Franqueados de Gelateria Parmalat estão preocupados com futuro

Publicado por: MilkPoint

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No município de Rio Claro, interior de São Paulo, a Gelateria Parmalat virou Gelateria Nestlé. Por questões familiares, a empresária Teresa Negretti, dona de uma franquia da sorveteria de origem italiana na cidade, teve de se mudar para São Paulo e quis vender a loja que tinha. Não encontrou interessados na Gelateria Parmalat.

A solução que encontrou foi passar a vender produtos Nestlé no local para vender a sorveteria. "Com medo do que pode vir a acontecer com a Parmalat, o novo dono prefere ficar só com o ponto", afirma. Ainda com os direitos da franquia em mãos, Teresa aguarda o desenrolar do caso para decidir se abre uma nova loja.

Procurada, a Nestlé não informou se pretende atuar no segmento de sorveterias no rastro da Parmalat.

O episódio ilustra bem o que acontece com os franqueados da Gelateria Parmalat. Embora ainda não tenham sentido os efeitos da crise, os empresários começam a temer por seus negócios. Os 46 franqueados se reunirão na próxima sexta-feira para definir o que fazer. Entre as propostas está a criação de uma nova empresa pelos antigos lojistas.

Mesmo sem sofrer com a falta de sorvetes nas lojas, ele tentam evitar um problema maior. A Gelateria Parmalat tem como acionista majoritário a Parmalat Participações, empresa que está sob administração judicial e pediu concordata.

Sob a liderança de Jeremias de Oliveira, dono de uma loja no shopping Anália Franco, em São Paulo, a idéia é saber da Parmalat como fica a Gelateria. "Primeiro queremos ouvir que garantias ela pode nos dar de que a sorveteria não será atingida pela crise".

Os franqueados não reportam queda nas vendas. "As pessoas perguntam se a loja vai fechar, mas não deixam de comprar", explica o franqueado de Porto Alegre (RS), Luís Antônio Alves.

Os sorvetes continuam chegando normalmente à sua loja, mas Alves já recebeu um comunicado da Parmalat de que podem faltar outros produtos como sucos. "Não estou preocupado porque esses itens são responsáveis por apenas 8% do faturamento da loja".

Bom momento

O colapso da Parmalat, ironicamente, pegou a Gelateria num bom momento. No fim do ano passado, a empresa colocou em curso um investimento de R$ 500 mil para construir uma nova fábrica de sorvetes no bairro paulistano da Moóca.

O projeto, feito com recursos provenientes do caixa da Gelateria, tem como objetivo ampliar a produção para acompanhar o crescimento da empresa. A rede de franquias praticamente dobrou de tamanho no ano passado, quando foram abertas 20 unidades.

"A Gelateria é lucrativa, está conseguindo manter seus compromissos e não sofreu queda nas vendas. Mas é claro que o consumidor fica com um pé atrás", afirma um executivo da empresa, que pediu para não ser identificado.

Essa fonte confirma que o abastecimento das lojas está normal, apesar da paralisação de algumas fábricas da Parmalat. Isso porque a dos sorvetes é feita na Batávia, em Carambeí (PR). Depois, a massa é processada em São Paulo. É isso que será feito na fábrica da Moóca.

Segundo Marcelo Cherto, presidente do Instituto Franchising, já houve casos passados de quebra de franqueadores que não chegaram a prejudicar os franqueados. "Os próprios franqueados tomam a iniciativa para conseguir uma saída e não ficar no prejuízo".

Apesar disso, os franqueados avaliam a possibilidade de trocar o nome da rede de sorvetes artesanais. "Não queremos continuar com o nome de uma empresa cuja imagem está arranhada", explica Oliveira.

Fonte: Valor OnLine (por Carolina Mandl, Talita Moreira e Christiane Martinez), adaptado por Equipe MilkPoint
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