Itambé investirá R$ 200 milhões em nova fábrica de laticínios
Publicado por: MilkPoint
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Segundo o vice-presidente da empresa, Jacques Gontijo, o principal objetivo na nova fábrica, que deve iniciar operações em outubro de 2005, é atender à demanda externa.
Com capacidade para absorver até dois milhões de litros de leite por dia, hoje a empresa processa 2,5 milhões de litros/dia, a nova unidade, em local ainda indefinido, será destinada à fabricação de leite em pó, leite condensado e creme de leite. "Caso a Parmalat se interesse, podemos arrendar alguma fábrica, mas só até a nossa ficar pronta", afirmou Gontijo.
A Itambé começou a se voltar para o mercado externo em meados de 2002, quando fundou, em parceria com um grupo de produtores e a empresa de comércio exterior Sertrading, a trading para exportação de lácteos Serlac.
Em 2003, a Itambé exportou US$ 8 milhões, 2% de sua receita. "Neste ano, nossa meta é exportar US$ 30 milhões". Em quatro anos, a intenção é ter 20% das receitas em dólar.
Até pouco tempo atrás, o Brasil não só não exportava leite como era importador. Os volumes destinados ao exterior ainda são pequenos: a Serlac, principal exportadora nesse mercado, vendeu apenas 15 mil toneladas de lácteos, num total de US$ 10 milhões, em 2003. As perspectivas, porém, são promissoras. "O preço externo está bom e existe demanda", afirmou o presidente da Sertrading, dona de 50% da Serlac, Alfredo de Goeye. A outra metade da sociedade pertence à Itambé, junto com a Cooperativa Central de Laticínios, a Confepar, a Embaré e a Ilpisa.
A maior parte do volume vendido em 2003 foi destinada ao Iraque, dentro de um programa das Nações Unidas. Outros destinos incluem o norte da África e a América Latina. Para 2004, segundo Goeye, a meta é exportar pelo menos US$ 35 milhões, incluindo a parte da Itambé.
No mercado doméstico, a Itambé avalia o momento de crise da gigante italiana como uma oportunidade para aumentar a presença em leite em pó e condensado, iogurtes e creme de leite. A empresa é a vice-líder nesses segmentos, atrás apenas da Nestlé, mas bem à frente da Parmalat. Segundo Gontijo, a empresa não tem interesse no mercado de leite longa vida, segmento em que a Parmalat é mais forte.
Com a crise da multinacional e as dificuldades com o pagamento de fornecedores, a Itambé passou a absorver 150 mil litros de leite/dia de produtores de Goiás que forneciam para a Parmalat. "É o máximo que conseguimos absorver, pois nossas fábricas estão trabalhando no topo da capacidade", explicou Gontijo.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Mariana Barbosa), adaptado por Equipe MilkPoint
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