Argentina: Milkaut reestrutura sua dívida de quase US$ 45 milhões

Publicado por: MilkPoint

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A cooperativa de lácteos da Argentina Milkaut S.A. conseguiu o aval dos bancos credores para re-financiar sua dívida de 130 milhões de pesos (US$ 44,78 milhões) com 15 bancos da Corporação Financeira Internacional (CFI) e entidades locais, adquirida durante a década de noventa.

A empresa, cujo máximo capital está nas mãos da Associação União de Produtores de Leite, começou a renegociar seu passivo em 2002. Na última sexta-feira, a assembléia de acionistas da companhia aprovou a proposta dos credores.

A proposta aceita consiste no pagamento dos 130 milhões de pesos (US$ 44,78) em nove anos, com dois de carência. A Milkaut ocupa o 83o lugar entre os 100 principais devedores do sistema financeiro argentino, segundo dados do Banco Central, que datam de outubro de 2003.

Dos 130 milhões de pesos (US$ 44,78) da dívida, 53% foram contraídos com 14 entidades bancárias nacionais. Desta porcentagem, 23,5% estão nas mãos do Banco Galicia, 17,48% do HCBC, 13,3% do Banco Francês e 11,8% do BNL. Os 33,8% restantes estão nas mãos das 11 entidades restantes.

A Milkaut é a primeira cooperativa no país que obtém um acordo desta natureza para reestruturar 100% de sua dívida. A cooperativa também obteve a continuidade de seu funcionamento, a manutenção dos pontos de trabalho e o saneamento total da empresa.

A cooperativa, com sede em Santa Fé, tem mais de 60 anos no mercado argentino e conta com cinco plantas industriais. A Milkaut processa cerca de 1 milhão de litros de leite por dia, ocupando o segundo lugar em nível local entre as cooperativas de lácteos da Argentina. A liderança neste segmento está com a SanCor, principal exportadora de lácteos do país.

SanCor

A SanCor, presidida por Miguel Omar Altuna, recebe 4 milhões de litros de leite por dia e tem uma dívida de US$ 170 milhões, adquirida durante o processo de investimento de US$ 200 milhões efetuado na era menemista - governo de Carlos Menem.

Durante estes anos, a empresa começou a receber 6 milhões de litros de leite por dia porque se viu obrigada a ampliar a capacidade produtiva de suas plantas de leite e queijos. Esta dívida, dolarizada após a desvalorização do peso argentino, está em processo de reestruturação desde o último trimestre de 2003. O acordo está sendo negociado com um pool de bancos, liderados pelo Banco Nación, que inclui também a CFI, o Banco Río, Rabobank e Citibank.

Segundo informações, a proposta que está sendo analisada é do pagamento da dívida em oito anos, com um prazo de dois anos de graça. A SanCor tinha conseguido descomprimir parcialmente seu endividamento em 2001, com o pagamento de US$ 70 milhões de Obrigações Negociáveis. Este pagamento lhe permitiu obter capital de giro durante os anos mais críticos que se seguiram à desvalorização.

Na Argentina, 23% da recepção total de leite está nas mãos das cooperativas de produtores. Trata-se do único país do mundo com um setor leiteiro importante que tem baixa participação deste tipo de empresas. Exemplificando, a Nova Zelândia tem 98% de cooperativas, a Dinamarca, 92%, o Uruguai e a Holanda, 70% e os EUA, mais de 60%. A razão disso, segundo disseram membros do setor, seria o fracasso do modelo cooperativista agrícola e pecuário na província de Buenos Aires.

Em 17/02/04 - 1 Peso Argentino = US$ 0,34447
2,90300 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Fonte: Infobae.com e Clarín
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