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Curiosidades: com inovação, lugar de fazenda agora 'é na cidade'

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 11/11/2019

3 MIN DE LEITURA

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Sem nenhuma experiência com a produção rural, Giuliano Bittencourt decidiu que queria ser fazendeiro quando visitou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 2014. Ele era servidor concursado do Estado de Minas Gerais, formado em administração pública. 

Tinha ajudado a criar uma aceleradora de startups em Belo Horizonte e foi convidado pelo MIT para conhecer o campus. Passou 15 dias na universidade. Seus planos eram voltar e continuar trabalhando para o Estado, mas lá ouviu pela primeira vez o conceito de fazendas urbanas e se encantou.

Nos anos seguintes, Bittencourt mudou de vida: abandonou o emprego público e acabou se transformando num fazendeiro de cidade. A BeGreen, empresa dele e de um grupo de sócios produz verduras e legumes em estufas em Belo Horizonte e em São Bernardo do Campo (SP). São cerca de 5 mil quilos de produtos por mês. A terceira estufa está para ser inaugurada no Rio de Janeiro.


Mariana dos Santos, sócia da BeGreen: conversas com fundos de investimento — Foto: Maria Tereza Correia/Valor

Bittencourt percebeu que, como no exterior, no Brasil há um mercado aberto para esse tipo de negócio. “Estamos com uma demanda alta por novas fazendas e vamos fazer uma captação de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões para investir e expandir”, disse ao Valor.

Mariana dos Santos, sócia da BeGreen, acrescenta: “Estamos conversando com fundos de investimento do Brasil e do exterior e com esses investimentos teremos duas novas unidades a cada seis meses; a ideia é chegarmos a 15 unidades”.

A empresa iniciou sua primeira estufa urbana na área externa do Shopping Boulevard, em Belo Horizonte, em 2017. No ano seguinte, construiu e passou a administrar uma segunda estufa, dentro da fábrica da Mercedes Benz, em São Bernardo - a novidade foi divulgada somente dias atrás, quando a combinação inusitada de uma horta dentro de uma indústria estava consolidada. Os alimentos ali produzidos abastecem o refeitório e o excedente é vendido diretamente aos funcionários.

Juntas, as duas unidades da BeGreen produzem 5,5 mil quilos de hortaliças por mês. A terceira está para ser inaugurada em dezembro no shopping Via Park, na Barra da Tijuca.

Em São Paulo, a fazenda urbana de três jovens engenheiros tem uma cara mais futurista. Funciona em um galpão fechado de 750 metros quadrados no bairro da Vila Leopoldina. Em vez do sol, toda a iluminação para as plantas vem de lâmpadas led. A empresa é a Pink Farms. E seus sócios, assim como os mineiros da BeGreen, sonham alto.

A Pink Farms fornece alface, alho-poró, cenoura, couve, mostarda, entre outro itens para restaurantes, hortifrutis e supermercados. A produção da BeGreen em Belo Horizonte vai para restaurantes e clientes diretos.

“Nosso plano é que daqui a cinco anos sejamos a maior marca de hortaliças do Brasil”, diz o engenheiro de produção Geraldo Maia, de 28 anos, sócio da Pink Farms. 

Ele e os gêmeos Mateus e Rafael Delalibera, 30 anos, já receberam um aporte de R$ 2 milhões, por meio de dois fundos, o SP Ventures e o Capital Lab. “Estamos finalizando ainda este mês uma nova captação e no fim de 2020 vamos fazer outra, de valor maior, para montarmos uma segunda fazenda em São Paulo, mais uma ou duas em outras cidades”, diz Maia. Belo Horizonte, Brasília e Rio estão no radar. A empresa deve faturar este ano R$ 2 milhões, segundo ele.

No exterior, as fazendas urbanas têm movimentado grandes investidores e projetos ambiciosos. A Plenty - que tem investimentos de Jeff Bezos, da Amazon - constrói hortas verticais em amplas paredes na cidade de South San Francisco, na Califórnia. Na França, o que deverá ser o maior projeto de fazenda urbana da Europa está sendo construído no teto de um imóvel de Paris pela empresa Agripolis. Os planos são de começar a operar no início de 2020.

Para o consumidor, as fazendas urbanas têm pelo menos dois apelos: receber, à mesa, alimentos cultivados sem o uso de pesticidas e recém-colhidos. Isso é algo inimaginável pelo modelo tradicional. No Brasil, alimentos produzidos em hortas em cinturões verdes próximos a cidades grandes podem levar dois, três, quatro dias para chegar ao consumidor final. 

“Produzir alimentos nas cidades é uma tendência de alimentação limpa e saudável e economicamente viável”, diz Bernardo Spilari, de 31 anos, CEO da Urban Farmcy, de Porto Alegre, cuja produção de folhas na própria cidade abastece cerca de 20 restaurantes.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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