Goianos não se animam com mais recursos em EGF

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Não trouxe qualquer alívio ao produtor de leite goiano o anúncio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de que vai liberar mais R$ 100 milhões em Empréstimo do Governo Federal (EGF) para as cooperativas que têm créditos com à Parmalat. "É puro marketing do governo, pois o EGF só é possível para cooperativas que tenham indústria e que, portanto, possam estocar produtos, o que não é o caso das de Goiás", disparou o presidente da Cooperativa Central de Laticínios de Goiás (Centroleite), Haroldo Max.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, admitiu que o EGF não beneficia diretamente o produtor, mas ponderou que, indiretamente, traz alguma vantagem para todos, pois permite aos laticínios continuarem absorvendo toda a produção de leite sem redução de preços, financiando a estocagem de produtos para comercialização na entressafra.

Tanto Caixeta quanto Max concordam, entretanto, que o EGF não resolve a questão dos produtores independentes que também têm créditos a receber da Parmalat.

O presidente da Centroleite argumentou que a maior dívida da Parmalat em Goiás é para com os produtores independentes, que não receberam pelo produto entregue durante 50 dias. Segundo ele, da dívida estimada de R$ 6 milhões no estado, menos de R$ 1 milhão é para cooperativas. "Que eu saiba, a Parmalat deve apenas R$ 530 mil para a Centroleite e um pouco mais de R$ 200 mil para a Coplem de Morrinhos. Todo o restante do débito é com produtores independentes, que estão com esse mico nas mãos", disse Max, para quem a única solução para a crise é encontrar alternativa de pagamento para esses produtores.

Para o presidente da Cooperativa dos Produtores de Leite de Morrinhos (Coplem), Erlito Bernardes, o EGF pode ser interessante não só para cooperativas que processam o leite, como é o caso da sua, mas também para as que eventualmente tenham recebido leite em pó da Parmalat em pagamento da dívida, como também é o caso da sua e da de Quirinópolis. "Pelo menos a Coplem vai estudar seriamente a possibilidade de fazer o EGF, até porque, além das 140 toneladas de leite em pó que recebemos, também produzimos o leite longa vida e queijo parmesão, ambos passíveis de estocagem".

Centroleite

A Centroleite vendia um milhão de litros por mês para a Parmalat até dezembro, quando os pagamentos começaram a atrasar. Agora, esse volume está sendo entregue para outras empresas com as quais a central já trabalhava anteriormente, como Nestlé, Italac e Leite Bom.

Fonte: O Popular/GO (por Edimilson de Souza Lima) e Valor Online (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe MilkPoint
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