Informações díspares e silêncio ofuscam a real situação da unidade da Parmalat em Garanhuns

Publicado por: MilkPoint

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A atual situação da unidade de Garanhuns (PE) da Parmalat é um mistério. A administração da fábrica e a gerência de comunicação da empresa informam que ninguém está autorizado a se manifestar. Somente entidades do setor falam sobre o assunto e as informações variam de acordo com o entrevistado.

O presidente da Câmara Setorial do Leite e presidente da comissão de pecuária de leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Rodrigo Alvim, foi informado que a unidade não compra mais leite de outros estados e opera só com produtores locais. "Mesmo com as dificuldades, os pagamentos se dão em até cinco dias após a quinzena. Só são devidos os primeiros 28 dias de janeiro, o que já está sendo negociado", conta.

João Pessoa, assessor da presidência da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco, complementa informando que a unidade recebe entre 100 e 120 mil litros/dia para processar, porém tem grande dificuldade para pagar. O funcionamento, segundo ele, está em torno de 12 a 14% de sua capacidade total e que apesar disso, poucas demissões ocorreram.

Já João Alvares, diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Pernambuco, diz que foram cerca de 100 demissões. Ele acredita que dificilmente Garanhuns aumentará a produção, devido à falta de credibilidade adquirida. Conta também que muitos pecuaristas formaram associações e destinam o leite a laticínios menores e ao Governo Estadual, que compra cerca de 20% da produção para distribuir à população carente. O valor máximo pago pela Parmalat é R$ 0,38 por litro e pelo Governo R$ 0,54. "Com a crise muitas matrizes foram transferidas para outros estados, o que diminuiu a oferta local de leite", informa Alvares.

A planta de Garanhuns chegou a ter sua venda para a Itambé comentada no mercado (Clique aqui para ler sobre o assunto), mas em virtude da crise o negócio não prosseguiu. A diretoria do laticínio prefere não se manifestar sobre o assunto. Sobre esse tema, João Pessoa acredita que a venda para outra empresa é pouco provável, dada a situação jurídica que a Parmalat se encontra, mas conta que em uma reunião entre produtores nordestinos, ocorrida em 24 de março, na Federação das Indústrias de Pernambuco, cogitou-se a compra ou arrendamento da unidade, por meio da formação de uma holding entre os presentes. Porém nada ficou acertado.

Fonte: Paulo Roberto Brino Mattus, da Equipe MilkPoint
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