Gonçalves não é mais presidente da Parmalat

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Parmalat amanhece com intervenção; ex-diretor do BC foi indicado

O presidente da Parmalat S.A. Indústria de Alimentos, Ricardo Gonçalves, apresentou sua renúncia ao conselho de administração da empresa. No comando da companhia desde novembro de 2001, Gonçalves foi contratado pela matriz italiana para reestruturar as operações deficitárias do grupo no Brasil. Antes de conseguir zerar os prejuízos, no entanto, a subsidiária brasileira da Parmalat foi duramente atingida pelo escândalo financeiro do grupo na Itália, que estourou em dezembro.

A saída, na prática, é o reflexo de uma intervenção judicial no grupo decidida e comunicada ontem pelo juiz da 42ª Vara Cível de São Paulo, Carlos Henrique Abrão. Ele determinou, por meio de sentença judicial, a destituição de Gonçalves e de toda a diretoria. A Justiça nomeou o ex-diretor do Banco Central Keyler Carvalho Rocha como interventor da empresa. Ele assume a companhia nesta quinta-feira e disse que vai trabalhar para tentar salvá-la e manter os empregos dos funcionários.

O juiz também decretou a indisponibilidade dos bens e a quebra do sigilo bancário e eletrônico dos diretores, que estão proibidos de deixar o país. Ricardo Gonçalves, foi surpreendido pela decisão do juiz. "Eu me sinto bastante constrangido. Em primeiro lugar, sou um administrador profissional. Fui contratado para poder resgatar uma empresa. Não há nenhuma razão para a destituição, uma vez que não cometi nenhuma fraude ou delito''.

Thomas Felsberg e Carlos Aidar, advogados da empresa, estiveram no Fórum na tarde de ontem, em contato com o juiz, para tentar reverter a situação. Eles devem entrar hoje com um pedido de agravo (recurso) contra a sentença da Justiça.

Na semana passada, em carta dirigida ao conselho, Gonçalves havia dito que a empresa tinha poucos dias de vida e a administração se tornaria inviável, caso o governo não editasse uma medida provisória adiantando efeitos previstos na nova lei de falências, que ainda tramita no Senado. No entanto, o governo descartou de vez qualquer medida que pudesse ajudar a Parmalat, preferindo estudar um esquema de apoio direto aos produtores de leite.

No mês passado, quando a empresa pediu concordata, metade do conselho de administração já havia renunciado, sobrando apenas um secretário, o diretor financeiro, Andrea Ventura, e o próprio Gonçalves.

Demissões devem ser anunciadas hoje, incluindo funcionários da sede da companhia, e irão atingir todos os níveis hierárquicos da empresa, apurou a reportagem. Isso é parte do processo de reestruturação da empresa, comandado por Gonçalves até ontem.

Fonte: O Estado de S.Paulo (por Priscilla Murphy, com colaboração de Fabíola Salvador), Folha de S.Paulo (por Adriana Mattos) e Jornal do Brasil, adaptado por Equipe MilkPoint
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