Concorrência lucra com problemas da Parmalat

Publicado por: MilkPoint

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Após mais de três meses de crise, a Parmalat conseguiu renegociar com fornecedores e está retomando boa parte de sua produção. Segundo fontes na empresa, será dada prioridade para o leite líquido, que até 2003 representava 40% das receitas.

Com a inconstância no fornecimento dos produtos Parmalat nos últimos meses, as indústrias concorrentes, tanto de leite como de atomatados, sucos e outros alimentos, não perderam tempo e se mobilizaram para ocupar o espaço deixado pela concorrente.

Primeiros a sentir os problemas de abastecimento da multinacional, as grandes redes de supermercados partiram para lançar marcas próprias de leite. A GoodLight, do Pão de Açúcar, e a Vita Premium, do Carrefour, são só algumas das novas marcas que chegaram ao mercado nas últimas semanas.

Com uma presença nacional, enquanto a maioria das empresas do setor atuam de forma regional, a Parmalat chegou a ser líder com 23% do mercado de leite longa vida. Hoje, a liderança foi perdida para a gaúcha Elegê, também com presença nacional. "Pegamos uma pequena fatia, mas não fizemos nenhum esforço, uma vez que o preço da matéria-prima no Sul está muito alto e não compensa o investimento na ampliação das vendas", disse o diretor de Planejamento e Política Leiteira da Elegê/Apival, Ernesto Krug.

Se o mercado gaúcho está deprimido, em São Paulo a Cooperativa Central Leite Nilza, com sede em Ribeirão Preto, nada de braçada. União de seis cooperativas, a Nilza está se beneficiando tanto do vácuo deixado pela Parmalat quanto do surgimento de marcas próprias, como fornecedora das redes Pão de Açúcar, Wal-Mart e Econ. Com uma produção diária de 850 mil litros, a empresa viu seu faturamento crescer 37% no primeiro trimestre, ante o mesmo período de 2003.

Para dar conta da demanda, de dezembro para cá, as cooperativas proprietárias da Nilza se associaram a outras dez cooperativas, de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. "Temos planos de entrar nos segmentos de leite condensado e leite em pó. Para isso, podemos construir uma fábrica ou comprar alguma da Parmalat, caso a empresa decida se desfazer de ativos", contou o presidente da Nilza, Alexandre Maia.

Fonte: O Estado de S.Paulo (por Mariana Barbosa e Vera Dantas), adaptado por Equipe MilkPoint
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