O último bloco do 14º Fórum MilkPoint Mercado teve como foco a competitividade da produção de leite. Leonardo Araújo, gerente de B2B da Rúmina, abriu o bloco discutindo sobre os resultados financeiros das fazendas, ao analisar os causadores de mastite nas propriedades.
Leonardo pontuou que mastite, CCS elevado e uso irracional de antibiótico são desafios antigos do setor e que ainda não foram totalmente superados, destacando que os impactos gerados pela mastite reverberam em toda a cadeia láctea, como nos casos em que há perda de leite por presença de antibióticos, afetando assim a produtividade do setor.
No passado, tinham-se dificuldades em enviar amostras de leites das fazendas para o laboratório. Em consequência disso, aos primeiros sinais de mastite, os produtores já iniciavam o tratamento dos animais com antibióticos.
Entretanto, a Rúmina visa solucionar esse problema ao propiciar que os produtores façam a análise do leite dentro da própria fazenda, através de inteligência artificial, com diagnósticos em até 24 horas. Dessa forma, o uso de antibióticos passa a ser mais racional e os custos são reduzidos.
Na sequência, Gabriel Toledo, Diretor de Marketing e Vendas da Rúmina, abordou os resultados econômicos do monitoramento da temperatura no tanque na fazenda.
Além dos aspectos pré-produção, os cuidados no pós-ordenha também são fundamentais para a qualidade do leite. O controle de qualidade no tanque de resfriamento, por exemplo, impactará diretamente no leite entregue ao laticínio.
Gabriel destaca a importância do planejamento prévio e de medidas preventivas. Ao analisar somente os fatos já ocorridos, as perdas são irreversíveis. Dessa forma, é necessário tomar medidas antes que o prejuízo ocorra - olhando para o futuro.
Para isso, a tecnologia pode ser uma forte aliada do produtor. A solução RumiTank, apresentada por Gabriel, identifica eventos relevantes e geram alertas para a gestão do leite nas fazendas e nos laticínios, 24 horas por dia, evitando assim importantes perdas.
Dando continuidade ao bloco, Leonardo Araújo retornou ao palco para falar sobre o fluxo financeiro como fator de competitividade da produção de leite.
Leonardo pontuou sobre a necessidade que o produtor tem em obter um crédito rápido e desburocratizado, enquanto o laticínio possui um problema de capital travado em operações financeiras com os produtores.
Com isso, pensando em resolver ambos os problemas, a Rúmina trouxe como solução o Rumicash, uma maneira de assinatura de crédito de forma mais rápida, simples e acessível. Suprindo a demanda de crédito do produtor sem utilizar o capital próprio do laticínio.
Além da melhor estruturação da produção de leite, a disponibilidade de crédito para o produtor contribui também com uma maior qualidade do leite entregue aos laticínios, sendo vantajoso para ambos os elos.
Em seguida, o grupo DSM, representado pela Fernanda Marcantonatos e Verônica Lopes, palestraram acerca das medidas e redução das pegadas ambientais.
Atualmente está claro que o setor lácteo é imprescindível para a alimentação da população. Entretanto, a atividade produtiva do leite naturalmente gera impactos ambientais. Por isso, toda a cadeia de produção de proteína animal precisa buscar reduzir as pegadas dos sistemas produtivos.
A sustentabilidade vem moldando os negócios por diferentes aspectos, na produção do leite a percepção do consumidor em relação à pegada ambiental, assim como citado no bloco anterior do Fórum, vem impactando a maneira com que o planejamento futuro é feito, reforçando a tendência global para proteína animal sustentável. Porém, o desenvolvimento de projetos só é possível com participação de todos os elos da cadeia.
Fernanda citou algumas medidas que já estão sendo empregadas para reduzir o impacto ambiental da geração de proteínas animais, como pagamentos por emissões de gases, estabelecimento de metas e reestruturação de fazendas, citando também algumas dificuldades nessa implementação, como o greenwashing e ausência de dados. A palestrante finalizou essa introdução pontuando que só é possível reduzir aquilo que é medido, sendo a medição das pegadas ambientais uma ferramenta para seleção das melhores soluções para reduzir as emissões.
Após as falas de Fernanda, Verônica deu continuidade no tema comentando sobre produção de metano, sendo esse o segundo gás que mais contribui para o aquecimento global, pontuando que 50% do metano produzido hoje vem dos animais de produção.
Frente ao desafio de sustentabilidade, uma das soluções da DSM é o aditivo Bovaer®, um aditivo que reduz em cerca de 30% da produção de metano pelos animais, somente 30 após o consumo. Além disso, o aditivo não gera nenhum tipo de resíduo para carne ou leite dos animais.
Verônica também apresentou um dos principais cases de sucesso do uso do Bovaer, o leite “No Carbon”, o único leite carbono neutro produzido no Brasil.
Para fechar o bloco, Marcelo Machado, gerente técnico de leite da DSM, falou sobre a Nutrição como ferramenta de aumento dos sólidos e do resultado do produtor de leite.
Marcelo comentou que um dos principais desafios para o setor segue sendo a produtividade animal, e nesse sentido, a presença de sólidos no leite.
O palestrante também pontuou sobre os 3 principais sólidos do leite, a gordura, lactose e proteína. No que tange a proteína e gordura, por exemplo, aspectos de saúde e eficiência ruminal são fundamentais. Além disso, o manejo nutricional, como perfil do consumo de fibras, gorduras e proteína das dietas também são imprescindíveis para a otimização da produção de sólidos no leite, assim como outros fatores, como genética, bem-estar animal e manejo.
Nesse sentido, Marcelo destacou a variedade de produtos que a DSM atualmente possui para aumentar a qualidade final do leite, finalizando sobre a sazonalidade na produção de gorduras e proteínas pelas vacas, evidenciando que inevitavelmente há uma diferença natural na produção dos sólidos dos leites em cada estação do ano, pontuando que mesmo com o emprego de suplementos e tecnologias em diferentes elos, a produção de sólidos nunca será contínua.
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