Leite ao consumidor deve subir 15% em MG

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Um aumento em torno de 15% no preço do leite poderá ser percebido pelo consumidor nos próximos dias, de acordo com o diretor financeiro do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira. Segundo ele, apesar de o período de entressafra ainda não ter começado efetivamente, uma queda na produção nesse primeiro trimestre do ano, entre 10% e 15%, conforme dados da indústria e das cooperativas, estaria reduzindo a oferta do produto e, conseqüentemente, pressionando os preços para cima.

No atacado, a alta está confirmada. "E o reflexo já está chegando ao varejo, tanto para o leite quanto para os derivados", garante Moreira. O Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/MG) vem registrando uma pequena alta no valor do produto nos últimos dois meses. No primeiro trimestre de 2004 o leite teve retração de 3,90%, provocada principalmente, pela queda de 6% no preço desse item em janeiro. Em fevereiro e março, as altas foram de 1,30% e 0,92%, respectivamente. A tendência de aumento continua em abril, com crescimento de 2,39% na primeira quadrissemana e 2,11% na segunda.

O presidente da Comissão Técnica de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Eduardo Dessimoni, explica que houve uma queda acentuada nos preços no início do ano, com a safra, e, agora está ocorrendo apenas uma reação no mercado. "Na produção tivemos um crescimento de R$ 0,03 por litro, o que representa cerca de 7% de alta em março em relação a fevereiro. Assim, o preço continua desestimulante para o produtor, que realmente está abandonando o gado leiteiro", analisou.

Ele observa que, mesmo com essa pequena recuperação, o leite ainda tem uma variação negativa de 8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além disso, o valor dos insumos básicos, tais como soja, milho, adubo, produtos veterinários, entre outros, teve um crescimento de 1,5% (incluindo a mão-de-obra) desde o início de 2004.

Já o presidente da Cooperativa Agropecuária de Uberlândia (Calu), Jerônimo Gomes Ferreira, complementa que o desestímulo do produtor não está apenas no preço, mas na instabilidade da cotação do leite. "A sazonalidade é muito grande. Em novembro e dezembro, com a safra, o preço despenca porque há manipulação do mercado pelas grandes indústrias. Então só compensa produzir na seca, porém os custos sobem entre 20% e 30% nesse período", reclama. Ferreira acredita que apenas uma política agrícola que privilegie o estoque do leite nos períodos de maior oferta, poderá provocar uma estabilidade durante todo o ano, incentivando o produtor. Caso contrário, o preço deve continuar subindo pela retração da oferta.

Fonte: Hoje em Dia/MG (por Luciana Rezende), adaptado por Equipe MilkPoint
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