EMATER/RS: aumento da umidade traz consequências na CCS dos rebanhos

O tempo úmido no RS provocou aumento de barro em quase todos os locais de trânsito de animais e, em consequência, trouxe problemas de doenças de casco dos animais e infecções de úbere.

Publicado por: MilkPoint

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A maior parte dos produtores de leite maneja as matrizes em lactação nas forrageiras de inverno, que rapidamente dá resposta no aumento da produção, retornando aos poucos para quantidade esperada para o período. O tempo úmido provocou aumento de barro em quase todos os locais de trânsito de animais e, em consequência, trouxe problemas de doenças de casco dos animais e infecções de úbere. A dificuldade de higienização dos tetos e úbere contribuiu para baixar a qualidade do leite, principalmente na Contagem de Células Somáticas – CCS. Aumentaram os problemas com mastites em algumas regiões.

Na regional de Passo Fundo, aumentaram também os distúrbios nutricionais, principalmente acidose ruminal. Em função do excesso de umidade, produtores reduziram a entrada dos animais nas áreas de pastejo, exigindo atenção maior quanto ao uso de alimentos conservados (silagem e fenos) e ajuste nas dietas. O recolhimento do leite continua normal, apesar das chuvas.

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Na regional de Ijuí, principal produtora de leite do Estado, a produção segue em crescimento lento, principalmente nos produtores que fornecem maior volume de forragem verde na composição da dieta animal. Em muitas propriedades os animais não foram largados nas áreas de pastagens anuais para que não estragassem as mesmas com pisoteio e arranchamento de plantas. Desta forma, os produtores utilizaram maior quantidade de alimentos conservados como o feno de tifton e a silagem de milho na dieta dos animais.

Na regional de Porto Alegre, várias áreas de pastejo ficaram parcial ou totalmente inundadas. Assim, a oferta forrageira continua insuficiente, levando alguns produtores a aumentar o consumo de suas reservas de silagem, já prejudicadas quantitativa e qualitativamente pela estiagem recente. Aumentou a aquisição de silagem de fora das propriedades, elevando seu preço. Outros insumos externos, como ração e resíduos agroindustriais, também têm tido maior procura, elevando o custo de produção. Em contrapartida, houve uma pequena reação do preço do litro do leite pago pelas indústrias.

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Na de Caxias do Sul, alguns produtores estão preocupados com o estoque de volumoso para os próximos meses, pois houve um grande consumo de silagem. Devido à excelente qualidade nutricional das pastagens de inverno, há menor necessidade de suplementação volumosa e proteica dos rebanhos. As vacas consomem grande quantidade de forragem, com acesso ao pasto em mais horários do dia. Os que não conseguiram soltar as vacas no pasto, cortaram forragem e ofereceram no cocho.

Comercialização

Conforme levantamento de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio do leite no Estado é de R$ 1,36/L. Esse valor representa um aumento de 3,82% em relação ao mês anterior. Na regional de Erechim, o leite foi cotado em média a R$ 1,45/L. Aumento de 12% em relação ao mês anterior. Na de Santa Maria, a R$ 1,28/L; na de Santa Rosa, em média a R$ 1,37/L; na de Soledade, a R$ 1,36/L e na de Porto Alegre, o preço médio é de R$ 1,20, por exemplo.

preço leite RS julho 2020
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2136, de 16 de julho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

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