Faeal e Sindileite acusam as indústrias de quebra de acordo

As entidades que representam os produtores de leite alagoanos estão em pé de guerra com as indústrias. "Eles rasgaram o acordo feito com os fornecedores e com o secretário da Indústria e Comércio, Geminiano Jurema. Vamos cobrar uma posição do governo", afirmou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida.

A declaração é uma referência ao acordo firmado entre Sileal, Secretaria da Indústria e Comércio e Sindicato dos Produtores de Leite (Sindileite) de só reduzir o preço pago ao produtor através da Câmara Setorial do Leite ou do Conseleite, instituições que estão sendo formadas com participação do governo, fornecedores e indústrias para definir a política de preços do leite em Alagoas.

"Não é nem quebra de acordo, nem desrespeito. Na verdade, ficou acertado que até a criação do Conseleite, as indústrias poderiam reajustar o preço ao produtor de acordo com a média do seu preço de venda. Foi o que fizemos", reagiu o presidente do Sileal, Antônio Arruda.

O presidente do Sindileite, Ricardo Barbosa, também acusou as indústrias de quebrar o entendimento. "Mais uma vez eles fazem isso. Disseram que só iriam reduzir preço na mesa de negociação e mandaram um comunicado com o preço sem conversar com ninguém. Estamos cansados disso. Dessa forma, as indústrias vão acabar com o produtor de leite", desabafou.

"No nosso entender, não há justificativa para essa nova queda de preços, até porque o consumidor paga cada vez mais caro pelo leite industrializado nos supermercados", disse Barbosa.

De acordo com o Sindileite, o custo de produção de um litro de leite para o produtor em Alagoas está em torno de R$ 0,50. O novo preço básico é de R$ 0,35 e o preço médio deve ficar em R$ 0,38 e R$ 0,40.

Fonte: Gazeta de Alagoas, adaptado por Equipe MilkPoint