Considerada a segunda maior exposição agropecuária do Rio Grande do Sul, a Expoleite ganha contornos distintos da Expointer. De quinta-feira (26/5) a domingo (30/5) desta semana, a atenção da cadeia produtiva do leite estará voltada para o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), que receberá 1.315 animais. No entanto, mesmo com o olhar nas atrações, os produtores de leite não esquecerão de discutir uma crise que se instalou na indústria leiteira neste ano, com o enxugamento da multinacional italiana Parmalat.
Ainda há muita movimentação nos tambos, com os produtores trocando a antiga compradora do seu leite por cooperativas e empresas regionais, muitas das quais já integrantes do cenário da Expoleite. A maioria, porém, nem estará em Esteio. É nesse cenário que a mostra da próxima semana se prepara para receber animais não só de raças leiteiras, mas também bovinos de corte e das espécies eqüinas, aves, coelhos, avestruzes, chinchila e cabras.
Promovida em parceria pela Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando) e pelo governo estadual, a mostra tem crédito de instituições como o Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi. Na raça Holandês, por exemplo, a representação de 243 bovinos é a maior dos últimos dez anos.
Por isso, os organizadores de eventos confiam em bons negócios. Um exemplo é o 2o Leilão de Qualidade da Cabanha Klafer, de Montenegro, que será realizado na sexta-feira (27/5), às 19h, que ofertará 18 fêmeas holandesas, com destaque para nove descendentes de Flavica, a vaca mais premiada da raça no Brasil.
De acordo com o proprietário da Klafer, Tadeu José Weis Fernandes, Flavica é responsável por 50% da genética e trouxe um ganho de 18% na produção leiteira da propriedade. A cabanha ainda irá ofertar Hollywell Stardust Saphire, importada do Canadá.
Os animais poderão ser adquiridos em 18 parcelas. De acordo com o leiloeiro Alexandre Crespo, os negócios deverão ser realizados, além do Rio Grande do Sul, para estados como Paraná e Minas Gerais.
Conforme o presidente da Gadolando, José Ernesto Ferreira, a falta de recursos com juros de 8,75% ao ano inviabilizou a feira de terneiros. Em 2003, o leilão respondeu por 84% do faturamento de R$ 1,35 milhão. Com isso, a estimativa de venda caiu de R$ 2 milhões para R$ 500 mil. "Esta é uma projeção realista".
Segundo o gerente de agronegócio do Banco do Brasil no RS, José Kochhann, a proposta final foi de juros conjugados, o que daria uma média de 13%, mas não houve retorno da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais Raça (Febrac). A taxa seria para produtores com renda acima de R$ 80 mil. O restante teria acesso ao juro do Pronaf, de 4% a 7,25%. Já o Banrisul só tem crédito a 20%.
Fonte: Zero Hora/RS e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint
Diminui número de animais inscritos na Expoleite do RS
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