ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Mastite e reprodução: progresso na pesquisa que avalia esta associação

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/10/2005

2 MIN DE LEITURA

1
0

A elevada incidência de mastite no início da lactação é um fator que preocupa o produtor por vários motivos, tais como a redução na qualidade do leite produzido, a queda na produção de leite durante o decorrer da infecção, risco de afetar o pico da lactação do animal e conseqüentemente reduzir a produção de toda a lactação, custos com o tratamento, possibilidade de afetar a produtividade e vida útil do teto acometido, e ainda o risco de afetar os índices reprodutivos do rebanho.

A associação entre a mastite e a reprodução já foi abordada em um artigo desta seção. Na ocasião, pesquisadores da Universidade do Tennessee - USA, publicaram resultados significativos a respeito da mastite que ocorre no início da lactação, e seu efeito sobre a reprodução. Dentre esses resultados destacam-se:

- Intervalo do parto até o primeiro serviço maior nas vacas acometidas por mastite clínica antes da primeira inseminação: 93,6 dias

- Intervalo do parto ao primeiro serviço nas vacas não acometidas por mastite clínica antes da primeira inseminação: 71 dias

- Número de doses para a concepção nas vacas acometidas por mastite clínica antes da primeira inseminação: 2,9 doses

- Número de doses para a concepção nas vacas que só foram acometidas por mastite após a primeira inseminação: 1,6 doses

- Intervalo do parto à concepção maior nas vacas acometidas por casos de mastite clínica após a primeira inseminação: 136,6 dias

- Intervalo do parto à concepção nas vacas que apresentaram casos de mastite apenas após a confirmação da concepção: 92,1 dias

Em julho deste ano, pesquisadores da mesma universidade publicaram no Journal of Dairy Science, novas informações obtidas nas pesquisas sobre este tema. Foi relatado que quando a mastite clínica ocorre no período próximo à ovulação há um impacto negativo sobre a função endócrina e folicular. A presença da infecção estimula o sistema imune à liberação de substâncias para combatê-la; o estresse causado pela dor e desconforto advindo da infecção no úbere eleva também os níveis de cortisol na circulação. Estas respostas do organismo à mastite, por sua vez, afetam a liberação de hormônios associados à reprodução. Foi observada redução da liberação de LH e de estradiol- 17b, causando uma redução dos sinais do estro em alguns animais e uma redução das taxas de ovulação.

Os relatos desta última pesquisa auxiliam o entendimento não só da associação entre a mastite e a reprodução, mas também nos alertam para todo e qualquer distúrbio que possa causar inflamação e dor na vaca no período próximo à ovulação. Com base neste raciocínio, fica claro que se deve intensificar a prevenção e a qualidade do manejo para que os animais tenham um início de lactação com a menor incidência possível de doenças. No caso da mastite, por exemplo, quando se efetua um manejo adequado no período seco, quando há um ambiente limpo e seco no parto e um correto manejo de ordenha não estamos somente prevenindo a ocorrência de mastite, mas também estamos implementando o desempenho reprodutivo do rebanho.

Fonte: Pritchard, D. E. More on the mastits/breeding problem link. Hoard's Dairyman, Setembro 10, p.606, 2005.

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

DIVINO LÚCIO GARCIA DE CARVALHO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/12/2006

Quando se fala em mastite em uma matriz, mesmo que não seja de alta produção, fico muito apreensivo, não só pela influência que causa na reprodução. Mas, principalmente se haverá controle da infecção, pois já existe muita resistência dos microorganismos (bactérias) aos medicamentos existentes no mercado.

E para fazer antibiograma, que é dispendioso e leva tempo - que é muito importante - para dar início ao tratamento, ficamos quase sem ação. Lembrando ainda que os custos são altos para a produção de leite e a receita é achatada. Se pelo menos estivesse difícil, mas dando lucro estaria bom.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures