Perspectivas permanecem fortes para as exportações de lácteos dos EUA

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) previu que as exportações de lácteos em 2022 alcançarão um recorde de US$ 9,5 bilhões, um aumento de 22% com relação ao ano anterior. Isso segue um aumento de 18% em 2021.

As exportações subiram para cerca de 17% a 18% da produção de leite dos EUA e a participação no mercado global deve crescer para 25% este ano, em comparação com 20% em 2020, disse Megan Sheets, diretora sênior de desenvolvimento estratégico e insights do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (USDEC). “Sabemos que as exportações de lácteos estão crescendo duas vezes a taxa de consumo doméstico de laticínios”, disse ela durante o último webinar “DairyLivestream”.

As perspectivas para as exportações de lácteos dos EUA está otimista, mas o ambiente atual é um pouco complicado. Um desses obstáculos de curto prazo são os desafios da cadeia de suprimentos, disse ela. “Para os EUA se posicionarem como um fornecedor global de escolha, temos que ter um fornecimento consistente e confiável”, disse ela.

 

O segundo desafio é a inflação e seus efeitos sobre a demanda global, e o USDEC está começando a ver uma reação do consumidor. O terceiro desafio é a oferta restrita de leite nos EUA, embora a produção de leite tenha crescido ligeiramente em junho, disse ela.

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Apesar dos desafios atuais, a perspectiva de longo prazo é de crescimento contínuo nas exportações de lácteos dos EUA, disse ela. Uma das razões é a falta de leite dos principais concorrentes, especialmente Nova Zelândia e Europa, devido a questões estruturais e regulamentações ambientais. “Está realmente abrindo as portas para que os EUA ganhem participação de mercado adicional e continuem a aproveitar o momento de crescimento da participação de mercado que temos atualmente”, disse ela.

Outro vento favorável é a crescente demanda por queijo em todo o mundo. “O que é realmente positivo para os fornecedores dos EUA especificamente é que os queijos que estamos vendo crescer na demanda do consumidor se alinham muito bem com nosso portfólio de queijos dos EUA”, disse ela.

Os EUA estão produzindo as variedades certas – como cream cheese, muçarela e cheddar – para essa demanda. Além disso, a pesquisa encomendada pelo USDEC identificou os atributos sensoriais específicos do queijo que os consumidores de diferentes regiões desejam, disse ela.

“Então agora podemos ser mais competitivos, podemos ser mais inovadores e com visão de futuro… para garantir que continuamos atendendo a essa demanda global por queijo e como podemos abordar isso de uma maneira realmente estratégica”, disse ela .

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Outro ponto positivo é o crescente interesse em saúde e bem-estar. “De uma perspectiva internacional, realmente o que estamos vendo é um foco na nutrição, que realmente combina bem com o que estamos vendo para uma demanda por proteínas”, disse ela.

Há um aumento no consumo de proteínas em geral, mas os consumidores estão procurando especificamente por proteínas lácteas de alta qualidade para suprir suas necessidades nutricionais, disse ela. Funcionários de cada um dos 10 escritórios internacionais do USDEC relataram recentemente que saúde, bem-estar e sustentabilidade são importantes para os consumidores nesses mercados, disse ela. “Esse forte interesse em saúde e bem-estar que sabemos alimentará a demanda por muitas categorias diferentes de laticínios”, disse ela.

Embora haja alguns ventos contrários no curto prazo, as perspectivas de longo prazo para o crescimento das exportações são promissoras. Tudo se resume a ter produto para exportar e manter a competitividade, disse ela.

As informações são do Capital Press, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.