Há quase dois anos Júlio César Moreira, técnico de campo do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Agroindústria, trabalha com produtores de queijo Minas Artesanal na Serra da Canastra.
O trabalho teve uma merecida coroação com as medalhas conquistadas no 6º Prêmio Queijo Brasil, que agraciou seis queijeiros assistidos pelo ATeG em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de São Roque de Minas.
O evento foi realizado no início do mês em Blumenau, Santa Catarina. Júlio incentivou a participação das queijarias no concurso e vê com alegria os assistidos colhendo grandes resultados. Os queijos classificados poderão usar a medalha em suas embalagens, desde que possuam selos de inspeção. As medalhas e o certificado de premiação agregam valor ao produto.
O concurso teve como objetivo reconhecer e valorizar os produtores, incentivando a melhoria da qualidade dos queijos. Conheça os agraciados com as medalhas de ouro, prata e bronze:
Rildo de Oliveira Faria / Queijos Irmãos Faria - Queijo Artesanal de Leite Cru Massa não cozida, casca natural e maturação entre 14 e 30 dias – Ouro.
Rafael Leite Cruvinel / Queijo Bem-Te-Vi – Queijo Tradicional - Queijo Minas Artesanal – Ouro.
Aécio de Oliveira / Queijo Real Estrela - Queijo Artesanal de Leite Cru Massa não cozida, casca natural e maturação superior a 120 dias – Bronze.
Walison Leite de Faria / Recanto Sabiá - Queijo Tradicional - Queijo Minas Artesanal – Bronze.
Vinicius Silva Pereira / Pingo do Mula - Queijo Tradicional - Queijo Minas Artesanal – Bronze.
Gabriel Caetano Bento / Barreirinho - Queijo Tradicional - Queijo Minas Artesanal – Bronze.
Aprimoramento
Para o produtor Rafael Leite Cruvinel, do queijo Bem-Te-Vi, da cidade de São Roque de Minas, a assistência técnica e gerencial do Sistema Faemg SENAR foi de extrema importância na conquista do prêmio e um dos pilares para a qualidade de seus queijos.
Rafael não possuía marca própria, vendia o produto para atravessadores e, assim, não obtinha muito lucro. Com o apoio do SENAR, Rafael está conseguindo a certificação e melhorando sua renda vendendo diretamente para empórios, supermercados, e tendo sua marca reconhecida.
Já para Gabriel Caetano Bento, do queijo Barreirinho, também de São Roque de Minas, a ATeG foi muito importante, pois o auxiliou no processo da habilitação sanitária da sua nova queijaria. O trabalho foi desenvolvido com base em plantas e memoriais sanitários dentro da legislação e de acordo com as normas técnicas.
Agradeço primeiramente a Deus e ao pessoal do SENAR, especialmente ao Júlio, que há dois anos nos ajuda nesse processo. Antes eu vendia para atravessadores e agora consigo fazer vendas diretas. A qualidade do meu queijo também melhorou muito. Também fiz os cursos do Senar de Maturação, Boas Práticas, Qualidade do Leite e agora estou fazendo o curso técnico de Zootecnia. Comprei mais vacas, consegui trocar meu carro, estou construindo uma nova queijaria, fiz uma freguesia muito boa e tudo melhorou para a gente”, afirmou Gabriel.
O Programa ATeG Agroindústria
Dentre as atividades desenvolvidas junto aos produtores estão adequação das plantas de produção, cuidados sanitários, registro de rótulos, criação de marca e identidade visual, processos de melhoria de qualidade, processos gerenciais, além de incentivo à participação em concursos.
Outro ponto de destaque do programa refere-se a processos de regularização das queijarias, incluindo a obtenção de selos de inspeção sanitária, como o SIM (Selo de Inspeção Municipal), passo importante para a comercialização dos produtos.
As informações são do Sistema Faemg, adaptadas pela equipe MilkPoint.