Governo não deve intervir na Parmalat

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O governo federal está adotando todas as medidas possíveis para impedir que a crise da Parmalat Brasil afete a cadeia produtiva do leite, seja interrompendo as atividades dos produtores ou provocando desemprego na indústria láctea, e os consumidores, com elevações de preços. A garantia foi dada ontem pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, ao participar de audiência pública na comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar a crise da empresa.

Ele reiterou ainda que o governo não pretende intervir na Parmalat e apoiou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Congresso para investigar a situação do grupo no país.

Em sua exposição, o ministro alinhou as três preocupações que norteiam as ações do governo para evitar impactos econômicos negativos decorrentes da crise da Parmalat: 1) assegurar a continuidade da atividade dos produtores, fazendo com que tenham empresas ou cooperativas para fornecer leite; 2) impedir o desabastecimento do mercado e o conseqüente aumento de preço do produto; 3) manter os empregos dos trabalhadores da indústria láctea.

De acordo com Rodrigues, a destinação de R$ 300 milhões para as operações de Empréstimos do Governo Federal (EGF), por intermédio do Banco do Brasil, e o programa de financiamento para retenção de matrizes, evitando que sejam abatidas, fazem parte das ações desenvolvidas até agora pelo governo. Segundo ele, o BB já contratou R$ 113 milhões em EGF e o restante deverá ser liberado nos próximos dias. O ministro descartou, entretanto, uma intervenção governamental na empresa. "O governo não considera adequado intervir na Parmalat, até mesmo por desconhecer a sua real situação".

Rodrigues também voltou a defender o arrendamento com opção de compra das unidades da Parmalat no Brasil.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe MilkPoint
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PAULO DE TARSO CARVALHO
PAULO DE TARSO CARVALHO

OUTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 16/02/2004

A situação em que a Parmalat colocou o produtor de leite é realmente lastimável. Ela porém nos leva a refletir sobre um ponto. Até onde uma empresa pode crescer? A Parmalat veio ao Brasil comprou uma série de laticínios, simplesmente para fechá-los, arruinou com o setor de carnes da Batavo, e agora, por irresponsabilidade, colocou em xeque os avanços da cadeia de lácteos do Brasil. Espero realmente que o governo federal opte pelo arrendamento das unidades da empresa italiana para cooperativas brasileiras o que sem dúvida é a medida mais acertada. Outra questão absurda são os empresários irresponsáveis, que aproveitando a crise que ocorre a quilômetros de distância, afinal a captação de leite é de certa forma limitada, abaixam o preço do leite. Está na hora de haver seriedade na cadeia do leite como um todo.
Qual a sua dúvida hoje?