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Importância do manejo do pastejo para produção de leite a pasto - Parte 2: estratégias de manejo do pastejo rotacionado |
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MARINA A. CAMARGO DANÉS
Professora do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras. Engenheira Agrônoma e mestre pela ESALQ/USP. PhD em Dairy Science pela Universidade de Wisconsin-Madison, WI, EUA. www.marinadanes.com
ADENILSON JOSÉ PAIVA
Zootecnista pela UFRRJ, mestre e doutor em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ/USP. Atualmente é pós-doutorando pela ESALQ/USP, desenvolvendo projeto de ILPF.
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MIGUEL E. VILLARREAL TORRESPESQUISA/ENSINO EM 01/11/2014
Interesante documento. Es evidente que se deben reducir las dificultades para que los ganaderos realicen buen manejo de los pastos con base en la morfogenesis, pero, también es absolutamente indispensable que los productores se capaciten. La ciencia como conocimiento organizado debe estar al alcance de todos, es para nuestro servicio. La experiencia es importante y complementa al conocimiento. Cuando se sabe cual es la fisiología de cada especie o variedad de pasto es posible ajustar el manejo, aplicar métodos para pastoreo y mejorrar los ingresos en las fincas.
Respetuoso saludo para todos. Gracias |
MILTON SHIGUEO SATOREGENTE FEIJÓ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/07/2013
a experiencia nossa diz q depois de anos manejando os piquetes rotacionados(adubação, agua, esterco, roçada no inverno p/ sobressemeadura), a sequencia de pastejo dos piquetes não mudam muito, salvo os q ficam perto de malhadouros e das areas de cocho.como o numero de piquetes é fixo, no verão se roda c/ menor numero deixando as vacas pastarem 2 por dia.
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LAUDELINO JOAQUIM DE CARVALHOVARGEM GRANDE DO SUL - SÃO PAULO EM 24/06/2013
Prezado Dr. Adenilson.
Suas respostas ao Sr. Rodger Douglas são bastante esclarecedoras e complementa seu importante artigo. Mais uma vez aumenta minha satisfação ao verem confirmadas, conforme suas palavras, as pesquisas de André Voisin, à luz da realidade vivida pelos pecuaristas que buscam a eficiência de sua lavoura pastoril. Grato novamente. Netto Fernandes Fazenda Recanto da Prainha Vargem Grande do Sul SP |
ADENILSON JOSÉ PAIVAPIRACICABA - SÃO PAULO EM 22/06/2013
Continuando comentário dos pontos levantados por Rodger Douglas.
Outro apontamento feito foi referente ao uso de irrigação e fertilidade do solo. O que está sendo hipotetizado pela comunidade científica, mas que ainda precisa ser investigado, é que utilização desses fatores de crescimento atuaria acelerando a velocidade de crescimento da gramínea forrageira. Sendo assim, quanto melhor a fertilidade ou a disponibilidade de fatores de crescimento mais rápido um determinado piquete estará no "momento" de ser pastejado novamente. Isso não significaria que o momento de entrada (altura) seria diferente em função da disponibilidade desses fatores. Contudo, é preciso uma investigação mais cuidadosa sobre esse fator. Quanto ao fato de ser universal o momento fisiológico de se interromper a rebrotação para o grande número de forrageiras disponíveis, até o momento o que está, de certa forma, sendo bem aceito é que 95% de interceptação de luz é o máximo que se pode deixar a rebrotação atingir, mas alguns pesquisadores já estão estudando o impacto de se interromper a rebrotação antes do dossel atingir 95% de IL para algumas forrageiras. Realmente a adoção dessa filosofia de manejo acarreta em perda da simplicidade de manejo, mas por outro lado resulta em ganhos efetivos de produto animal e, consequentemente, em maior viabilidade econômica da produção animal em pasto. Não é uma tecnologia que demanda investimento em equipamentos, é preciso apenas uma mudança de conduta, que é a forma de como manejar o pastejo. A princípio pode não ser uma ação simples, mas propriedades que já adotaram essa filosofia de manejo obtiveram bons resultados. O produtor que utiliza a pastagem como base alimentar para seu rebanho precisa entender que é preciso "cuidar" do pasto da mesma forma que se cuida de uma lavoura, que vai desde a escolha da forrageira indicada até a colheita da forragem no "momento" correto. Por fim, a frequência com que se monitora a altura será dependente sim da velocidade de crescimento da gramínea forrageira que, por sua vez, é dependente da gramínea que é utilizada, da fertilidade do solo, adubação, irrigação, ou seja, da disponibilidade de fatores de crescimento. A sugestão apresentada no texto é uma recomendação geral, mas que pode e deve ser ajustada para cada situação. Estamos disponíveis para novos questionamentos. Grato |
ADENILSON JOSÉ PAIVAPIRACICABA - SÃO PAULO EM 22/06/2013
Prezado Rodger,
Primeiramente, muito obrigado pelo comentário e pela pergunta. Como você mesmo comentou, a abordagem que demos ao artigo possui um foco muito mais prático e aplicado do que científico. Porém, aproveitando seu comentário, para uma abordagem mais científica, podemos discutir alguns pontos. As gramíneas forrageiras possuem uma ampla plasticidade fenotípica, de modo que, são capazes de ajustar suas características morfogênicas e estruturais em resposta aos mais diferentes ambientes à que forem submetidas. Contudo, o que as pesquisas científicas buscam é a exploração dessa plasticidade a fim de maximizar a produção de componentes de interesse, prioritariamente folha. As gramíneas forrageiras de clima tropical acumulam carboidratos de reservas, a opção por não "forçar" os animais a consumirem todas as folhas, além do fator que já foi abordado no texto sobre a velocidade de rebrotação, também está relacionada com o impacto que essa ação teria sobre o desempenho dos animais. Tal preocupação é justificada pela predominância do componente colmo no estrato inferior do dossel, ou seja, forçar os animais consumirem as folhas que existem ao final do pastejo, em pastagens de gramíneas forrageiras tropicais, os obrigam a se depararem com uma estrutura do dossel com a presença de um componente que atua reduzindo expressivamente o consumo, o colmo. Mesmo com o uso de estratégias de manejo que buscam controlar o acúmulo excessivo desse componente ele ainda se faz presente no estrato inferior. Sendo assim, as recomendações de altura pós-pastejo com certa quantidade de folhas é para garantir uma rebrota rápida e não penalizar o desempenho dos animais. Naturalmente, o preço pago por essa atitude é redução de eficiência de colheita, mas seguramente essa eficiência é maior das que são obtidas quando se "erra" o momento de colocar os animais no piquete. Adicionalmente, manejar o pastejo é justamente manejar as eficiências do processo de produção animal em pasto, pois a redução em eficiência de colheita pode refletir em aumento na eficiência de aproveitamento da conversão da forragem consumida em produto animal. Como comentado no texto, apesar de existirem recomendações de alturas ideais de saída para cada espécie forrageira, elas devem ser usadas como referências e não como metas específicas de manejo, pois justamente em função da plasticidade fenotípica que as forrageiras apresentam a condição pós-pastejo permite relativa flexibilidade de manejo. Em uma condição que seja necessária a manutenção de um maior número de animais por área pode-se utilizar menores alturas de pós-pastejo e, em outra condição, onde o objetivo seja otimizar o desempenho dos animais pode-se utilizar maiores alturas pós-pastejo. |
JOSE FERREIRA NETOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/06/2013
Muito bom o artigo!
Gostaria de saber como pode ser reduzido os problemas com os corredores de acesso aos piquetes, vejo como o maior desafio para o bom funcionamento do pastejo rotacionado, dado que no morro as vacas escorregam muito e nas baixadas concentra-se muito barro. Grato. |
ALCEBIADES FAÉ CÔVREGOVERNADOR LINDENBERG - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 11/06/2013
Muito interressante o artigo, parabeniso os autores.
porém Alguns pontos são interressantes na teoria, porem na pratica concordo com o Sr rodger douglas. Para este sistema em manejo rotacionado intensivo, com taxa de lotação acima de 7 UA/ ha, se torna um pouco complicado, pelo fato da seuquencia de pastejo ter uma uniformidade e um maximo aproveitamento de MAteria Verde da pastagen, pois em pastejo rotacionado irrigado e adubado, logo após a retirada dos animais, a planta tem tudo que nescessita para seu desenvolvimento a pronta disposição. A mão de obra para este manejo se torna mais onerosa, por isto prefiro definir um tempo fixo de pastejo, e descanso, para melhor dinamizar e simplificar o sistema. mais o trabalho foi muito bem elaborado, acho dificil emplementar na pratica. Obrigado |
ALEXANDRE BENVINDO FERNANDESRIO BRANCO - ACRE - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 11/06/2013
Excelente! Muito bom o artigo. Acrescentaria no item do bom manejo de pastagem no reflexo do animal, a produção diária do leite. Isso deve ser mensurado fazendo a anotação do controle leiteiro.
Parabéns Mariana Danés e Adenilson Paiva. |
LAUDELINO JOAQUIM DE CARVALHOVARGEM GRANDE DO SUL - SÃO PAULO EM 10/06/2013
Prezados Drs. Marina e Adenilson!
Lí com grande interesse e satisfação a matéria acima. As pesquisas mais recentes estão atestando o que o grande mestre Voisin já apregoava desde 1951. Tenho uma pequena propriedade em Vargem Grande do Sul SP, onde venho desde 2008 lidando com o manejo de piquetes. É simples, porém nada fácil, como diz o ilustre Dr. Luiz Carlos Pinheiro Machado, grande batalhador na divulgação dos conceitos do PRV. Sem querer criar qualquer polêmica, pois não tenho conhecimento científico necessário para tal, apenas quero registrar minhas observações pessoais, quase coincidentes com seus estudos, quanto a: A entrada do gado deve obedecer o ponto ótimo de maturação do pasto; a lotação deve ser máxima, com o menor tempo de pastejo, utilizando o que Vv.Ss. apregoam, com referência a entrada de dois ou três grupos de animais, de conformidade com suas exigências nutricionais, sendo o terceiro grupo composto de vacas velhas, mas com dentes, para que façam a rapagem final, sendo utilizadas como roçadeiras biológicas, promovendo máximo rebaixamento. A nova brotação deverá vir da coroa das forrageiras, e não de hastes remanescentes. E, principalmente, que todos os piquetes tenham água disponível, em quantidade e qualidade. Voisin e Pinheiro Machado nos ensinam ainda que devemos entender o ato da vaca pastar, como pastoreio, com a participação da intervenção humana, enquanto que o pastejo significa tão somente o ato de a vaca comer o pasto. Outro fator que merece destaque, é que em PRV não há intervenção de externalidades de custos. No entanto, nenhuma espécie forrageira se desenvolve sem um grande aporte de insumos. No entanto, são insumos representados pela luz solar e pelos dejetos dos próprios animais. São fatores que viabilizam resultados positivos à propriedade, permitindo sua perpetuação. Em minha pequena experiência de produtor, buscando alcançar os bons resultados possíveis, tenho feito também, com bom resultado, sobre- semeadura de feijão guandu tem todos os piquetes, como fonte de fixação biológica de N, fornecedor de proteína complementar, descompactador de solo, sombreador, sendo muito bem aceito pelos animais. Creio que esta é uma leguminosa que merece ser melhor explorada nos sistemas de pastoreio, não apenas como banco de proteínas, uma vez que é planta muito eficiente em seu desenvolvimento, estabelecendo-se com facilidade em praticamente todos os tipos de solo. Em meu caso específico, após 5 anos de acompanhamento e bons resultados, denominei meu sistema de "Pasto de dois andares". A gramínea no primeiro e o guandu no segundo andar. Agradeço a oportunidade de manifestar-me neste espaço, cumprimentando-os pela divulgação de seu trabalho. Atenciosamente. Netto Fernandes Fazenda Recanto da Prainha Vargem Grande do Sul SP |
RODGER DOUGLASJABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/06/2013
Marina e Adenilson parabens pelo artigo. bem claro e sucinto.
Podem comentar no efeito da plasticidade nesta relacao de IL e altura? Achei interessante o recomendacao de deixar folhas verdes no residuo ideal - nao tem pastagems tropicais que tem reservas de carboidratos nas raizes/colmos suficientes para maximizar a producao total sem deixar folhas verdes? Considerando o numeroso quantidade de variedade/especies existentes acho dificil que este fator de fisologia seria universal? As variabilidades no nivel de fertilidade e irrigado/sequiero tambem afetaria estes primeiros dois pontos? Qualquer material verde deixado pra tras vai baixar tanto o eficiencia de colheita global e tambem baixar a qualidade da forragem ofertado na proxima pastejo. As recomendacoes para azevem perenne e festuca sao para colher todas as folhas cada pastejo - a altura varia significantemente no ano quando fecha o sward (95% IL) por causa da alta plasticidade e estrategias de mudanca da massa media ao longo do ano. Nestas pastagems temperadas a experiencia de deixar material para tras e que aumenta a produtividade e qualidade dentro de um ciclo de pastejo mas ao longo do ano os efeitos negativos na composicao do sward e mudanca na estrutura baixa tanto a produtividade tanto a qualidade do material oferecido ao gado. Em relacao a recomendacao de pastejo de grupos entrando em acordo com as exigencias nutricionais existe uma quantidade de trabalho suficiente que mostra que deve ser uma recomendacao universal ou pelo menos na maioria dos casos. Entendo o conceito e acho que e provavelmente correto mas nao tenho visto nenhum trabalho em relacao este ponto. Na minha experiencia qualquer vantagem desse sistema pode ser perdido quanto pelo excesso de tempo de pastejo (todas as lotes tem que entrar em sequencia) tanto pela perda de simplicidade do sistema que aumenta a neccesidade de mao de obra/frequencia de erros etc. Outro fator e que neste sistema voce perde a intensidade de pastejo que pode causar mudancas nao desejaveis ao estrutura do sward ao medio/longo prazo. Considerando a importancia da qualidade/consistencia do volumoso na dieta no resultado economica e tambem a velocidade da sistema biologico tropical achei 10 dias como intervalo de medicao muito longo. Pode mostrar que economicamente falando o ideal em sistemas temperado e menos de 1/3 do ciclo de rotacao esperado. talvez a faixa de 4-7 dias seria um numero mais interessante? Aceito que as perguntas/comentarios em cima representa pontos um pouco academico/alem do realidade da maiora dos produtores mas seria interessante o ponto de vista de voces. Um abraco, Rodger Douglas |
SIDNEYGOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 07/06/2013
Interessante que mesmo mostrando a dificuldade de controlar mostra o potencial.
Um pasto bem manejado pode produzir um volume bom de alimento. Estou começando a monitorar estes parâmetros e após ler esta mensagem vou adaptar algumas coisas do meu manejo. |
PAULO R. F. MÜHLBACHPORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 07/06/2013
Parabenizo os autores do artigo, tão rico em informação prestada de modo muito didático!
Constata-se que não é fácil o correto manejo de produção de leite à base de pasto (atendendo às demandas, tanto da vaca, quanto da forrageira) notadamente, com as espécies forrageiras de clima tropical, com tamanhas variações e tantas variáveis a controlar. |
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