O Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano, ocupando o quarto lugar no ranking mundial. As propriedades, em parte, de pequeno e médio porte, estão distribuídas em 98% dos municípios brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total, mais de quatro milhões de pessoas estão envolvidas na produção de leite no país. No entanto, a produtividade ainda é considerada baixa na maior parte das fazendas. Esse cenário discrepante de baixa eficiência pode ter em uma das suas várias explicações, o modelo de produção adotado. As gramíneas são a principal fonte de alimento para o gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens de qualidade comprometida, que muitas vezes são manejadas abaixo de sua taxa de lotação potencial, conforme explica a pesquisadora da Embrapa, Patrícia Perondi Anchão Oliveira.
O setor, além de ter a demanda de aumentar a produtividade, aumentou nos últimos anos as expectativas dos consumidores em relação à qualidade do produto e às questões de sustentabilidade.
Estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na pecuária leiteira, como mudanças no manejo de sistemas de produção de leite a pasto, por meio da intensificação da utilização de forragem e uso de raças e cruzamentos de animais mais específicos, podem contribuir para compensar as emissões de GEE.
A intensificação sustentável dos sistemas de produção de leiteira pode se tornar uma tecnologia chave para a mitigação das mudanças climáticas e no Workshop “Emissões de gases de efeito estufa e Análise do Ciclo de Vida (ACV) na produção de leite”, ministrado pelo Cientista Sênior (Life Cycle Assessment) na Ag Research, André Mazetto, produtores técnicos e estudantes terão a oportunidade de iniciar a jornada da produção leiteira sustentável com a mitigação de GEEs.
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As informações são da Embrapa Pecuária Sudeste, adaptadas pela equipe MilkPoint.