Indústrias esperam melhor resultado para leite longa vida no segundo trimestre
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A Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo (CCL), informa que aumentou em 3,70% o volume vendido do produto, saltando de 54 milhões de litros comercializados no primeiro trimestre do ano passado, para 56 milhões no primeiro deste ano. Houve uma pequena variação negativa no preço do produto, porém esta não chegou a 1% (R$ 1,11 em 2003 e R$ 1,10 em 2004). O diretor geral da CCL, Tarcisio Antonio de Rezende Duque, afirma "não creio que houve melhoria no consumo, mas apenas uma mudança na 'dança das cadeiras'". Com relação ao preço praticado no próximo trimestre, ele prevê que, "mantendo a tradição de anos anteriores" o preço de venda será melhor no período. Porém ele alerta que há "um imenso descompasso entre o preço da matéria prima, em alta (devido à entrada 'súbita' do período de entre safra) e preço de produto acabado, que não acompanhou esta tendência".
Já a Cooperativa de Laticínios de Uberlândia (Calu) movimentou nos primeiros três meses de 2004, os mesmos 3,3 milhões de litros comercializados no primeiro trimestre de 2003 de leite longa vida. Porém no que tange ao valor houve queda de 7,46% (caindo de R$ 1,06 o litro para R$ 0,98). Segundo o presidente da Calu, Márcio Guimarães, "a manutenção das vendas se deve em parte à diminuição da participação da Parmalat no mercado. Com relação ao preço, nós passamos um trimestre difícil, com uma recuperação em março", conta o presidente. A sua aposta para o próximo trimestre é manutenção no nível de consumo, com alta no preço, devido à queda de captação do período. "O volume só aumentará significativamente, se aumentar o consumo per capita, o que por sua vez depende de uma melhora no nível de vida da população", explica Guimarães.
Na Italac as coisas não são muito diferentes. Apesar de não apresentar o volume e nem o valor médio de comercialização de seus produtos, o presidente da empresa, Cláudio Teixeira, conta que o volume comercializado no primeiro trimestre de 2004 foi 29,77% maior que o de 2003, mas o preço caiu 5%.Teixeira também aponta março como o mês de melhora de preços nesse trimestre. Esse ponto, identificado pelos presidentes da Italac e da Calu, pode ser confirmado pelo índice mensal divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Cepea -, da Esalq/USP (clique aqui para ler matéria). Teixeira está otimista e espera que 2004 seja um bom ano para o setor. "O governo está dizendo que será um ano bom então vamos acreditar que será bom. O leite é um produto muito sensível, então qualquer mudança na economia para melhor reflete imediatamente em recuperação, por ser este um produto primordial", explica ele. O presidente afirma que o aumento do salário mínimo já impactará positivamente nas vendas do leite, que ele acredita estar baixas. Para o próximo trimestre ele também acredita na manutenção do volume comercializado no primeiro deste ano e no aumento dos preços. A companhia inaugurou em janeiro mais uma unidade em Jaru (RO), para atender os estados de Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Acre. Teixeira esclarece que os dados apontados não consideram aquela unidade.
Fonte: Paulo Roberto Brino Mattus, da Equipe MilkPoint
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