Decisão do Cade sobre Garoto não afeta planos da Nestlé

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O presidente da Nestlé mundial, Peter Brabeck, aproveitou a publicação anual de seus resultados financeiros, ontem, na Suíça, para declarar que a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que obriga a venda da Garoto pela filial brasileira não terá efeito negativo sobre o grupo, nem afetará os investimentos da empresa no País.

Em teleconferência para jornalistas de todo o mundo, Brabeck afirmou que a relação da Nestlé com o Brasil será mantida e que qualquer mudança "seria infantil". Mesmo que a Garoto acabe sendo vendida, os executivos da Nestlé dizem que não sairão com prejuízo, já que nos últimos dois anos o faturamento da empresa brasileira aumentou quase 30%.

De modo geral, porém, 2003 não foi um bom ano para a empresa suíça no Brasil. A Nestlé aumentou o preço de seus produtos em 14% no mercado nacional e sofreu uma queda de vendas de 12%. "Não foi um ano fácil para nós", afirmou o porta-voz da empresa, François-Xavier Perrou. No restante da América Latina, as vendas da Nestlé tiveram aumento superior à média mundial.

Os lucros globais sofreram uma queda de 18% em relação a 2002, passando de 7,56 bilhões de francos suíços (US$ 5,9 bilhões) em 2002, para 6,21 bilhões (cerca de US$ 5 bilhões). Com a desvalorização do dólar, as vendas da Nestlé atingiram 87,98 bilhões de francos suíços (US$ 69,4 bilhões), 1,3% a menos que em 2002.

Sobre os próximos passos em relação à Garoto, o vice-presidente da Nestlé para as Américas, Carlos Represas, afirmou que a empresa ainda está avaliando todas as opções que tem e tomará uma decisão para "proteger seus interesses". A gigante do setor de alimentos, porém, não escondeu que ficou "muito surpresa" com a decisão do Cade e reconheceu que acreditava que a compra da Garoto seria aprovada, diante dos casos precedentes de aquisição avaliados pelas autoridades brasileiras.

Na sede da empresa, em Vevey, os executivos fizeram de tudo para tentar mostrar que apostam na retomada das vendas em 2004 no Brasil. "Acreditamos que o período de estagnação no Brasil terminou", afirmou Perrou. "Em 2003, a desvalorização do real, seguida de um aumento no preço do cacau, nos obrigou a nos protegermos", completou.

Fonte: O Estado de S.Paulo (por Jamil Chade), adaptado por Equipe MilkPoint
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