O período seco é uma das fases mais importantes do ciclo produtivo, pois garante um importante descanso para as vacas propiciando a renovação da glândula mamária, contribuindo para o sucesso da lactação seguinte. Visando facilitar o dia a dia dos produtores e assegurar o bem-estar dos animais, a Ceva Saúde Animal desenvolveu o Velactis, o primeiro e único facilitador de secagem existente no mercado.
O produto proporciona uma série de benefícios, entre eles, a rápida redução na produção de leite, facilidade no manejo no momento da secagem, a manutenção na saúde do úbere, diminuição no vazamento de leite, na dor e no desconforto causado pelo acúmulo de leite.
Como todo produto inovador, há dúvidas e curiosidades no campo. O Médico-veterinário e Gerente Técnico de Bovinocultura de Leite da Ceva Saúde Animal, Alex Souza respondeu algumas das principais questões sobre o tema. Confira:
Durante o período seco, é necessário utilizar antimastíticos?
Alex: Normalmente é necessário, mas antes de utilizar o produto, é importante identificar o perfil de bactéria presente no rebanho. Por isso, o produtor precisa saber qual o desafio existente naquele rebanho e fazer uma escolha assertiva do antibiótico e do tratamento. Dependendo do tipo de bactéria e do nível de contaminação será necessário um tratamento mais agressivo. Além disso, existem alguns casos onde os agentes são prototecas por exemplo, os quais não existe cura, sendo indicado o descarte imediato.
Independentemente da escolha do antibiótico é sempre indicado o uso do Velactis na secagem e do selante interno de teto para conter contaminações de bactérias durante o período seco.
O selante de teto deve ser utilizado na secagem?
Alex: Sim, o selante interno de teto deve ser utilizado. Ele irá ajudar o animal durante a fase de secagem, pois evitará a entrada de bactérias do meio externo para a glândula mamária. Ele age simulando o tampão de queratina das vacas, que é uma defesa natural do animal que impede a entrada de microrganismos.
Por quanto tempo dura a ação do Velactis no organismo do animal?
A presença do Velactis na corrente sanguínea é curta, com meia-vida de apenas 20 horas. Por isso, em cerca de três dias ele não é mais detectável. A sua ação no organismo ocorre direto na hipófise do animal e é bem rápida. Cerca de duas horas após a aplicação, a produção da prolactina é levada para níveis basais. Por isso, o Velactis reduz a capacidade produtiva da vaca, facilitando a transição para o período seco. Por exemplo, uma vaca que está produzindo de 40 a 30 litros na secagem, logo após a aplicação do produto, a vaca recebe uma mensagem diretamente no cérebro de que tem de produzir menos, então o animal passa a produzir muito menos de forma imediata. Essa queda na produção persiste por cerca de cinco dias. Depois desse período inicial o edema já diminuiu, o úbere já não dói tanto e a vaca entra em uma segunda fase, que envolve a involução e recuperação da glândula mamária.
Levando em consideração o manejo, como o produtor deve proceder ao utilizar o Velactis? Quais ações devem ser adotadas?
Alex: Cada fazenda tem seu padrão para secagem, mas de forma geral, o manejo envolve a ordenha completa da vaca e a assepsia da ponta do teto. É neste momento que são aplicados os antibióticos intramamários relevantes para o rebanho. É necessário levar em consideração também a duração do período seco, pois com base nessa informação o produtor escolherá o antibiótico mais adequado. Logo após é aplicado o selante interno de teto, o Velactis de forma intramuscular na dose de 5ml, e na sequência o animal é transferido para o lote de vacas secas.
Quais os benefícios do Velactis em relação à economia, manejo e bem-estar do animal?
Alex: Os benefícios são muitos. Em relação à economia, é bem simples: o Velactis permite que o produtor mantenha a vaca sob alta persistência aproveitando o potencial produtivo do animal até o final da lactação, sem a necessidade de alterar, por exemplo, a dieta do animal. Em muitos casos os animais têm a ingestão de calorias reduzidas e são realocados em um lote com dietas menos energéticas. Isso pode provocar perda de gordura e emagrecimento antes da secagem, e gerar uma série de problemas em relação ao sistema imune, além de facilitar a contaminação da vaca durante a secagem.
Em termos de bem-estar animal, podemos citar que com o Velactis o animal terá menos edema, menor acúmulo de leite na glândula mamária, conseguindo deitar mais facilmente, uma vez que o úbere não estará doendo tanto.
Quanto à saúde do úbere, o animal apresenta menos vazamento de leite pós-secagem. No Brasil, uma série de pesquisas mostraram que o índice de vazamento ou gotejamento de leite pós secagem é de cerca de 30%. Com o Velactis, esse índice cai para cerca de 5%. Com isso, a chance dessa vaca ser contaminada por conta da entrada de bactérias, diminui bastante.
Além disso, alguns artigos científicos mostraram que o leite residual que fica na glândula mamária após a aplicação do Velactis tem uma concentração maior de lactoferrina, que é uma enzima natural do leite. A lactoferrina funciona como uma proteção natural, dificultando o crescimento bacteriano.
Já no período pós secagem, o animal apresenta uma regressão mais rápida da glândula mamária e uma melhor renovação do tecido. No pós-parto vemos uma redução de cerca de 20% de mastites clínicas e subclínicas.
Após o uso do Velactis, a quantidade de leite produzida na próxima lactação é a mesma?
Alex: Sim. A Ceva dedicou muito tempo na realização de pesquisas, exatamente para avaliar e comprovar que o produto é feito para inibir a prolactina no momento da secagem, um dos hormônios chaves na produção de leite e não altera a produção da próxima lactação.
Existe algum padrão ideal de dieta que deve ser seguido durante a secagem?
Alex: A dieta ideal deve ser conforme o manual NRC, que define o tipo de alimentação que cada categoria de animal deve receber. No Brasil, temos uma variação muito grande do tipo de dieta disponível. Por isso, o ideal é seguir o NRC, trabalhar com um nutricionista experiente, que irá avaliar cada tipo de ingrediente na alimentação do rebanho e colocar a proporção correta de cada item para chegar o mais próximo possível da recomendação para a categoria.
Outro cuidado é com relação a quantidade de potássio e de cálcio na dieta. Por exemplo, a quantidade de cálcio não deve ser menor que 0,8% da matéria seca no final da lactação e no pós-secagem o nutricionista irá avaliar junto com o produtor a necessidade de uma dieta iônica. É necessário que o produtor tenha ciência do que acontece em relação a alimentação do rebanho para evitar os problemas nutricionais em qualquer fase produtiva. Vale lembrar que não se deve realizar nenhum tipo de restrição alimentar no período da secagem.
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