Dieta rica em cálcio pode reduzir risco de pedra no rim em mulheres

A ingestão de alimentos ricos em cálcio pode reduzir o risco de desenvolvimento de pedras no rim em mulheres jovens, segundo informado por cientistas dos Estados Unidos nesta semana. No entanto, a ingestão de suplementos de cálcio não oferece este mesmo benefício.

Estas descobertas contrariam o mito popular de que muito cálcio pode causar pedras nos rins apesar de haver algumas evidências de que os suplementos deste mineral podem aumentar os riscos do desenvolvimento de pedras na população mais velha.

Mais de um milhão de pessoas por ano têm pedras nos rins nos EUA e os números estão crescendo. Alguns especialistas afirmaram que pode haver uma ligação deste aumento com a popularidade das dietas ricas em proteínas, como a do doutor Atkins, causando um desequilíbrio de alimentos ácidos e alcalinos na dieta. A maior excreção de ácidos pode levar a pedras nos rins.

Grandes ingestões de cálcio e potássio na dieta já mostraram um potencial para redução no risco de formação de pedras nos rins em homens e mulheres mais velhas, mas não há dados similares para mulheres mais jovens, disse a equipe de pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard e do Brigham and Womens' Hospital em Boston.

Dados sobre questionários de ingestão de alimentos de mais de 96 mil mulheres em idade de 27-44 anos mostraram que a maior ingestão de cálcio na dieta está associada com um menor risco de pedras nos rins, segundo o estudo publicado no Archives of Internal Medicine.

Mulheres com maior ingestão de cálcio na dieta tiveram um risco 27% menor de desenvolver pedras nos rins comparadas com aquelas com menor ingestão. No entanto, a ingestão de suplementos de cálcio não está associada com o risco de formação de pedras, enquanto que a ingestão de proteínas animais e fluidos reduziram os riscos de pedras e a ingestão de sacarose aumentou o risco em mais de 30%.

Os autores concluíram que a restrição do cálcio na dieta de pacientes que tiveram pedra no rim não é justificada.

Fonte: Dairy Reporter, adaptado por Equipe MilkPoint