Este ano a emblemática dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó completou 50 anos de carreira. A canção “Evidências” embalou o sucesso da dupla e ainda é hit em todo território nacional, um verdadeiro hino sertanejo brasileiro.
Mas a música não traz reflexões só para o amor. Um trecho do refrão da canção traz uma reflexão para o atual momento da cadeia do leite no Brasil: será que estamos negando as aparências e disfarçando as evidências? Mais do que nunca, o cenário atual pede profundo entendimento, e ao mesmo tempo, uma crítica visão do que setor deve fazer para continuar evoluindo.
Os números podem ajudar nestas reflexões. Por exemplo, na quinta-feira (12/05), os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o primeiro trimestre de 2022 apontaram um volume total de leite captado de aproximadamente 5,9 bilhões de litros, uma queda de 10,51% na captação de leite cru resfriado, em relação ao mesmo período de 2021. Essa é a maior queda já registrada na série histórica, desde 1997. A sinergia de fatores como aumento dos custos de produção, eventos climáticos adversos e ambiente econômico foram apontadas pelos especialistas como causa dessa queda expressiva.
Ainda no campo, agora em um contexto mais amplo, as modificações estruturais na produção de leite refletem tanto na rentabilidade e perfil dos produtores quanto na sazonalidade da produção. A ascensão dos sistemas confinados, especialmente o compost barn, trouxe a maior necessidade de profissionalização e gestão das propriedades.
Ao mesmo tempo que modifica a configuração da estrutura primária da cadeia láctea, o crescimento dos compost barn reduz a sazonalidade da produção e, consequentemente, ao “mudar” quantidade de matéria-prima disponível nas diferentes épocas do ano, também reconfigura as dinâmicas de mercado.
Adiante, nos elos da cadeia, vemos um setor que carece de uma narrativa própria, verídica e genuína, ao passo que os concorrentes, fake news e discursos opostos ao consumo de lácteos crescem exponencialmente. Ao pensarmos no mercado internacional, apesar do grande potencial para produção, ainda somos um país tradicionalmente importador.
Os números estão aí, nós sabemos dos problemas e onde o calo aperta. A grande questão é: vamos negar as aparências e disfarçar as evidências? Definitivamente, essa não é a melhor saída. Qual é a trilha sonora, que nós, enquanto setor, queremos escutar? Como vamos fazê-la tocar? O que toda essa grande transformação do leite brasileiro indica? Qual é o significado e magnitude do que estamos presenciando hoje?
As discussões são difíceis, inúmeras e profundas, mas indispensáveis. É hora de repensar a cadeia do leite. É por isso que convidamos todos vocês, envolvidos no setor, a repensarem junto conosco no Interleite Brasil 2022. Pela primeira vez sediado no Brasil Central, em Goiânia, na terra do sertanejo — acaso ou destino? — esperamos reunir mais de 1500 pessoas.
Consagrado como o maior simpósio sobre a cadeia láctea nacional, o Interleite Brasil chega a sua 20ª edição e traz o tema “As mudanças no mercado e as oportunidades para quem quer se preparar.” Com os apoios Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais parceiros, o Interleite Brasil 2022 será sediado pela primeira vez em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Para fazer desta a melhor e maior edição já realizada, o evento também será transmitido online ao vivo em plataforma exclusiva para os participantes.
No dia anterior, 02 de agosto, também em Goiânia, teremos três eventos paralelos: Fórum MilkPoint Mercado, Jantar dos Top 100 e workshop exclusivo da Agroceres Multimix com tema "estratégias, manejo e ferramentas nutricionais com impacto no período pós-parto," ministrado pelo Prof. Felipe Cardoso e por Gilson Dias.
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