Leite in natura está proibido em Dourados, no MS

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A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) começou segunda-feira em Dourados (MS), um "arrastão" em mercados e supermercados da cidade, fiscalizando o comércio de produtos de origem animal, principalmente os fatiados como mussarela e presunto. Mas o que desencadeou a operação foi o fim do prazo para a paralisação distribuição do leite in natura no município, o principal alvo da fiscalização, que conta com a participação também do Ministério Público Estadual, Secretaria de Saúde e Polícia Militar, tanto de Dourados como de Campo Grande.

Na segunda-feira, primeiro dia da operação, os fiscais apreenderam cerca de 700 quilos de produtos com prazos de validade vencidos, em pelo menos 15 estabelecimentos comerciais, basicamente nos bairros. Ontem foi a vez da área central e dos grandes supermercados, além dos vendedores de leite.

Muitos deles, que saíram mais cedo, ainda conseguiram entregar o produto, mas a maioria foi pega de surpresa e teve que suspender a distribuição.

Proibido

A veterinária Solange Freitas, uma das coordenadoras da operação, disse que havia uma determinação do Ministério Público Estadual para impedir, a partir do dia 1o de maio, a distribuição de leite in natura.

Os fiscais conseguiram localizar vários distribuidores, mas isso gerou polêmica e os leiteiros prometem um movimento de protesto hoje, em frente à Promotoria de Justiça. Eles garantem que se as exigências ainda não foram cumpridas não é culpa da categoria.

O vice-presidente da Associação dos Leiteiros de Dourados (Avaleite), Élcio da Silva, lembrou que foi feito um acordo entre o Ministério Público e os leiteiros para a regularização da distribuição do leite. Houve o comprometimento da classe se organizar em sistema de cooperativa e a partir daí passar a vender o leite pasteurizado, com a construção de uma usina.

Todo o procedimento foi feito e inclusive a verba para a implantação da indústria foi conseguida. Ocorre, segundo ele, que o dinheiro, R$ 154 mil, até esta semana ainda estava retido na Caixa Econômica Federal. No entanto, eles já estão com a máquina para a pasteurização à disposição, o terreno (doado pela prefeitura) já com a terraplanagem pronta, restando apenas o início da obra da indústria, que não teria acontecido ainda pela não-liberação dessa verba, cujos motivos eles próprios desconhecem.

Silva entende que não é justo punir uma classe de trabalhadores que depende única e exclusivamente desse trabalho para o sustento de suas famílias, por algo alheio a sua vontade. O vice-presidente da associação explicou que o Ministério Público sabe o que foi feito até agora, ou seja, que todas as exigências foram cumpridas, inclusive a participação da categoria em pelo menos 11 cursos do Sebrae no período de um ano.

Fonte: Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe MilkPoint
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