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Operação Trapaça: PF cumpre mandados de prisão em nova fase da Carne Fraca

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 05/03/2018

4 MIN DE LEITURA

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A Polícia Federal cumpre 91 ordens judiciais da Operação Carne Fraca, em São Paulo, e em outros quatro estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, e já prendeu o ex-presidente da BRF, Pedro de Andrade Faria, e o vice-presidente de Operações Globais da empresa, Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnio. A BRF é dona das marcas Sadia e Perdigão. Executivos em cargos de gerência da companhia também tiveram pedido de prisão. Ao todo, são 11 mandados de prisão temporária, 27 de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão. Esta é a terceira fase da Carne Fraca e recebeu o nome de “Operação Trapaça”.

operação carne fraca - operação trapaça
O nome dado à fase é uma alusão ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados

Segundo a Polícia Federal, as investigações mostraram que cinco laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura e setores de análise de determinado grupo fraudavam os resultados dos exames de amostras do processo industrial. O objetivo era burlar a inspeção e, assim, impedir a fiscalização do ministério sobre a qualidade do processo industrial da empresa investigada. A Polícia Federal argumenta que as fraudes tinham a anuência de executivos da companhia, além do corpo técnico e de profissionais que respondiam pela qualidade dos produtos da empresa.

Pedro de Andrade Faria, preso na operação, foi presidente global da BRF entre 2014 e 2018. Entre 2002 e 2013, ele trabalhou na Tarpon Investimentos, sócia da BRF, para onde voltou no início deste ano. A BRF é um dos principais negócios da gestora de investimentos.

Manobras extrajudiciais 

Também foram constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo, com o fim de acobertar a prática desses ilícitos ao longo das investigações. O nome dado à fase é uma alusão ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.

Os investigados poderão responder, dentre outros, pelos crimes de falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública. A Carne Fraca investiga suposto esquema de corrupção e indicações políticas envolvendo frigoríficos brasileiros. A primeira fase da operação foi deflagrada em março do ano passado.

Salmonela seria alvo

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o foco principal da operação é a fraude nos resultados associados ao grupo de bactérias Salmonella spp. Nem toda salmonela faz mal à saúde: segundo o sindicato, ela é comum em carne de aves porque faz parte da flora intestinal destes animais, mas, em geral, é destruída no preparo regular dos alimentos.

Dois tipos de salmonela, no entanto, trazem danos à saúde pública e outros dois à saúde animal. O sindicato defende que, ao serem detectados, é preciso desencadear uma série de procedimentos dentro de granjas e nos produtos, com objetivo de garantir a segurança alimentar do consumidor.

Segundo o jornal "Valor Econômico", a operação desta segunda-feira acontece a partir de informações repassadas aos investigadores por Daniel Gonçalves Filho, acusado de ser o chefe de um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura no Paraná. Gonçalves Filho fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, que foi homologado em 19 de dezembro de 2017 pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

A BRF está no meio de um grande movimento para mudar sua gestão, depois da divulgação de um prejuízo recorde de R$ 1,1 bilhão em 2017. Fundos de pensão como Petros (dos funcionários da Petrobras, com 11,4% da BRF) e Previ (do Banco do Brasil, com 10,7%), além do fundo britânico Standard Life Aberdeen (5%) e a gestora carioca JGP (0,34%), querem destituir o empresário Abilio Diniz da presidência do conselho de administração.

Ações de frigoríficos caem 

As ações de frigoríficos recuaram nesta segunda-feira (5). Às 10h49, os papéis da BRF despencavam 11,12%, depois de ficarem em leilão na Bolsa. O leilão é um mecanismo adotado pela Bolsa brasileira como proteção contra fortes oscilações de ações. No mesmo horário, os papéis da JBS caíam 3,90%. A Marfrig recuava 1,42% e a Minerva, 2,67%. A Bolsa brasileira tinha queda de 0,50%, para 85.333 pontos.

No leilão de ações, a Bolsa não fecha negócios com os papéis à medida que as ofertas chegam, como ocorre normalmente durante as negociações: as ofertas de compra e de venda das ações são apenas registradas e só depois de todas aceitas é que os negócios são fechados, quando os preços de compra e venda se encaixam. Durante esse processo, as ações saem do pregão. Mas a Bolsa não utiliza o termo “suspensão” para caracterizar o leilão, já que os papéis continuam recebendo ofertas.

A intenção do leilão é evitar que os valores continuem oscilando de maneira descontrolada. No caso da desvalorização de um papel, isso é possível porque, no leilão, são registradas apenas ofertas de compra a valores iguais ou maiores que o preço da ação naquele momento. O mecanismo também vale para casos de valorização a partir de 10%, com o propósito de evitar altas mais expressivas.

As informações são do jornal O Globo, jornal Valor Econômico e Folha de São Paulo.

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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/03/2018

Vergonha que tenham indústrias que procedam assim! Cansamos de ver fraudes no leite! Precisamos de uma legislação mais rigorosa sem regalias para fraudadores e bandidos, que iniba a pratica de atos ilícitos. Pode demorar, mas chegaremos lá.

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