Exportações de lácteos somam US$ 16,5 milhões até abril
Publicado por: MilkPoint
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Ao mesmo tempo em que aumentaram as remessas de lácteos, as importações caíram, atingindo 3,7 mil toneladas em abril (US$ 5,4 milhões), ou seja, 31,9% a menos que as 5,5 mil toneladas registradas em abril de 2004 (US$ 6,3 milhões). No acumulado entre janeiro e abril, as exportações somaram 12,6 mil toneladas de produtos lácteos; crescimento de 46,6% sobre as 8,6 mil toneladas remetidas ao Exterior em igual período do ano passado. As importações do primeiro quadrimestre somaram 15 mil toneladas de lácteos, 55,5% a menos que as 33,8 mil toneladas em igual período do ano passado. "Isso mostra que o Brasil está se consolidando cada vez mais como País importante no mercado internacional de lácteos. Os valores ainda são relativamente tímidos, mas o que importa é a curva de exportações sempre ascendente, com queda nas importações.", diz Alvim. A receita de exportações do primeiro quadrimestre deste ano somou US$ 16,5 milhões, aumento de 83,3% na comparação os US$ 9 milhões obtidos em igual período do ano passado.
Este ano, os principais destinos para os produtos lácteos brasileiros são o Iraque, Argélia, Angola, Estados Unidos e Trinidad Tobago. Nos últimos doze meses, considerando período encerrado em abril, o Brasil exportou 4,1 mil toneladas de leite em pó para o Iraque, com receita de US$ 8,4 milhões. "Somente nas exportações de abril, o Iraque foi responsável pela compra de quase 500 toneladas de leite em pó brasileiro", explica Alvim. Angola, Estados Unidos e Trinidad Tobago são os principais destinos para leite condensado e leite evaporado produzido no Brasil, responsáveis por compras de US$ 27 milhões desses dois produtos nos últimos 12 meses. "Parcela de quase 60% das exportações de leite condensado e leite evaporado teve esses três países como destino", diz Alvim.
Os resultados das exportações são reflexo da aplicação de medidas antidumping pelo Brasil desde 2001, afirma Alvim. A decisão, adotada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), atendeu pedido da CNA, que foi formulado como apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e da Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL) e da Leite Brasil, que buscava proteger o produtor nacional da prática de dumping, ou seja, a venda abaixo do custo de produção, o que representa prática desleal de comércio.
Para contornar o problema, foram aplicados preços mínimos de importação, de US$ 1,9 mil por tonelada de leite em pó oriundo do Uruguai e da Argentina. A política de preços mínimos está sob revisão, a pedido da CNA. Dentro desse processo, a CNA entregou esta semana ao Departamento de Defesa Comercial (Decom) questionário sobre o processo produtivo de leite no Brasil. "Esse questionário mostra, sobretudo, que se for suspenso o acordo, há possibilidade desses países voltarem a praticar dumping e comprometer o crescimento da pecuária de leite brasileira.", explica Alvim.
Fonte: Interjornal (Ayr Aliski) publicado no www.cna.org.br, adaptado por Equipe MilkPoint
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