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Retrospectiva 2004 - o que aconteceu no leite nesse ano (e um pouco do que se espera para 2005)

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 20/12/2004

9 MIN DE LEITURA

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Confesso que a idéia não é nem um pouco original - todo mundo faz retrospectivas nessa época do ano. Inclusive, nosso colunista da seção Conjuntura, Paulo do Carmo Martins, cogitou fazê-la, mas optou por nos brindar com artigo digno de fechamento de ano, sobre comércio internacional.

Vou, no entanto, utilizar a deixa, plagiar a idéia e rascunhar aqui a Retrospectiva MilkPoint 2004. Além de lembrar fatos importantes, a retrospectiva sempre abre espaço para um pouco de reflexão e preparação para o ano seguinte.

A

Argentina: 2004 marcou a recuperação da Argentina no mercado de lácteos. Com um crescimento acima de 20% e exportações da ordem de US$ 500 milhões, nosso vizinho recuperou uma posição histórica. O Uruguai, sem muito alarde, deverá exportar US$ 170 milhões. É uma pena que nossas relações comerciais (não só no segmento lácteo) com esses países seja tão perdedora. Brasil, Argentina e Uruguai poderiam ser um bloco respeitável no setor lácteo. Talvez com o Brasil se consolidando como exportador, a relação melhore, mas o atual estágio do Mercosul (mantido vivo sob aparelhos), em nada ajuda.

B

Bebida Láctea: eis um embate que envolveu o setor e que, tudo indica, ainda não está perto de ser resolvido, fruto de divergências no teor mínimo de proteína exigido, entre outros pontos. Pelo menos em uma coisa se caminhou: as divergências hoje estão mais no sentido da normatização do que da existência em si do produto. Havendo identificação correta, impedindo o consumo por engano, a bebida láctea pode ter sua função. A Laranja Brasil, entidade que promove o consumo de suco de laranja, pretende incentivar a comercialização de laranjada (laranja com água), sob o seguinte raciocínio: é melhor tomar laranjada do que produtos substitutos. É algo polêmico, não há dúvida, mas é um argumento forte: acostumar o consumidor a consumir seu produto e, através de aumento de renda e mesmo marketing, esperar que possa adquirir produtos de maior valor agregado.

C

Cooperativas: mais um ano se passa e não temos grandes novidades no segmento cooperativista. No final do ano, surge a notícia da saída de diversas cooperativas da Central Leite Nilza que, poucos anos antes, foi mencionada nesse espaço como um formato promissor. Espera-se que, com a venda da marca para um fundo de investimento, a empresa consiga se reestruturar. Há, no entanto, exemplos positivos, como a volta da Batávia para os produtores, mas a expectativa criada em função de alianças e até fusões de cooperativas, dado o bem sucedido fórum realizado em 2003, terá de ficar para 2005. Não custa lembrar duas grandes fusões ocorridas nesse final de ano: a Normilch e a Humana, na Alemanha, e a mega-fusão entre Campina e Arla Foods, que com certeza vai dar o que falar daqui para frente. É possível arriscar: o setor lácteo europeu e quem sabe mundial não será o mesmo daqui em diante.

Câmara Setorial do Leite: um sinal de que as relações entre os elos do setor leiteiro tende a melhorar é a Câmara Setorial do Leite, coordenada por Rodrigo Alvim, da CNA. Claro que há muito o que fazer nesse sentido, mas não há como negar que a existência da Câmara Setorial é um ponto muito positivo nas discussões do setor. Como qualquer organização que reúne interesses muitas vezes divergentes, é preciso tempo e esforços para que os frutos venham na medida das expectativas criadas, mas sem dúvida estamos na direção certa.

Conseleite: estive recentemente no Oeste do Paraná, na região de Cascavel (que bela região, por sinal), e pude constatar que o Conseleite é de fato levado a sério e que está balizando os negócios no Paraná. É pena que, por enquanto, é algo que fica restrito a esse Estado que, por sinal, apresenta uma das taxas mais consistentes de crescimento na produção de leite. Coincidência?

Crescimento da produção: mesmo sem os dados de captação do último trimestre, é possível prever que a captação oficial de leite irá crescer consideravelmente em 2004. Até agora, estamos 4,6% acima de 2003, sendo que tudo indica que a produção continua forte nesse último trimestre.

D

DPA: o maior captador de leite no Brasil, a joint-venture entre Nestlé e Fonterra, consolidou sua liderança e prepara o lançamento de seu programa de pagamento por qualidade a partir de janeiro. Tem tudo para ser um marco no setor, dada a posição de destaque da DPA na captação de leite. A julgar por essa iniciativa, que demorou a vir, por sinal, 2005 poderá ser o ano da qualidade, caso outros laticínios entrem no jogo. A Danone, por sinal, já vem pagando por qualidade e a Itambé tem seu programa engatilhado. Não sem tempo, visto que a IN 51 deve começar a vigorar em julho 2005.

E

Exportações: como não poderia deixar de ser, as exportações de lácteos merecem grande destaque. Pela primeira vez, o país vai ser exportador líquido de lácteos, algo impensável há 10 anos atrás. Méritos às empresas exportadoras, com destaque para a Serlac, que reúne 5 laticínios nacionais. Mas não nos iludamos: a combinação do câmbio atual com crescimento interno pode reduzir o ímpeto exportador em 2005. Isso dependerá também das cotações externas e internas do leite e dos acordos comerciais que o Brasil poderá assinar (México principalmente). De qualquer forma, o país está se estruturando para ser um exportador de lácteos no médio longo prazo, cujos benefícios já podem ser vistos pelas cotações do leite nesse final de ano.

Embrapa: a empresa de pesquisa agropecuária no Brasil ampliou sua influência em 2004, realizando mais uma vez o bem-sucedido Congresso Internacional do Leite e liderando, entre outras ações, a formação do Comitê Brasileiro da Federação Internacional de Lácteos (devemos ter mais sobre isso em 2005).

F

Fonterra: o maior exportador mundial de lácteos, a cooperativa neozelandesa Fonterra, se posiciona como uma das líderes mundiais do setor de laticínios. Com presença na Austrália, China, Índia, Europa, EUA, Chile, Israel e Américas, com parceria com diversos laticínios mundo afora, a Fonterra hoje lidera um processo de internacionalização que deverá repercutir em diversas outras empresas. Vamos aguardar 2005, visto que 2004 termina com a bombástica notícia da fusão da Arla Foods com a Campina, dois dos mais estruturados laticínios da Europa, criando a maior cooperativa de lácteos do mundo.

G

G-100: a formação do G-100, que visa representar pequenos e médios laticínios, não pode ficar de fora da retrospectiva 2004. Sem representatividade política, pouco se consegue. Sendo essa a lição que fica dessa nova entidade.

I

Itambé: a cooperativa mineira se consolida como uma das forças do setor leiteiro nacional. Ampliando a capacidade com a construção da fábrica em Uberlândia (aliás, o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba serão ótimos lugares para se produzir leite, com DPA, Itambé e diversas cooperativas captando leite na região) e balanceando a atuação do mercado interno com as exportações crescentes, a empresa mostra que é competitiva e sinaliza um exemplo saudável para as demais cooperativas e empresas nacionais.

L>

Láctea Brasil: marketing institucional é daqueles temas quase que unânimes no setor leiteiros - um dos poucos temas onde, por definição, ninguém é contra. Por isso, surpreende a dificuldade em obter recursos e mobilizar para realmente empreender ações de impacto nesse sentido. Afinal, mudar os hábitos de consumo não é algo barato nem tampouco rápido. Para 2005, espera-se que o quadro mude e, nesse aspecto, a Láctea Brasil, entidade que centraliza esses esforços, terá um grande desafio e também oportunidades. Cabe aqui registrar o interesse de dois gigantes do setor de refrigerantes, em entrar no setor lácteo: Pepsi e Coca-Cola. Porque será?

M

Mercado: tudo somado, esse ano foi melhor do que 2003 para a cadeia do leite. Do ponto de vista do produtor, não houve sobre-oferta e os preços de vários insumos-chave (especialmente os de alimentação) caíram, melhorando bastante a receita menos o custo de alimentação. Para 2005, porém, o volumoso produzido estará mais caro, dado o aumento nos custos de fertilizantes e defensivos. Para a indústria, a mesma oferta ajustada também teve seu benefício. Terminamos 2004 em uma situação muito mais tranqüila do que 2003, em meio à bomba da Parmalat.

N

Normativa 51: em 2004, a normativa 51 não apareceu nas manchetes e discussões do setor, algo que com certeza deverá mudar em 2005. O problema agora é o tempo. Daqui a 6 meses, estará vigorando no Centro-Sul. Há vontade política para de fato implantá-la? Veremos nos próximos 6 meses.

O

Obesidade: o final de 2004 nos trouxe um dado alarmante do IBGE. Quase 40% da população estão acima do peso, sendo esse problema mais relevante do que a desnutrição (e o Fome Zero, como fica?). Com esses dados, em 2005, o setor de proteínas animais terá um grande desafio. A ANVISA deverá aprovar o Guia Alimentar, que servirá de referência para escolas e demais locais onde se fornece alimentação. Na primeira versão desse Guia, o enfoque dado às proteínas animais foi prejudicial e, apesar dos protestos da ABIA, não se sabe o que virá por aí. Provavelmente em março, saberemos.

P

Parmalat: o ano começou quente com a crise da Parmalat afetando o mercado em plena safra. A notícia de hoje (20/12), da volta da famosa campanha dos mamíferos, ainda que bem mais modesta, tem o simbolismo da recuperação da empresa. Aliás, a recuperação da Parmalat foi talvez a maior surpresa do ano, uma vez que, ao relembrarmos o noticiário do início de janeiro e fevereiro, pouca gente arriscaria dizer que a empresa estaria no mercado no final do ano. Ficam, para 2005, as dúvidas de sempre: a empresa brasileira - que não interessa à matriz - será vendida, como ocorreu com as operações do Chile e Argentina? O atual equilíbrio passará para o estágio de crescimento competitivo? (nota pós-publicação: talvez chamar de equilíbrio o prejuízo acumulado de mais de R$ 180 milhões seja demais; fiquemos então no fato da empresa ter sobrevivido, contra todas as expectativas).

Q

Qualidade: apesar de estar "legislando em causa própria", não há como fugir ao fato do 1º Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, uma iniciativa do CBQL e do MilkPoint, ter sido um ponto alto no que se refere a eventos. Com a presença de 600 pessoas, incluindo lideranças de todos os elos, trouxe à tona a discussão a respeito da qualidade do leite em um momento mais do que oportuno - às vésperas da IN 51 e em meio à discussão sobre pagamento por qualidade.

S

Sucos prontos: já são 500 milhões de litros por ano em um segmento altamente atrativo, com crescimento médio de 30% ao ano nos últimos 5 anos. A praticidade, o apelo à alimentação saudável e o posicionamento adequado forjaram esse crescimento, que deve continuar. Mais uma razão para o setor lácteo estruturar o marketing institucional...

U

Unilac: o evento realizado em julho, pela CNA e Embrapa Gado de Leite, pode ser considerado uma das poucas iniciativas de longo prazo no setor. Ao discutir ações do setor privado e políticas públicas de longo prazo, muda-se a conversa do que é urgente para o que é essencial. O pontapé inicial foi dado, mas os maiores desafios virão agora: a implantação do que foi discutido e acordado.

Balanço final

Falando um pouco do MilkPoint, já são 4 anos de atividades, milhares de notícias, artigos, cartas, mensagens no fórum; 4 grandes congressos realizados, dezenas de cursos online e 34.000 usuários voluntariamente cadastrados. Em 2004, tivemos um crescimento recorde, com quase 12.000 novos leitores, o que deve nos colocar como o principal canal de informação do setor via internet no Brasil, e provavelmente, entre os maiores do mundo.

Para 2005, teremos muitas novidades, mas, como paulista com raízes em Minas Gerais, não vou me antecipar... Gostaria de agradecer a todos os que nos apoiaram em 2004, sejam eles leitores, colunistas, patrocinadores, fornecedores e simpatizantes do nosso trabalho. Nesse final de ano, nossa equipe reforça o compromisso de trazer informações que possam contribuir com o crescimento sustentável da cadeia do leite no Brasil. Até 2005!

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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JULIA

BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SANTA CATARINA - ESTUDANTE

EM 26/02/2018

Nossa eu nasci em 2004 kkkkkk
ANTONIO DA SILVA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 11/01/2005

Prezado Marcelo,

Com certeza em 2005, o MilkPoint se consolidará como o mais importante e influente canal de informação do setor, via internet do Brasil, graças a credibilidade conquistada durante os 4 anos de sua existência.

Parabéns a toda Equipe, que pela sua competência, atende às necessidades daqueles que direta ou indiretamente participam do segmento leiteiro.

Um Grande Abraço,

Antonio da Silva
VALTER RICARDO DEZANI

SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/01/2005

Marcelo, gostaria de parabenizá-lo e também a sua equipe pelo excelente trabalho realizado em 2004 com seriedade e competência, pois se o Fantástico é considerado a revista eletrônica semanal, vocês são nossa REVISTA ELETRÔNICA AGROPECUÁRIA DIÁRIA, pois é quase que impossível deixar de acessá-los diariamente, e fiquei muito satisfeito ao ler este artigo.

Valter Ricardo Dezani
Médico Veterinário
JORGE LEON PEREZ

OUTRO - PESQUISA/ENSINO

EM 31/12/2004

En general agradezco recibir su excelente informacion, la cual es oportuna y muy util
el articulo es un resumen muy claro de lo ocurrido.

Gracias a todo el equipo y un 2005 placentero y agradeciendoles estar dentro de sus beneficiarios.

Jorge Leon Perez
Colombia
LUÍS DONIZETTI CARELLI CESAR

CURITIBA - PARANÁ

EM 28/12/2004

Srs.,

Sou de linguagem simples e objetiva.

Por que com a saída da Parmalat, o leite subiu tanto?

Era a Parmalat que comandava valores?

Não sobra mais produto para outros concorrentes?

Os produtores de Leite eram pressionados pela Parmalat?

Os produtores estão agora saindo do sufoco?

Com a saída da Parmalat, a meu entender o leite não deveria aumentar o preço no mercado, e não aumentando, os fabricantes de leite em pó e outros, deveriam ser mais competitivos com o mercado externo.
PAULO R.C.CORDEIRO

NOVA FRIBURGO - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/12/2004

Caro Marcelo,

Parabéns pela retrospectiva e que continuem cada vez mais a serem um ótimo difusor de idéias e notícias ligadas ao agronegócio.

Um grande 2.005.

Paulo
MARCELO DE REZENDE

LONDRINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/12/2004

Parabéns pela seriedade e honestidade na condução deste espaço. Que em 2005 este espaço democrático continue levando informação de qualidade a todos os envolvidos na atividade leite do nosso país.

Marcelo de Rezende
Coord.Assistência Técnica ao Produtor - Confepar
CARLOS AUGUSTO PASSOS

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 23/12/2004

Prezado Marcelo,

Parabéns pelos excelentes serviços prestados e boas festas!

"Que as intempéries da vida não nos tirem de um lugar ao sol."

EDSON GONÇALVES

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA

EM 23/12/2004

Caro Marcelo,

Parabéns pelo excelente serviço de informação realizado durante todo ano de 2004. Hoje, é praticamente impossível entender o setor leiteiro sem basear-se nas informações precisas que o MilkPoint propicia aos profissionais que atuam no setor. Desejo a toda equipe um Natal muito Feliz e um ano 2005 excepcional, repleto de realizações.

Abraços,

Edson Gonçalves
JULIANO CAMPOS VALE

TERESINA - PIAUÍ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/12/2004

Gostei muito da retrospectiva 2004, entre os temas abordados dois me chamaram a atenção, e eu gostaria de obter maiores informações: Conseleite e a Câmara Setorial do leite.


Obrigado e boas festas

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Juliano,

Você pode obter mais informações sobre o Conseleite no site da FAEP, Federação da Agricultura do Paraná: www.faep.com.br/conseleite. Já sobre a Câmara Setorial, a CNA é uma boa fonte: 61 424-1473. Boas Festas para você também e um ótimo 2005.

ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 21/12/2004

Ótimo artigo, porem ressalto e tomo a liberdade de sugerir que com exceção da ITAMBÉ, que parece que está dando certo, a maioria das cooperativas com as atuais leis em vigor que permitem que seus dirigentes permaneçam no poder vitaliciamente, o sistema cooperativista vem dando errado.

Sugiro ao MILKPOINT, fazer uma pesquisa sobre a situações das cooperativas no Brasil, principalmente das de laticínios, e não será surpresa para mim se a sua grande maioria estiver em fase falimentar ou de fechamento. Existirão exceções, é claro, mas a maioria dessas exceções está sobrevivendo às custas dos pequenos produtores que não tem a quem recorrer. O quadro é desolador.

A título de subsídio, comece essa pesquisa sugerida pela região da zona da mata mineira como em Leopoldina, Juiz de Fora etc onde o preço pago por litro de leite ao produtor é um dos menores do País, se não for o menor, comparado a outras cooperativas como a ITAMBÉ, por exemplo. A meu ver temos que mudar a legislação e dotar o novo texto legal de impedimento de reeleições continuadas. Isso prejudica e cria monopólio e manipulação por parte dos dirigentes em todos sentidos; os mesmos se sentem como verdadeiros proprietários das cooperativas que na sua grande maioria, dispõe de pessoas não qualificadas em seus conselhos. Portanto, o que sobra disso tudo é que o pequeno e médio produtor de leite cooperado é quem paga os empreguismos, mordomias etc. Como consequência disso tudo e mais alguns desmandos, paga-se mal ao produtor para cobrir rombo e satisfazer vaidades de uma minoria encastelada por anos sucessivos no poder administrativo de algumas cooperativas.
JEAN MARIE MONTEIL

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/12/2004

Parabens pelo trabalho da MilkPoint: nivel elevado e boa fonte de informação.

Desejo sucesso maior ainda em 2005

Abraços

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Monteil,

Obrigado pelos votos, os quais retribuímos. Nosso sucesso está ancorado na participação ativa de nossos leitores. Portanto, inclua-se parte dele.

Abraco,

Marcelo

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