Com relação aos custos, as indústrias brasileiras sofreram aumento de 15% no preço dos insumos nos primeiros dias deste ano. Nas gôndolas dos supermercados e hipermercados de todo o País, os consumidores sentiram os reajustes nos preços em cerca de 12%, com relação ao ano passado. "Os preços estão deprimidos, pois há uma pressão nos altos custos das embalagens, insumos públicos e matéria-prima. A indústria precisa repassar os custos ao consumidor, mas como o poder aquisitivo do brasileiro está comprometido, fica aquela briga, ou seja, a oferta maior que a demanda", diz Hegg.
De acordo com o diretor, cooperativas e sindicatos do setor devem estimular o consumo de lácteos e a importância para o consumo humano. "A Abiq desenvolverá nos próximos meses, junto ao público formador de opinião uma divulgação sobre importância nutritiva do queijo", conta.
Hegg destaca também o incentivo promovido pela Associação junto aos laticínios para exportação do produto. "O mercado norte americano, por exemplo, é bastante atrativo, só no ano passado, cerca de 1,5 mil toneladas de queijos foram enviados aquele país", enfatiza o diretor da Abiq. Ele informa também que outro mercado promissor que está na mira do País é o continente africano. "Já estamos em processo de negociação com alguns países", adianta.
Para o diretor da Abiq, as condições para as exportações poderiam ser ainda melhores, não fosse a distância do Brasil com os mercados consumidores e a falta de transportes especializados. "Por exemplo, não existe transporte refrigerado do Brasil para a África", revela. Hegg informa que a associação está checando se o Uruguai tem condições de oferecer transporte adequado para essas cargas.
Para o próximo trimestre, Hegg se mantém cauteloso, pois em abril, as vendas não corresponderam às expectativas dos laticínios. "Porém a expectativa é um ligeiro aumento no consumo, devido principalmente ao reajuste do salário e a expectativa diminuição no índice de desemprego", conclui.
Fonte: Juliano Fantazia, da Equipe MilkPoint
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