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Balanço de 2023 e expectativas para 2024: o que esperar no setor lácteo?

POR STEPHANIE ALVES GONSALES

PROGRAMA LEITE FUTURO

EM 20/12/2023

4 MIN DE LEITURA

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Leite Futuro, uma iniciativa do MilkPoint que tem a participação de Marcelo P. CarvalhoPaulo do Carmo Martins e Ricardo Cotta Ferreira contou com seu último episódio de 2023.

Após mais de 1500 visualizações no último tema abordado, o episódio que encerra o ano trata de uma visão geral sobre o setor durante o ano de 2023 e conta com a participação especial de Valter Galan, sócio da MilkPoint Ventures.

O que você vai ver nessa conversa?

  • Como foi o primeiro e segundo semestres de 2023;
  • Inflação de lácteos no Brasil e no mundo;
  • O que deu errado durante o ano e levaram a cadeia para a situação atual;
  • Flutuação de preços dos lácteos;
  • Importações;
  • Lições que o ano de 2023 pode ensinar;
  • Expectativas para 2024;
  • E muitos mais! 

Ouça o episódio no Spotify, assista completo no YouTube ou a seguir:


 

Cenários do leite no Brasil em 2023

Valter destacou um início de ano com preços ao consumidor em alta, impulsionando a produção e aumentando a oferta. “O consumo iniciou o ano com preços lá da ponta muito altos. Inflação dos lácteos no varejo em torno de 20%, 25%, dependendo da linha de produto. E com isso a gente teve uma queda de volume de vendas. Esse foi um grande ponto. E, ao mesmo tempo, a produção entrou relativamente acelerada impulsionada pelos altos preços, assim como as importações também. Aliás, as importações foram o tema do ano, até agora são. Com isso a gente acabou tendo o primeiro semestre com demanda em queda e oferta em alta, seja via produção ou via importações. Bom, maior oferta e menor demanda, o preço cai, não tem muito segredo nisso, e foi o que aconteceu”, relatou ele, já enfatizando que para o final do segundo semestre a situação é inversa, onde a demanda está começando a se recuperar, os preços no varejo caíram e uma deflação é enxergada na maioria dos lácteos.
 

Inflação dos lácteos

Marcelo destacou a questão da inflação dos lácteos e menciona dados que apontam o Brasil como uma das maiores inflações entre os países relevantes. “Essa questão da inflação de lácteos, eu peguei um dado que aponta que o Brasil foi, dos países relevantes, o que teve o maior aumento em termos de preços dos lácteos para o consumidor no ano passado. Foi um ano de inflação geral no mundo, mas aí você tem 5, 7, 10% mundo afora, enquanto no Brasil, em lácteos, chegou a mais de 20, 25%” conforme dado do Rabobank (ver gráfico abaixo). Isso acabou custando caro para o consumo, informou.

inflação brasil

Cotta enfatizou que a inflação e a instabilidade nos preços geram desconforto aos consumidores, e que a retomada do consumo leva tempo até que a estabilidade conquiste novamente os clientes. “O consumidor assusta e retrai ao ver um preço de R$50, R$60 reais o kg da muçarela na gondola, e a volta dele não é automática. Acho que essa foi a grande lição, principalmente no primeiro semestre, que a gente precisa aprender. Quanto mais estabilidade de preço nas gondolas, sem dúvida nenhuma, é o que se espera. Com isso as pessoas já começam a ter referência de preço e estão acostumadas a encontrar na gondola aqueles valores. Que ficam, de certa forma, muito desapontados para não dizer nada pior quando essa referência é maltratada”, destacou.

 

Importações brasileira dos lácteos em 2023

Marcelo destacou que, embora o Brasil seja importador de lácteos há um bom tempo, o percentual não passava dos 3% a 5%, já em 2023 houve um descolamento para casa dos 10%. Seria essa situação pontual ou estamos passando por mais uma mudança estrutural, trazendo novos patamares? Paulo opina que a mudança é estrutural. “Não acredito que ficaremos em 3% de importação. Não sei se chegaremos a um padrão de 10%, mas manter os 3% eu acho difícil. Não há indicações de que a China volte a ser imensa compradora de leite, também não há indícios que o petróleo vai subir. Ou seja, se o mercado internacional não sinaliza grandes transformações, não consigo imaginar a perspectiva de retorno aos 3% de importações no Brasil”, sinaliza Paulo.  
 

Os feras que fizeram parte dessa conversa:

Marcelo P. Carvalho é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP em 1992, com Mestrado em Ciência Animal e Pastagens também pela ESALQ/USP, em 1998. Fundador e CEO da MikPoint Ventures e Co-fundador da AgTech Garage (hoje, pertencente à PwC).

Paulo do Carmo Martins é economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Doutor em Economia Aplicada pela USP/Esalq. Atualmente é professor da FACC/UFJF.

Ricardo Cotta Ferreira é economista Mestre em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e MBA pela Fundação Dom Cabral (FDC) com mais de 20 anos de experiência em Agronegócios e Indústria de Alimentos.

Valter Galan é Engenheiro Agrônomo pela ESALQ/USP, Mestre em Administração pela FEA/USP. Atuou por quase 20 anos em grandes empresas multinacionais como a Nestlé, DPAM, Pepsico e Grupo Tereos. Hoje é sócio e Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures.

STEPHANIE ALVES GONSALES

Zootecnista formada pela Universidade Estadual de Maringá e pós-graduada em Gestão do Agronegócio. Integrante da Equipe de Conteúdo do MilkPoint.

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LUIS ANTONIO SCHNEIDER

MARINGÁ - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 20/12/2023

Parabéns pelo Balanço de 2023 e as expectativas para 2024, certamente os temas abordados são completamente coerentes com a situação que vive o negócio do leite, para o qual temos nos acostumado a buscar justificativas de insucesso. Difícil é achar uma fórmula mágica, para uma atividade que a nível nacional tem mais da metade de suas propriedades leiteiras abaixo da linha de viabilidade, com escalas muito inferiores ao mínimo necessário para viabilizar o negócio do leite. Talvez aí esteja um dos caminhos necessários, profissionnalizar a Cadeia Produtiva do Leite a nível de Políticas Públicas mais abrangentes e realmente capazes de tornar o negócio mais competitivo e menos desigual... Nas minhas andanças pelo Brasil, não é raro de encontrar propriedades que ainda ordenham 1 vez por dia, manualmente... e não muito distantes outras que estão investindo em modernos sistemas climatizados, com robôs e demais tecnologias de ponta. Não creio que seja só uma questão financeira, me parece muito mais um grande problema de gestão, de definição de índices, de opção pelo melhor modelo regional... enfim de um apoio para a organização deste grande negócio que é a Produção de Leite.

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