ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Clubes de assinatura aproximam clientes

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/02/2017

4 MIN DE LEITURA

1
0
Podem ser vinhos, livros, esmaltes e até ração. Por um preço mensal, os clubes de assinatura entregam produtos de uso recorrente na porta da casa de seus membros, para facilitar a vida. Esse mercado, que veio para o Brasil em 2011, ganhou força nos anos seguintes e amadureceu. Agora, entra em uma nova fase, de expansão, mas com grandes varejistas, como o Grupo Pão de Açúcar e a Procter & Gamble. As empresas estão dispostas a explorar essa via de comércio para entender e direcionar melhor suas ofertas no meio digital.

Basicamente, os clubes de assinatura estão divididos entre as empresas de entrega de itens de uso recorrente, como lâminas de barbear ou ração, e aquelas que prestam curadoria, escolhendo rótulos ou novidades para entregar caixas de itens de beleza, lanches, livros e até produtos eróticos. Em 2014, auge desse modelo de negócio, os cerca de 300 clubes de assinatura no país faturaram R$ 430 milhões, um crescimento de 70%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A entidade estima que, em 2016, o avanço tenha sido de apenas 11%, em linha com o desempenho do setor de comércio eletrônico.

"Quem não tinha uma ideia escalável [plano para expansão do negócio] não resistiu a 2016", diz Rodrigo Dantas, presidente­ executivo da plataforma de pagamentos recorrentes Vindi. "Para uma parte dos empresários, o momento econômico do Brasil não compensava; outra parte quebrou."Em um momento mais maduro, sobrou menos espaço para aventureiros e mais para quem já tinha alguma musculatura na área. A Vindi estima que 80 empresas de assinatura tenham fechado as portas no ano passado. Da carteira de 2 mil clientes da plataforma, cerca de 10% adotam esse modelo.

"Muitos clubes abriram as portas nos últimos anos e inauguram novos segmentos de atuação ­- um dos mais recentes são as cápsulas de café, mas 2016 foi um ano de ajuste. Em 2017, a previsão é de crescimento de 11%, em linha com o comércio eletrônico, pois não é esperada uma grande adição de lojas", diz Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Enquanto a assinatura de produtos foi colocada à prova pela maturidade do mercado, pela concorrência e pela queda da renda, os clubes de serviços como música e vídeo, traçaram um movimento de ascensão, pelo contato frequente com o cliente. "O produto, se o consumo não for bem administrado, pode limitar­-se a um dia por mês. O aplicativo on-­line cria mais valor ao estabelecer uma conexão diária", diz Dantas. O preço também faz diferença. Clubes de cerveja custam, em média, R$ 110 mensais, e os de vinhos, R$ 150. Os planos de entrada do serviço de música Spotify têm mensalidade de R$ 16,90 e os do Netflix, R$ 19,90.

"A venda de serviços por assinatura suaviza um dos principais investimentos de qualquer operação on-­line, que é a busca por novos clientes", diz Gastão Mattos, presidente ­executivo da Braspag, empresa de pagamento digital da Cielo.

Algumas empresas aderiram logo cedo a essa estratégia de venda e consolidaram seu negócio. É o caso do clube de assinatura de vinhos Wine, fundado em 2010, que entrega seus produtos a cerca de 140 mil cadastrados. Já a Glambox, criada em 2012, distribui cosméticos a uma mensalidade de R$ 72 para mais de 20 mil assinantes. "Mesmo que tenha sofrido com a crise, quem já tinha nome e escala permaneceu. Entre as empresas que ficaram, não tem mais espaço para aventureiro", diz Dantas.

Apesar de terem alcançado certo sucesso, muitos negócios acabaram não vingando. "Algumas lojas passaram a reduzir a qualidade do produto, mantendo o mesmo preço, e não deram certo", diz Salvador, da ABComm. A falta de planejamento ou de interesse no produto também podem determinar a morte de negócio. A Shoes4you, por exemplo, oferecia um par de sapatos por mês a seus assinantes, por um valor fixo mensal. O plano poderia ser congelado caso o produto oferecido não fosse do agrado. Mesmo com grandes investimentos, a empresa não conseguiu criar uma recorrência mensal e fechou as portas em 2013.

Para Dantas, a tendência é que grandes varejistas acirrem a disputa por esse tipo de negócio. O Pão de Açúcar iniciou seu serviço de assinatura de vinhos em setembro. A Gillette, da multinacional P&G, inaugurou em dezembro seu clube de lâminas por assinatura. Para empresas de beleza que distribuem amostras grátis ou querem testar a recepção de seus produtos, o canal cai como uma luva.

Nos EUA, apenas o Dollar Shave, de lâminas de barbear, tem mais de 3 milhões de assinantes. São mais de 5 mil clubes. Para chegar lá, é preciso educar o consumidor brasileiro, diz Mattos, da Braspag. Salvador, da ABComm, atenta para a pontualidade das entregas e a qualidade. Para ambos, é só uma questão de tempo.

Leia também:

Clubes de assinatura como modelo de negócio para o setor lácteo

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

JEFERSON JESS

EM 12/02/2017

Bacana a matéria, também quero indicar a Caixa Colonial, um clube de produtos coloniais e artesanais que visa valorizar o produtor local. https://caixacolonial.club ;)

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures