A produção de leite está sofrendo redução devido à intensificação do vazio forrageiro causado pela falta de chuvas.
Com as temperaturas elevadas, o manejo do pastejo continuou a ser direcionado para horários alternativos, evitando expor os animais a campo durante os picos de temperatura. Diversos produtores já estão com problemas na disponibilidade e na qualidade da água para a dessedentação dos animais e para a limpeza dos equipamentos e instalações.
Em relação ao aspecto reprodutivo, ainda ocorrem parições, porém já há temporada reprodutiva, com o uso de inseminação ou monta natural. Além do desconforto térmico provocado pelas altas temperaturas, aumentaram as infestações de mosca do chifre e de carrapatos, influenciando negativamente sobre o bemestar dos rebanhos.
Nos confinamentos, as temperaturas durante o dia ficam muito elevadas, necessitando, muitas vezes, de mecanismos de mitigação, como ventiladores e umidificadores para minimizar os efeitos do estresse térmico.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, diversas famílias com possibilidade financeira estão investindo na limpeza dos açudes, que regularmente perdem capacidade de armazenagem devido ao acúmulo de terra e à presença de gramas e algas, que se multiplicam a partir dos nutrientes dos dejetos e de urina dos animais.
Na regional de Caxias do Sul, as chuvas colaboraram para a melhora na oferta de forragem. Os produtores que confeccionaram silagens de inverno, especialmente de trigo, estão conseguindo repor os estoques de volumosos.
Na regional de Ijuí, muitos produtores estão enfrentando dificuldades para o resfriamento do leite ordenhado devido à maior necessidade de energia, que está sobrecarregando algumas linhas de distribuição e ocasionando queda de luz.
Na regional de Porto Alegre, houve registro de quedas frequentes de energia, que causaram transtornos na rotina de diversos produtores de leite.
Na regional de Santa Rosa, visando ao melhor bem-estar dos animais confinados, alguns produtores estão molhando as vacas estabuladas durante o dia. Na regional de Soledade, no baixo Vale do Rio Pardo, está ocorrendo o início da colheita do milho silagem, enquanto que, no Alto da Serra do Botucaraí, o corte provavelmente será em janeiro.
As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint.