Cooperativas gaúchas planejam assumir unidade da Parmalat em Carazinho
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Hammel crê que o pedido de concordata não prejudicará os produtores. "Acredito que eles vão continuar entregando o leite até o dia 15, prazo previsto também para o pagamento".
Segundo a Fetag, a planta de Carazinho estaria operando com 40% de ociosidade.
O presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL), Ernesto Krug, reforçou que os efeitos do pedido no RS ainda não podem ser medidos. "É difícil avaliar porque não foram divulgados os termos e em que estados a Parmalat solicitou a concordata. Por enquanto é impossível traçar qualquer cenário", disse, defendendo que o estado tem condições de absorver a produção leiteira da empresa se a planta de Carazinho parar.
Na opinião do secretário-geral da Fetag, Elton Weber, o juiz que vai avaliar o pedido deve ser cuidadoso. "Pode ser uma manobra da Parmalat", desconfia. A Fetag defende a administração da sede da empresa em Carazinho pelas cooperativas. "Só temos uma certeza: se houver a suspensão das atividades em Carazinho, os produtores vão migrar".
Ontem, o sistema cooperativo gaúcho mostrou a intenção em administrar a planta de Carazinho. A decisão foi comunicada aos governo federal e estadual após reunião entre a Fetag e a Cooperativa Piá, Cooperativa dos Suinocultores de Encantado (Cosuel), Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios (Cosulati) e Cooperativa Santa Clara.
A Cooperativa Central Gaúcha de Leite (CCGL) também divulgou seu apoio e interesse que a unidade seja assumida pelas cooperativas do estado. "Mesmo se não conseguirem assumir a unidade, já que há outros interessados, as cooperativas têm condições de absorver pelo menos parte do leite que poderá deixar de ser recolhido pela Parmalat", ressaltou o vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda.
Emprego
Em Carazinho, onde a Parmalat é uma das maiores empresas do município, a prefeitura se mobiliza para pedir aos produtores que mantenham a entrega de leite para a Parmalat. O prefeito Alexandre Goellner (PDSB) teme que a falta de matéria-prima agrave ainda mais a crise. "Se forem mantidas as condições de mercado e o pagamento em dia, incentivaremos a entrega".
Goellner acrescentou que a maior preocupação da prefeitura é com os produtores rurais e com os cerca de 400 empregos diretos gerados no município pela Parmalat.
Fonte: Correio do Povo/RS e Zero Hora/RS, adaptado por Equipe MilkPoint
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