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Provavelmente, o maior ladrão do tempo de descanso das vacas está na espera para serem ordenhadas. Isso mesmo, em salas de ordenha, cada minuto gasto na área de espera é um tempo precioso que poderia ser utilizado para comer, beber ou deitar. Assim, as ordenhas robotizadas são uma esperança para que a agenda diária das vacas fique mais tranquila, com menos manejos, menos tempo de espera e consequentemente menos mão de obra dedicada a ordenha.
Uma vantagem dos sistemas de ordenha robotizada é que as vacas não são trazidas para uma área de espera antes da ordenha. Elas ficam livres para visitar o robô quando quiserem. Teoricamente, isso levaria um menor tempo de espera para ser ordenhado, no entanto, um estudo observacional mostrou o contrário.
O estudo comparou o tempo que as vacas esperam para serem ordenhadas em dois estábulos: um sistema robótico de fluxo guiado e um sistema de fluxo livre e percebeu-se que o tempo de espera em ambos os estábulos variava muito entre as vacas.
No sistema de fluxo guiado, as vacas esperaram em média 30 minutos no curral de internação por visita, variando de dois segundos a 5,5 horas por visita. O tempo médio de espera por dia foi de cerca de 90 minutos, mas algumas vacas esperaram 3,5 horas por dia e uma vaca passou quase oito horas esperando para ser ordenhada.
Quando se trata de fluxo livre, o tempo médio de espera foi de 15 minutos por visita, mas, novamente, a variação entre as vacas foi significativa. As vacas esperavam para serem ordenhadas de três segundos a quase quatro horas para uma visita. As vacas se aproximaram da área de espera em média seis vezes por dia, variando de duas a 14 vezes por dia. O tempo total de espera, em média, foi de cerca de uma 1 e 20 minutos, mas as vacas esperavam de cinco minutos a mais de cinco horas por dia para serem ordenhadas.
A quantidade de tempo gasto esperando a ordenha teve um impacto direto no tempo gasto deitado. As vacas que esperaram mais de duas horas para serem ordenhadas por dia passaram 1 hora e 40 minutos a menos deitadas do que as outras vacas.
Estratégias para reduzir o tempo de espera
Portanto, utilizar as seguintes estratégias poderá ajudar a reduzir esse tempo de espera em sistemas robôs. A primeira estratégia é agrupar, claro, se o tamanho do rebanho permitir. No estudo demonstrou que vacas de primeiro parto passavam mais tempo esperando ser ordenhadas, por isso, se possível aloje as vacas de primeira lactação das vacas mais maduras. Treinar novilhas para usar os robôs é outra estratégia imprescindível. Nesse caso, o treinamento auxilia uma maior produção de leite dessas vacas mais jovens e a evitar ter que dedicar um funcionário para colocá-las na ordenha. Afinal, a ideia do robô é deixar o manejo mais simples nesse sentido.
A próxima estratégia envolve a entrada do robô. Gating no caminho de entrada que protege a área do pescoço e do ombro da próxima vaca na fila, pode ajudar a desencorajar as vacas dominantes a atrapalharem as vacas subordinadas que estão esperando para serem ordenhadas.
Ressalta-se que o ideal é que as vacas saiam da sala longe da entrada do robô para não que interfiram com as outras que estão esperando. Isso evita ainda mais que as vacas chefes desloquem as menos dominantes. Também é importante ficar atento à taxa de lotação do robô . Uma densidade adequada ajuda a diminuir esse efeito de dominância, reduzindo o tempo de espera e o número de visitas falhadas do robô.
Sendo assim, essas estratégias ajudam a reduzir o tempo em pé, além de atuar na prevenção de claudicações. Menos vacas mancas em um sistema de ordenha automatizado significa ordenha mais frequente e bem-estar geral das vacas.
Pensando nisso, o EducaPoint trouxe o Médico Veterinário, Tiago Bordin, para falar um pouco mais sobre o tema: “Ordenha Robotizada: o que preciso saber antes de adquirir?”. Clique aqui e fique por dentro do conteúdo!
As informações são da Hoard’s Dairyman e adaptadas pela equipe EducaPoint!
