Leguminosas diminuem custos e aumentam produção leiteira em MG

Publicado por: MilkPoint

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Redução de cerca de 40% custo de produção com o fim da compra de rações industrializadas, aumento de até 25% na produtividade, fabricação de um produto mais natural. Estes são os resultados que alguns pecuaristas da região de Juiz de Fora (MG) estão experimentando com a introdução de leguminosas na alimentação de seus animais. A técnica está sendo difundida pelo Projeto Leguminar e faz parte do Proleite, programa da Gerência de Agropecuária e Abastecimento (GAA) da Prefeitura de apoio ao produtor rural.

"É uma técnica barata que não necessita de grandes investimentos", esclarece Frederico Simões de Carvalho, agrônomo responsável pela elaboração e execução do projeto. As leguminosas, como feijão guandu e amendoim forrageiro, são espécies que possuem elevado teor de proteína, além de outros nutrientes. Introduzidas às gramíneas, alimentação da pecuária tradicional, produzem uma mistura mais nutritiva, tanto quando são plantadas no pasto ou quando são utilizadas para suplementação no cocho.

Na avaliação do agrônomo, a técnica também torna o produtor menos dependente das oscilações do preço da ração e do adubo. A ração concentrada é utilizada tradicionalmente para complementação da pastagem. Nos dois anos de projeto, mais de 100 pecuaristas estão utilizando as leguminosas.

Nesse tempo todo, o produtor da Fazenda Recanto, Sebastião Eduardo da Fonseca, está economizando R$ 1.260 por mês, dinheiro antes gasto com ração para alimentar 20 animais. Com a economia, já planeja investir na melhoria da pastagem e na qualidade do gado.

O produtor Pedro Paulo de Oliveira, do Sítio das Perobas, também comemora os resultados. Depois da incorporação das leguminosas, sua produção aumentou 25%. Antes de conhecer a técnica, ele tirava 150 litros por dia, agora a produção alcança 200 litros. Além desse incremento, o pecuarista destaca a redução do consumo mensal de ração que caiu de 30 para 20 sacas. Satisfeito com o bom desempenho da mistura da cana com o feijão guandu, ele revela que quer experimentar outras técnicas.

Um dos objetivos do Leguminar, segundo o coordenador do Proleite, Paulo Viana, é ensinar o produtor a fazer um alimento de qualidade em sua propriedade. "Eles querem resultado imediato, por isso acham mais fácil comprar a ração. Plantar leguminosa dá trabalho", revela. O agrônomo explica, no entanto, que o cultivo das leguminosas para alimentação do gado é uma prática de resultado mais imediato.

Solo

A questão ambiental é outra preocupação do Leguminar. "As leguminosas têm grande capacidade de fertilizar o solo", explica Carvalho. Por isso, as plantas podem reduzir o uso de adubos químicos no solo.

Desde seu lançamento, em 2002, cinco mil quilos de sementes de feijão guandu, 22 mil mudas de árvores e dez toneladas de adubos foram distribuídos na região. "A receptividade está sendo muito boa. A demanda é maior do que o projeto pode atender", comemora o agrônomo.

Fonte: Tribuna de Minas (por Deborah Moratori), adaptado por Equipe MilkPoint
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Paulo Roberto Viana Franco
PAULO ROBERTO VIANA FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/06/2004

Gostaria de lembrar ao nobre colega Marcelo de Rezende que o uso de leguminosa na alimentação de ruminantes não é novidade e nem invenção, apenas depende de um bom gerenciamento e muito trabalho administrativo. O objetivo da nossa assitência técnica é procurar caminhos que viabilizem nossos pequenos produtores.
Marcelo de Rezende
MARCELO DE REZENDE

LONDRINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/05/2004

Até quando vamos continuar inventando?
Fernando Cerêsa Neto
FERNANDO CERÊSA NETO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/05/2004

gostaria de obter o endereço do Leguminar, inclusive o eletrônico ou das pessoas com posso corresponder.
Muito obrigado.

<b>Resposta</b>:

Caro Fernando,

O email do Paulo Viana é:

francolopardi@bol.com.br

O telefone é: 32 32120010

Atenciosamente,

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