ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Tripanosomose bovina: entenda mais sobre a doença que causa grandes impactos na pecuária leiteira

POR CEVA SAÚDE ANIMAL

CEVA: JUNTOS, ALÉM DA SAÚDE ANIMAL

EM 09/07/2018

3 MIN DE LEITURA

2
1

Hemoprotozoário causa anemia, perda de peso, queda na produção de leite, abortos, problemas reprodutivos, alterações neurológicas e mortes

Originário da África, o Trypanosoma é responsável por gerar sérios prejuízos econômicos à pecuária mundial. No Brasil, a espécie Trypanosoma vivax é considerada a de maior relevância para os bovinos.

O Trypanosoma vivax é um hemoprotozoário causa nos animais infectados anemia, perda de peso, queda na produção de leite, problemas reprodutivos, abortos, alterações neurológicas e mortes. Altamente debilitante para o sistema imunológico dos bovinos, a tripanosomose provoca imunossupressão, o que favorece o surgimento de outras patologias.

Qualquer equipamento ou material que possa levar sangue contaminado de um animal para outro, pode favorecer a infecção. A forma mais comum de transmissão dentro do rebanho é o compartilhamento de seringas e agulhas durante o uso de medicamentos. Moscas hematófagas, como a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans)e a mutuca (Tabanus sp) e a mosca do chifre (Haematobia irritans), também estão envolvidas na transmissão do T. vivax.

O comércio de animais infectados é outra medida que estimula a rápida disseminação do T.vivax. Essa é uma estratégia adotada por alguns produtores quando encontram o problema no rebanho, vender os animais positivos ao invés de tratá-los. Propiciando assim, a entrada do parasita em outras fazendas e aumentando o impacto da doença, pois a doença sempre se mostra mais severa em rebanhos que ainda não apresentaram contato com o T. vivax.

Os produtores devem investir em um programa de controle biológico adequado dos vetores de transmissão para evitar proliferação da tripanosomose. Outra medida importante é manter os animais recém adquiridos isolados, para que sejam examinados e em casos positivos, os bovinos devem ser tratados antes de serem introduzidos no rebanho.

O curso clínico da doença é dividido em duas fases distintas: aguda e crônica. O diagnóstico é mais fácil na etapa inicial da doença, pois neste momento há muitos parasitas circulantes no sangue, porém essa é uma etapa que dura em média 21 dias. Passando esse período, fica cada vez mais difícil encontrar o T.vivax, pois a parasitemia se torna cada vez mais baixa.  Além disso, as alterações clínicas que o parasita causa são facilmente confundidas com outras doenças, entre elas a tristeza parasitária bovina, o que causa na demora do reconhecimento da doença pelos produtores e aumenta substancialmente seus impactos sobre o rebanho infectado.

O diagnóstico diferencial da tripanosomose pode ser feito, na fase inicial da doença, através do teste de Woo ou com exame de sangue fresco entre lâminas. Quando há baixa parasitemia, é recomendado a realização de testes indiretos que buscam a resposta do hospedeiro em contato com o parasita, para esses casos o indicado são os testes RIFI ou Elisa.

O ideal é que o veterinário busque exames como o método parasitológico, sorologia ou provas moleculares, combinados, fazendo sempre uma associação entre os dois, pois nem sempre resultados negativos em um teste indiquem que o animal esteja livre da doença.  O indicado é sempre realizar exames sorológicos iniciais e determinar qual a porcentagem do rebanho teve contato com o T.vivax, pois o hemoparasita dissemina-se rapidamente no rebanho.

Os animais infectados poderão apresentar insuficiência cardíaca e renal, além de graves danos hepáticos e cerebrais. Muitas vezes o quadro anêmico é tão severo que não pode ser eficientemente revertido e os animais morrem abruptamente. É comum também que os animais recém paridos deixem de produzir leite de forma súbita.  Vale ressaltar que o impacto financeiro da tripanosomose bovina é complexo e a retorno aos índices produtivos anteriores é lento em alguns animais

O programa de tratamento da doença deve ser baseado no diagnóstico e monitoramento dos animais infectados, durante pelo menos um ano. O uso do isometamidium (nome comercial Vivedium) é o mais indicado, a posologia irá depender de cada rebanho e deverá ser feita com critérios técnicos bem definidos, como por exemplo respeitar as datas de aplicação do medicamento.  A doença tem cura, mas a vigília deve ser constante. É recomendado o tratamento de todo o rebanho, pois alguns animais podem não apresentar clínica evidente e reinfectar o rebanho futuramente.

Texto baseado em entrevista realizada com o Prof. Dr. Fabiano Antonio Cadioli.

Para saber mais, entre em contato pelo box abaixo:

CEVA SAÚDE ANIMAL

A Ceva vai revolucionar o manejo de secagem no mundo

2

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

MÁRIO SILVIO G. SILVA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/08/2018

Como será a rotina de um rebanho diagnosticado positivo para o parasita em questão?
Teremos de gastar com o medicamento a cada 4 meses pro resto da vida?
CEVA SAÚDE ANIMAL

PIRACICABA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 07/08/2018

Olá, Mário.

Obrigado pelo contato.

Os fatores epidemiológicos e nível de exposição do rebanho devem ser levados em conta durante o período pós-protocolo de tratamento com o vivedium.

Obviamente, o isometamidium é uma droga específica e curativa para tripanosomose bovina e vai também prevenir recontaminação do animal por cerca de 3 a 4 meses dependendo do desafio a campo. Após esse período de cobertura da droga, o animal pode se recontaminar; porém dependerá do nível de exposição do rebanho às moscas picadoras e ações de biosegurança como o uso compartilhado de agulhas e compra de animais sem conhecimento do histórico sanitário.
.
Caso o rebanho esteja localizado em áreas endêmicas, a avaliação deverá ser contínua para reconhecer de forma pró-ativa possíveis recidivas e sinais clínicos o mais rápido possível, associado aos exames específicos para identificação do parasito.

Existem muitos rebanhos que conseguem controlar a tripanosomose após o protocolo de tratamento com vivedium somado aos cuidados para evitar a entrada da doença. Porém, rebanhos com menor controle sanitário devem sim considerar o re-tratamento do rebanho quando necessário.

Abraço

Equipe Ceva Saúde Animal

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures