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Buenos Aires, Argentina, palco de grandes shows de tango! Com origem no final do século XIX, esse ritmo musical, marcado pela dramaticidade e emoção, é um importante símbolo cultural argentino. A trilha sonora é considerada sincopada, composta pelos instrumentos musicais violino, piano, contrabaixo, violão e bandoneón, sendo este último o principal instrumento das orquestras de tango.
Vindo para os gramados, a Argentina também tem sua tradição no futebol. Vencedora nas Copas do Mundo de 1978 e 1986 e vice-campeã em 1930, 1990 e 2014, o Maradona e atualmente o Messi são os principais nomes do esporte no país.
Do futebol para a economia, o Brasil e a Argentina — entre outros países — formam o Mercado Comum do Sul (Mercosul), oficializado pelo Tratado de Assunção, assinado no dia 26 de março de 1991.
Argentina e o setor lácteo
Com grande importância econômica no país, a produção de leite é destaque na Argentina. No mês de setembro de 2022, a produção foi de 1.073 milhões de litros de leite, valor 1,1% superior ao mês anterior (1.061,8 milhões de litros/ago22).
Em 2021, foram produzidos 11.553 milhões de litros de leite, valor que representa cerca de 1,6% do leite mundial. (Secretaría de Agricultura, Ganadería y Pesca de Argentina — MAGyP e OCLA - Observatorio de la Cadena Láctea Argentina).
Figura 1. Produção nacional de leite Argentina - Setembro 2022.
Fonte: OCLA.
Gráfico 1. Produção nacional de leite Argentina - Série histórica e variações.
Fonte: OCLA.
Em 2022, o rebanho de vacas leiteiras na Argentina ficou em torno de 1,5 milhão de animais. Nos últimos anos, é possível observar uma redução no tamanho do rebanho. Ainda assim, como vimos anteriormente, a produção no país vem crescendo, o que significa que a produtividade por animal (L/vaca) tem evoluído.
Gráfico 2. Quantidade de vacas na Argentina.
Fonte: OCLA.
O último levantamento que traz a produtividade animal no país é de 2021 e aponta 22,8 litros/vaca/dia como média produtiva na Argentina, como mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 3. Produtividade animal da Argentina.
Fonte: OCLA.
Um trabalho intitulado “Caracterização de Fazendas Leiteiras” realizado em dezembro de 2021 pela SENASA (Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria), mostrou a existência de 10.125 unidades produtivas de leite, espalhadas principalmente pelas províncias de Santa Fé (34,7%), Córdoba (29,1%), Buenos Aires (20,2%) e Entre Rios (7,8%).
Gráfico 4. Unidades produtivas de leite na Argentina
Fonte: OCLA.
Os resultados da pesquisa mostram que nessas unidades produtivas, a média de produção foi de 2.940 litros/propriedade/dia na data do trabalho.
Destino da produção de leite Argentina
Em 2021, 75,6% da produção total foi destinada ao mercado interno, enquanto 24,4% foi exportada. Em sua grande parte, a produção é destinada à leites em pó e queijos. Com grande participação nos números de exportações do país, em 2021 foram exportadas 121 mil toneladas de leite em pó integral da Argentina. Os queijos também têm seu papel na exportação, com 52 mil toneladas exportadas em 2021.
Gráfico 5. Destino da produção de leite Argetino.
Fonte: OCLA.
Leite em pó: chama o VAR!
Há muita curiosidade acerca da produção de leite em pó. Afinal, como o leite fluido se transforma em pó e depois volta a ser fluido? Chama o VAR! Pode revisar o lance, trata-se da famosa “tecnologia de secagem.”
Em linhas gerais, “secar” um alimento é remover praticamente quase toda a água presente. Atualmente, a principal forma de secagem em lácteos é a chamada “secagem por atomização” ou “spray-dry”, que consiste em pulverizar o leite na forma de pequenas gotículas em uma corrente de ar quente.
Esse processo pode ser realizado em um único ou múltiplos estágios de secagem, os quais exercem influência direta nas propriedades funcionais e aglomeração do pó. No caso do emprego de um único estágio, a secagem acontece apenas por atomização. O pó oriundo deste tipo de secagem é particulado e caracteriza-se por apresentar baixa solubilidade em água e forte presença de finos.
Na realização em dois estágios, no primeiro, a atomização também é realizada na câmara de secagem, porém por um maior período quando comparado a secagem por um único estágio. Posteriormente, no segundo estágio, tem-se o ajuste do teor de umidade final e aglomeração do pó no leite fluidizador externo vibrante. O pó resultante desse tipo de secagem aglomera-se e apresenta uma melhora nas propriedades funcionais.
No caso de secagens em três estágios, tem-se a associação de dois leitos fluidizadores (interno e externo) com capacidade de evaporação junto à câmara de secagem. O leito fluidizado interno é estático e cumpre o papel de secar o pó úmido.
O objetivo da secagem em três estágios é transferir a maior parte possível da secagem da fase de atomização para a de fluidização. Com isso, o pó apresenta intensa aglomeração e melhoramento da instantaneidade, molhabilidade, solubilidade e dispersibilidade.
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