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Que lições podemos aprender com o episódio Márcio Garcia?

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 01/09/2023

7 MIN DE LEITURA

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Somente algo muito agudo e impactante poderia roubar momentaneamente o espaço das importações nas discussões do setor lácteo nos dias de hoje. E esse algo veio no final de semana: o vídeo da ONG Mercy For Animals, estrelado pelo ator Márcio Garcia. No vídeo, a partir de imagens lamentáveis retratando vacas leiteiras sendo maltratadas, o ator jogou em uma vala comum o setor inteiro, como se as práticas mostradas fossem a realidade geral da produção de leite.

O vídeo, logicamente, gerou forte indignação em todos os envolvidos com o leite. Esse tipo de ataque, que já acontece há algum tempo em outros países, ainda é (era) raro por aqui, e como lidar com isso é algo que precisamos aprender, não do ponto de vista da ação imediata, mas da blindagem contínua do setor contra estas difamações. A imagem abaixo me foi enviada por um conhecido nessa semana. Um grupo entrou em um supermercado e etiquetou várias marcas de leite. O vídeo, portanto, não foi uma ação isolada.

Etiqueta colada por ativistas em produtos lácteos

Há, no entanto, possíveis aprendizados disso tudo. A crise nos dá a oportunidade de refletir e agir, reduzindo os efeitos de um novo episódio parecido no futuro. Há, a meu ver, 3 aprendizados nessa semana:
 

O setor, coletivamente, tem força e uma narrativa positiva

Ainda que de uma forma não organizada e sem recursos, a manifestação espontânea de produtores, técnicos, entidades e empresas repercutiu bem mais do que o vídeo da MFA (que também repercutiu bastante, com mais de 475 mil views no perfil da ONG).

Abaixo, os números de  algumas dessas respostas. Somente 4 das postagens do setor, alcançaram aproximadamente 1,9 milhão de views.   

marcio garcia instagram
Repercussão dos vídeos de @camilatelles, @camponutricaoanimal, @frabricionascimento31, @ampedroso. 
 

O curioso é que, em um dos grupos do leite, com especialistas de várias áreas, a orientação é que o melhor caminho era não responder, porque era isso que os detratores queriam. De fato, faz sentido: polemizar dá mais visibilidade ao tema, exceto se a resposta for tão efetiva que silencia o outro lado.  O impacto foi tão grande que tanto o ator quando a ONG retiraram os vídeos do ar.

Ao mostrar a realidade, com produtores abraçando suas vacas, ou técnicos trazendo pontos de vista embasados, foi possível mostrar o outro lado, a ponto de (independente do motivo), o ator se retratar e pedir desculpas. O barulho foi grande e essa retratação, ainda que meio capenga para alguns, foi uma grande e rápida conquista. Não é comum isso ocorrer quando há fortes vieses ideológicos envolvidos. Essa vitória, em um momento em que o setor anda meio de cabeça baixa, às voltas com importações elevadas e preços em queda, é significativa, representando um resgate da dignidade.

Outro aprendizado importante é que temos que contar a nossa história para uma população que desconhece a realidade do campo. É isso que o setor tem feito em países como Canadá, Estados Unidos e Austrália, que enfrentam a narrativa contrária já há décadas. Se não fizermos isso, outros farão por nós, e teremos sempre que correr atrás. A boa notícia é que, de certa forma, conseguimos fazer isso, não sei se furando a nossa bolha e falando para um público leigo, mas ao menos para forçar a retratação.

Se tivermos recursos, é possível fazer algo mais estruturado, com preparação e alcançando a mídia e as redes de forma mais ampla.

 

A câmera estará sempre ligada. Cada vez mais. 

Todos que viram as imagens ficaram chocados, sejam integrantes do setor, ou não. Aqui, concordamos com a ONG e com o ator. É inadmissível que uma fazenda leiteira aplique essas “práticas” ou mantenham os animais sob aquelas condições. Não faz sentido nem ético nem econômico, e certamente quem assim atua vai, com o tempo sair da atividade.

As questões envolvendo o bem-estar animal vieram para ficar e cabe ao setor atuar para que, de um lado, casos como esse se tornem cada vez mais raros e, de outro, conseguir separar o joio do trigo e evitar que corramos o risco de sermos vítimas de uma generalização.

Os laticínios devem ter um papel importante aqui, ao estabelecer pagamento por critérios de bem-estar animal; os técnicos, as empresas de insumos e entidades do setor têm um papel importante ao educar; o governo poderia pensar em linhas de financiamento para ações voltadas para o bem-estar animal, para que esse processo de evolução, que está ocorrendo, seja ainda mais rápido. 

O vídeo, porém, traz desinformações que passaram meio despercebidas porque as imagens de maus tratos sobressaíram. Há, no entanto, ataque a práticas como a separação de vacas e bezerras, ordenha mecânica, inseminação artificial e confinamento de vacas. É evidente que há má intenção da ONG que fez o vídeo, mas não estou preocupado com ela, e sim com os 85% de habitantes urbanos – CONSUMIDORES - que desconhecem o setor (e não tem obrigação de conhecer). Como será que interpretam essas práticas, ao tomar conhecimento delas através de postagens como essa? Temos um longo caminho para fazer essa ponte com a sociedade e explicar, sabendo que nem todo mundo vai concordar.

Há sutilezas que fiquei pensando. A palavra “confinamento”, por exemplo. Em uma rápida busca, “confinar” significa “enclausurar, aprisionar, encarcerar.” Não é um bom termo para representar vacas deitadas em extremo conforto, com ventilação, aspersão e comida fresca. Vamos lembrar que os transgênicos tiveram enorme dificuldade de aceitação em função do peso do termo e de não ter sido explicado corretamente para a sociedade – prato cheio para quem quis difamar de forma organizada essa tecnologia. Pois, que chamemos o confinamento de “sistema resort all inclusive”, mas não de algo que, para o leigo, remete à prisão e privação de movimento.

 

O que fazer diante da vitória?

Compreensivelmente, muita gente do setor não ficou satisfeita com a retratação, ou nem considerou que foi uma retratação, porque o ator não disse com todas as palavras, “eu errei”. Mas ele pediu desculpas e disse que não foi intenção generalizar (embora tenha feito exatamente isso) e, mais importante, não teve a intenção de atacar “um setor pelo qual tem profundo respeito”.

Não se trata aqui de saber a motivação dessa súbita mudança de visão, se foi medo, se foi prejuízo, ou se simplesmente ele viu que errou: entrou em uma roubada ao embarcar numa crítica contundente de algo que pouco conhece. Para mim, isso é irrelevante agora, e para mim a retratação foi suficiente para aceitar a “bandeira branca”. De novo, é difícil isso ocorrer, e devemos aproveitar a chance para tentar criar uma ponte.

A hora de reagir já passou: ganhamos essa batalha. O que eu faria? Convidaria o ator para visitar boas fazendas, sem que isso seja feito de forma agressiva ou retaliatória (essa é a parte mais difícil). Ah, mas ele não vai! Provavelmente não, mas é o certo a fazer. Se cada influencer que atacar o setor (e, nesse caso, ainda assumindo o erro) virar nosso inimigo eterno, confesso que temo pelo nosso futuro, já que esses influencers, normalmente urbanos, falam muito mais com a grande massa de consumidores do que nós.

Também, se tivermos organização e algum recurso, podemos nos antecipar e trazer influencers para conhecer a realidade das fazendas produtoras de leite, sem o compromisso de postar. Acredito que, aqueles que visitarem uma propriedade com boas práticas vai pensar 2x antes de atacar ou generalizar – gente mal-intencionada existe (quando então a via jurídica pode ser o único caminho), mas prefiro acreditar que a desinformação tem e terá cada vez mais peso.

Ocorreu-me aqui uma passagem do excelente filme Invictus, que retrata a participação da África do Sul no Mundial de Rugby, no mesmo país, logo após a eleição de Nelson Mandela. Os Springboks, como é conhecida a seleção de rugby do país, era um símbolo da supremacia branca. Os simpatizantes do Mandela esperavam que ele mudasse o nome do time, o uniforme, enfim, eliminasse os vestígios daquilo que representava o horror do Apartheid. Mandela não só não fez nada disso, como convidou o capitão (loiro) do time para um chá, visitou a seleção e torceu como um torcedor fanático (a África do Sul ganhou o título). Ao ser questionado pelos seus, ele disse algo como “destruir os Springboks é o que todos esperam que façamos. E aí, os perderemos (os brancos). Temos que ser melhores do que isso.”  Foi uma bela lição de liderança, e quem não viu o filme, recomendo fortemente que veja.
 


 

Ainda que o fígado esteja doendo, não devemos pensar com ele, mas sim com outro órgão. Nosso objetivo não é ganhar a batalha, mas sim a guerra. E a guerra é ter uma população que veja o setor como produtor de um alimento nobre, gerador de renda e riqueza, e que trate bem os animais e o meio ambiente. E isso será bem mais fácil se cultivarmos menos inimigos.

No terceiro episódio do Leite Futuro, no ar em 18/07, a conversa antecipou o assunto dos desafios da comunicação e da imagem do agro e do leite para o consumidor final e as possíveis soluções. Além da minha presença, do Paulo do Carmo Martins e do Ricardo Cotta Ferreira, o episódio contou com a presença da Fernanda Bacelar, produtora de leite com um longo histórico profissional no marketing. Vale a pena conferir esse episódio que se correlaciona com o atual momento.

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MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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MURILO ROMULO CARVALHO

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/09/2023

Como sempre, extremamente sensato e preciso nas palavras. Concordo 100% com o que disse, achei ate que algumas grandes fazendas o convidariam para uma visita, de forma a mostrar o verdadeiro lado da producao de leite. Falta muito marketing e ações concretas que chegam no consumidor final. Aqui no Canadá constantemente temos pressão e ataques de grupos diversos, mas o setor como um todo investe e é bem estruturado para rebater isso. Por exemplo, no último Super Bowl e nas finais do hóquei (esporte mais assistido no país), tivemos grandes comerciais da associação de produtores falando exatamente sobre a dedicação, as famílias, e o trabalho árduo de jovens produtores de leite para entregar um produto de excelente qualidade para os consumidores.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 06/09/2023

Legal Murilo, obrigado pelo comentário! Acho que é muito oportuno entender como o setor se organiza no Canadá e enfrenta essas pressões já há bem mais tempo que nós, com sucesso!
JOSIANO GOMES CHAVES

CARLOS CHAGAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/09/2023

Parabéns Marcelo, pela lucidez, serenidade e visão estratégica do seu artigo.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 06/09/2023

Obrigado Josiano!
ERNANI PAULINO DO LAGO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 06/09/2023

Obrigado pelo belo texto Marcelo. Impecável.
Como sempre, você enxergando além do morro.
Que toda a cadeia leiteira ouça seus sábios conselhos e os siga!
Não vale a pena cultivar nenhum inimigo.
Grande abraço
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 06/09/2023

Obrigado Ernani, grande abraço!
BRUNO VICENTINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 05/09/2023

Parabéns pelo artigo! Muito sereno e objetivo!
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 05/09/2023

Obrigado Bruno!
AFONSO VOLTAN

JALES - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/09/2023

Olá, Marcelo, parabéns pelo seu artigo, rico em bom senso e sabedoria! Concordo com seus argumentos e sugestões, afinal de contas seria um erro não tratarmos os "desinformados de plantão" com o mesmo respeito e carinho que dedicamos às nossas vacas.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 05/09/2023

Obrigado Afonso! Abraço
JAIME ALCIR VIEIRA PRESTES

CAMPOS NOVOS - SANTA CATARINA - MÉDICO VETERINÁRIO

EM 05/09/2023

Boa noite, Marcelo. Concordo com seu ponto de vista, exposto neste artigo. Nosso desafio (sou extensionista rural envolvido com o a produção de leite) é mostrarmos às mentes e corações dos consumidores o nosso amor pela atividade e dedicação a esta fantástica espécie que nos cumula com tão nobre produto (os bovinos). Parabéns.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 05/09/2023

Obrigado Jaime, conte conosco nesse desafio. Grande abraço!
HENRIQUE COSTA FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/09/2023

Marcelo, excelentes considerações! Creio que uma maneira de fazer as ideias e ideais dos produtores de leite chegarem aos 85% de habitantes urbanos que desconhecem o segmento é se aliar a outras iniciativas do meio agro, que padecem, de forma semelhante, a esse caso de desinformação passada por "influenciadores". Uma dessas iniciativas que vejo em combate é a @deolhonomaterialescolar. Vamos nos unir em prol de causas comuns!
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 04/09/2023

Valeu pelo comentário e contribuições, Henrique! Grande abraço
CARLOS HENRIQUE STERN DE SOUZA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 04/09/2023

Bom dia Marcelo P. de Carvalho...!

Você teve a sensatez brilhante de interpretar e analisar os reais objetivos desta ONG ideológica..., estes atores que atuam juntamente, são apenas marionetes de plantão..., ou seja, são objetos de manobra de uma indústria de mídia destrutiva, que opinam de forma tendenciosa, para fortalecer as ideologias de um governo vingativo, contra o agro negócio de maneira em geral..., para sucumbir a economia de nosso país que está sendo carregada pelo nosso trabalho agro técnico...!!!

Somos todos Agro..., somos a salvação e libertação do futuro de nosso País...!!!

Carlos H.Stern de Souza.
JOSÉ EUSTÁQUIO BERNARDINO DE SENA - NENÊ SENA

CANDEIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/09/2023

No domingo do Márcio foi realmente decepcionante. Porém na semana as respostas com total propriedade e quase que orquestradas de produtores, técnicos, repórteres do setor fizeram a diferença! Outros vermes iguais ao Márcio pensarão muitas vezes antes de postar asneiras. O pedido de desculpas do verme foi ridícula..,
DANIEL ROBSON SILVA

TERRA NOVA DO NORTE - MATO GROSSO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 04/09/2023

Parabéns Marcelo. Precisamos urgentemente mostrar o outro lado da moeda. Além da questão de mostrarmos a importância do leite em termos de alimentação, da geração de emprego e renda, ainda temos a questão social que torna a atividade leiteira uma das atividades que mais fixam as famílias no tão importante agro rural brasileiro.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 04/09/2023

Exato Daniel! Obrigado
NAIDO VEDANA

PATO BRANCO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 04/09/2023

Abordagem totalmente coerente, contudo, sempre interessante lembrar que o "outro lado" pode estar sendo patrocinado por empresas que ganham muito dinheiro vendendo leite e derivados e, com o lucro, patrocinando esse tipo de "desconhecimento". O inimigo é gigante e sem face.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 04/09/2023

Caro Naido, obrigado pelo comentário. De fato, é possível que parte desse tipo de manifestação seja motivada por interesses financeiros. Não podemos esquecer que há também doações (muitas vezes de pessoas muito ricas), que fomentam esse tipo de ação.
MARCO ANTONIO COUTO

PIRACEMA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 04/09/2023

Bom dia Marcelo.
Muito bom e como sempre, voce ponderando e conseguindo dar um enfoque interessante. Devemos aprender, mas mais que ficar nos defendendo, devemos fazer algo que realmente seja efetivo, duradouro e que mostre ao consumidor que o leite e seus derivados são importante fonte de proteina, acidos graxos, vitaminas e sais minerais.
Mais uma vez obrigado!
OTHON PAULO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 04/09/2023

Não sou produtor ou criador, sou uma pessoa comum, totalmente leigo da atuação do setor, mas acredito que NENHUM criador ou produtor de laticínios ajam da forma cruel e irresponsável como faz querer acreditar o vídeo! A abordagem aqui foi esclarecedora, mas infelizmente “lavradores” e formadores de opinião, como o ator, se lançam em aventuras nas quais desconhecem e perigosamente podem levar muitos a acreditar em suas declarações, impactando a economia e trazendo o caos no setor! Achei irresponsável o vídeo é preocupante do ponto de vista de um cidadão comum que está preocupado com o rumo que a sociedade está tomando onde é mais importante o número de seguidores que vc tem e dos “likes” que recebe, do que a verdade, a responsabilidade e as consequência que as falas dos formadores de opinião transmitem à população!
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 04/09/2023

Exato Othon, para isso é preciso que o setor tenha uma atuação preventiva, ainda que o risco desse tipo de abordagem sempre exista.
MÁRIO N. SLOMP

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/09/2023

Os produtores de leite ainda não entenderam o que está acontecendo. Elegeram como "inimigo" as importações. Bobagem
. Basta fazer a conta: 1-2% do consumo. Sempre teve, um pouco mais, um pouco menos. Políticos adoram esse tipo de coisa: combater o inimigo. Sempre haverá um! Ou são os comunistas, ou o mst ou as importações. Virão outros. Temos hj 3 fronts contra nós. Estes bem reais, organizados e crescendo: 1) vacas "inimigas" do clima pq emitem gases (a análise do C deve ser feita analisar dando a cadeia como um todo, não mirando na vaca); 2) os defensores dos "direitos dos animais ( ignorância é tanta, que nos choca, mas estão fazendo um estrago danado. Vide esse vídeo do ator, já famoso por ter dado beijo em Bolsonaro; 3) o pior de todos: NÃO TOMEM LEITE E DERIVADOS PORQUE "INFLAMAM" o corpo. Tenho me surpreendido a cada dia com a quantidade de gente falando isso. Nutricionistas e até médicos falando todo tipo de asneira, depois de pesquisar no Google....Temos que ter estratégia e focar na reação, produtores, indústria, pesquisadores, assistência técnica e outros atores envolvidos. Não gastemos energia papagaiando o que deputados e "líderes" dos produtores tentam nos fazer acreditar. Importação não é o problema. Enquanto perdemos tempo atacando isso, nossos verdadeiros inimigos estão corroendo o consumo de lácteos. O aumento da renda já não provoca aumento de consumo de proteínas nobres como antes (isso tudo vale para as carnes também). O que falta para endentermios isso?
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 04/09/2023

Olá Mário, obrigado pelo comentário. A rigor, neste ano as importações têm sido sim um problema, porque atingiram 10% do nosso consumo. É bastante coisa. Mas certamente olhar somente para elas, não resolve no longo prazo. Você abordou boas questões que, com certeza, estão relacionadas ao futuro do setor.
ELIZABETH NOGUEIRA FERNANDES

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 01/09/2023

Excelente abordagem. Não podemos ficar combatendo as notícias maliciosas e desconstrutivas. Temos muito o que mostrar que nos orgulha, em muito, de fazermos parte desta cadeia maravilhosa.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 01/09/2023

Obrigado Beth, fiquei muito feliz com o seu comentário! O caminho é esse mesmo, e parece que começamos a trilhá-lo, mas há certamente muito a se fazer.
FABIO ANTONIO DE BARROS VICENTE

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/09/2023

Excelente abordagem, altruísta! Grande como o setor é.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 02/09/2023

Obrigado Fábio! Abraço

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