Importações de proteína do leite mostrou pequeno impacto nos EUA
Publicado por: MilkPoint
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O relatório, feito pela Comissão Internacional de Comércio, agência semijudicial, mostrou que as importações de proteínas concentradas do leite e produtos relacionados podem ter deslocado do mercado cerca de 144,24 milhões de quilos de produtos lácteos norte-americanos de 1998 a 2002 - ou seja, cerca de 1,2%.
As MPCs são proteínas desidratadas e processadas, criadas a partir da ultra-filtração do leite desnatado. Diferentemente da maioria dos produtos lácteos, as importações de MPCs têm poucas barreiras nos EUA. Neste contexto, os produtores de leite dos EUA alegaram que as MPCs importadas estavam tomando o lugar do leite em pó desnatado doméstico em vários tipos de alimentos. Estavam esperando que o relatório da comissão fornecesse informações que persuadissem o Congresso a impor tarifas às importações deste produto.
No entanto, a comissão mostrou que apesar de as MPCs poderem ter contribuído com o aumento das compras pelo governo do excedente de leite em pó desnatado, elas não tiveram impacto nos níveis de preços ao produtor.
O economista do setor de lácteos da Universidade de Wisconsin-Madison, Ed Jesse, disse que o relatório provavelmente enfraquecerá o pedido da indústria de lácteos para a determinação de tarifas de importação às MPCs. Jesse, no entanto, é favorável à implantação destas tarifas, dizendo que não tem sentido ter um sistema de suporte aos preços dos lácteos e permitir, ao mesmo tempo, importações ilimitadas. "No entanto, não acho que se pode usar o argumento de base de que isto está tendo um impacto devastador aos produtores de leite". O aumento nos preços do leite neste ano, que poderá atingir níveis recordes, fará com que o pedido de tarifas às importações de MPCs fique ainda mais difícil, disse Jesse.
A comissão disse que a razão para os produtores não estarem produzindo MPC é que eles podem ter um preço governamental maior pelo leite em pó desnatado. O sistema de suporte aos preços dos lácteos, segundo a comissão, cria um "desestímulo" para a produção doméstica de MPC.
A comissão também mostrou em seu relatório que os exportadores de MPCs, como Austrália e Nova Zelândia, não subsidiam significantemente a produção deste produto. A União Européia (UE) subsidiou a produção de MPCs no passado, mas reduziu bastante estes subsídios, segundo informou a comissão.
A Coalizão para Ingredientes Nutricionais, que inclui companhias dos EUA como Kraft e Nestlé, disse que o relatório apoiou a posição de que as tarifas não devem ser impostas. "Os preços dos produtos lácteos mudaram dramaticamente devido às flutuações na oferta e na demanda no mercado, e não devido às importações de produtos lácteos", informou o grupo.
Fonte: U.S. International Trade Commission, publicado em Myrtlebeachonline.com (por Frederic J. Frommer), adaptado por Equipe MilkPoint
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