Cooperativas querem arrendar unidade da Parmalat em Carazinho/RS

Entidades representativas da cadeia produtiva e dos poderes públicos federal e estadual formalizaram ontem, no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no RS, o grupo de trabalho que vai operacionalizar a planta industrial da Parmalat em Carazinho, através de um consórcio de cooperativas gaúchas. A proposta defende a manutenção das marcas existentes em cada cooperativa associada e a licença para uso das marcas da Parmalat Brasil.

De acordo com o delegado federal do MDA/RS, Jeferson Miola, a fim de garantir a preservação da capacidade operacional da planta, o rendimento dos agricultores familiares fornecedores do leite e os empregos dos trabalhadores da unidade, o grupo precisa definir a personalidade jurídica e o modelo econômico-financeiro e administrativo do novo empreendimento.

O projeto será apresentado ao interventor indicado pela Justiça, Keyler de Carvalho Rocha. O secretário da Agricultura, Odacir Klein, que se reúne hoje com Rocha, elencou duas preocupações caso haja demora na apresentação da proposta. "Os produtores de leite podem migrar para outras plantas e inviabilizar a retomada e, se não houver organização das cooperativas, o interventor poderá optar por outras alternativas, como empresas que já detêm grandes parcelas do mercado leiteiro".

As cooperativas Coorlac, Cosuel, Cosulati, Piá, Santa Clara e CCGL buscarão informações jurídicas e técnicas com o interventor nomeado pela Justiça paulista, para certificarem-se da situação real da empresa.

Fonte: Correio do Povo/RS e Jornal do Comércio/RS, adaptado por Equipe MilkPoint