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Terminado o período em que o Brasil aplicou medidas antidumping à entrada de produtos lácteos do Uruguai, o País, a pedido dos produtores, está disposto a reiterar por um período de dois anos medidas similares.
Sobre esta situação, o diretor da Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole), Carlos Arrillaga, disse que os produtores uruguaios estão buscando flexibilização das medidas junto ao Brasil. Ele disse que o Brasil, pela sua legislação, tem a possibilidade de impor novamente a mesma sanção por mais dois anos. Isto significa uma complicação para a entrada de produtos uruguaios a este mercado, o que fez com que o Uruguai deixasse de exportar 15 mil toneladas de leite ao Brasil.
Arrillaga disse que é "difícil de compreender" que isto aconteça entre países que integram o Mercosul; "parece mentira que por um lado se fale em irmandade e, por outro, o Brasil não nos outorgou nenhuma chance".
Ele disse que a Conaprole deve iniciar as investigações do caso com todos os custos que isso implica, não descartando a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para que arbitre no caso apesar de saber que isso pode levar meses e, talvez, anos. Quanto às medidas de flexibilização que a cooperativa leiteira uruguaia solicita com relação ao leite em pó, que o Brasil fixou como preço mínimo US$ 1,9 mil a tonelada, o diretor disse que a empresa não tem nada contra o uso de preços internacionais, mas "que se use o preço internacional e não um fixado obsessivamente como o mencionado".
Arrillaga revela também que outra medida de flexibilização "poderia ser a aplicação de porcentagens de desconto tomando como referência os valores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que seria uma forma de medir os preços internacionais. Porém, lamentavelmente, até o momento não temos conseguido nenhum tipo de flexibilidade neste sentido, apesar de estarmos buscando".
O diretor da Conaprole finalizou dizendo que "se tem avançado positivamente no sentido de resolver a situação com o México para a entrada de produtos" da cooperativa.
Fonte: Diariocambiodigital.com, adaptado por Equipe MilkPoint
